terça-feira, 15 de dezembro de 2015

20151215 Dezembro

Dezembro


Não. Não me alegra este mês.


Após a chegada da consciência do mundo, o fim de ano se apresenta como momento de dor.


Não por mim, é certo; mas eu não foco meu umbigo tão somente. A visão do Bem Maior é a minha orientação. Bem Maior sendo o Bem espraiado por toda a Humanidade.


Ao fim do ano todo mundo se faz solidário. Falsa solidariedade.


Fazem pratos sortidos aos moradores de rua do bairro. Melhor que nada, bem o sei. Mas, ao longo do ano nem um olhar, nem um sorriso, ou um "Bom Dia" sequer.


"Tudo falso"; "Tudo mentira" como costuma dizer Rio Reiser.


Mas quando chegarmos ao ponto da Virtude, o Bem brotará natural dos nossos corações, como as abelhas (hoje raras) correm atrás das flores em seu natural afã.


Assim, nossa luta é mais ampla: fazer corações ternos e almas sensíveis à dor, onde quer ela se encontre, em todos os momentos de cada dia.


Aplaudir a Virtude, pois afinal esta é perene; e mais das vezes silenciosa e sincera. 


"Não saiba tua mão direita o que faz a esquerda." Ou vice versa, como queira.


Ao que faz a caridade visando promoção pessoal, a este já está dada sua paga.


Jesus de Nazaré nos espera com questões diferentes a cada encontro:


_ Que fizestes do teu dia? - pergunta ele através da nossa consciência.


E todos sabemos: "A cada um será dado segundo suas obras."


Tendo por juiz apenas nossa consciência.


Cada dia um pouco, um pouco cada dia. Assim Caminhamos!


Paulo Cesar Fernandes

15/12/2015