RE - 1860 - Abril
Amor e Liberdade.
(Sociedade, 27 de janeiro de 1860. Méd. Sr. Roze.)
Deus é amor e liberdade; é pelo amor e pela liberdade que o Espírito se aproxima dele. Pelo amor ele se cria, em cada existência, novas relações que se aproximam da unidade; pela liberdade escolhe o bem que o aproxima de Deus. Sede ardentes em propagar a nova fé; que o santo ardor que vos anima jamais vos faça atingir a liberdade de outrem. Evitai, por uma insistência muito grande junto da incredulidade orgulhosa e temível, de exacerbar uma resistência meio vencida e quase a se render. O reino do constrangimento e da opressão acabou; o da razão, da liberdade e do amor fraterno começa. Não será mais pelo medo e a força que os poderosos da Terra adquirirão o direito de dirigir os interesses morais, espirituais e físicos dos povos, mas pelo amor e a liberdade.
ABEILLARD.
===
Vou abstrair Deus desse texto. Pois Deus é questão de crença. Tem gente que cre e gente que não cre.
Não é justo impor isto a ninguém. Políticamente incorreto, como se diz na atualidade.
Minha pauta é o Amor e a Liberdade. Pauta em meus textos para dentro e para fora das lides espíritas.
Até porque tanto dentro como fora dos espaços espíritas as pessoas tem vergonha de falar de amor?
Que vergonha é essa com relação ao amor?
Falam muito de amor significando sexo. Intencional inversão de sentido. Sexo é legal demais, é libertador, enaltece a alma, mas é apenas uma das expressões do amor.
O Amor é muito mais amplo. Transborda do Ser preenchendo o ambiente por inteiro. Uma pessoa que ama com sinceridade aos semelhantes carrega um halo, um campo energético ao redor de si, se propagando em ondas modificadoras do ambiente, e até mesmo dos pensamentos dos circunstantes.
O amor sincero e verdadeiro é libertador.
Os desequilíbrios efetivados em nome do amor são apenas deseducação dos sentimentos.
Tenho dito sempre: o amor cuida, protege, se ocupa das pessoas objeto desse amor.
Num casal equilibrado, ambos mantem a integridade, apesar do amor ao outro. O verdadeiro amor nunca sufoca.
Se o espiritismo não trouxer a Liberdade ao espírito, não terá cumprido seu papel na terra.
E quando o espirito se liberta, o amor se faz consequencia natural dessa libertação.
Ninguém pode amar atado a algo, a conceitos já não condizentes com nosso tempo. O Amor necessita da Liberdade.
O futuro de Paz e Justiça que muitos homens sonham para o Planeta Terra, só poderá ter lugar quando o Amor e a Liberdade forem os valores dominantes da nossa atividade diária, incorporando-se ao nosso viver.
E assim será a caminhada: cada dia um passo, e em cada passo o avanço para uma nova etapa. Ad eternum...
Paulo Cesar Fernandes
14 05 2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário