sábado, 13 de abril de 2013

20130413 Paz no Lar

Waldo Vieira
Conduta Espírita 
pelo Espírito André Luiz

No Lar

“Aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família e a recompensar seus pais, porque isto é bom e agradável diante de Deus.”
Paulo. (1ª carta a Timóteo, capítulo 5, versículo 4.)



Começar na intimidade do templo doméstico a exemplificação dos princípios que esposa, com sinceridade e firmeza, uniformizando o próprio procedimento, dentro e fora dele.
Fé espírita no clima da família, fonte do Espiritismo no campo social.
*
Calar todo impulso de cólera ou violência, amoldando-se ao Evangelho de modo a estabelecer a harmonia em si mesmo perante os outros.

A humildade constrói para a Vida Eterna.
*
Ao menos uma vez por semana, formar o culto do Evangelho com todos aqueles que lhe co-participam da fé, estudando a Verdade e irradiando o Bem, através de


preces e comentários em torno da experiência diária à luz dos postulados espíritas.
Quem cultiva o Evangelho em casa, faz da própria casa um templo do Cristo.
*
Evitar o luxo supérfluo nos aposentos, objetos e costumes, imprimindo em tudo características de naturalidade, desde os hábitos mais singelos até os pormenores
arquitetônicos da própria moradia.
Não há verdadeiro clima espírita cristão sem a presença da simplicidade conosco.
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Pensar um pouco sobre tudo isso.

Tomar um texto espirita, apenas como mote inicial para a reflexão de todos nós. Católicos, espiritas, ateus, e por aí vai...


Lembro que meu cunhado, que era católico, dizia sempre "Caridade bem ordanada começa dentro de casa." Eu concordo com ele perfeitamente nesse aspecto.


É no Lar, na relação de companheirismo, que podemos e devemos nos doar mais. Se nossos princípios não se converterem em atos melhores, podemos jogar fora todos eles. De nada nos serviram.


Se contratempos surgirem, acatar em harmonia tais contratempos. São momentos apenas. Pensamentos benevolentes sempre trarão a paz de volta.


A simplicidade é sempre boa companheira. Principalmente nestes tempos em que as coisas acabam tendo mais importancia que os seres humanos, onde o egoísmo crava suas garras no homem, fazendo-o escravo de convenções sociais, de necessidades infantis.


Nada mais infantil que a competição entre as pessoas. Ter um celular mais moderno, uma TV mais isso, um carro mais aquilo.


Não somos coisas e não nascemos para viver para as coisas.


Somos almas em processo de crescimento. E cresceremos mais e mais conforme façamos mais e mais nossa vida voltada para os que estão junto de nós, partilhando e promovendo a paz e o equilíbrio.


Paz em todos os nossos corações.


Paulo Cesar Fernandes

13  04  2013

quinta-feira, 11 de abril de 2013

20130411 A partir de Herculano

Autor: José Herculano Pires

Título: Evolução Espiritual do Homem

Item: Pureza e impureza, na concepção espiritual da vida


Depois de uma série de considerações Herculano finaliza:


John Dewey considera como experiência não apenas os ensaios humanos, mas também os ensaios da natureza. Todo o Universo, segundo a concepção espírita, é uma gigantesca experiência nos rumos das realizações arquetípicas, baseadas na elaboração de novos tipos da realidade para o futuro. Deus opera e experimenta em plano maior, enquanto os homens realizam suas experiências infantis nas dimensões possíveis de sua condição presente. O conceito de Deus, formulado constantemente pelos homens, nunca pode expressar essa realidade cósmica, mas na evolução espiritual do homem esse conceito avança em dinâmica progressiva.


Tanto podemos fazer de Deus uma imagem humana como a imagem de um poder sem forma, semelhante ao fogo, como queria Zoroastro na antiga pérsia. O importante é compreendermos que não há ordem sem poder disciplinador e que a ordem do Universo não poderia surgir do acaso, a menos que consideremos o
acaso como um poder inteligente.


Kant, que considerou o nada como um conceito vazio, considerou também o conceito de Deus como a mais alta expressão do pensamento humano, um conceito pleno, em que toda a realidade universal se expressa numa só palavra de poucas letras.


As transformações conceptuais que o Espiritismo acarreta em nossa visão do mundo seria suficiente, por si só, para caracterizálo como a maior e mais completa revolução cultural do planeta, em todos os tempos. Por isso é necessário que os estudiosos do Espiritismo procurem definir bem os seus conceitos doutrinários.


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Eu desconsidero a questão de Deus. Isso foi uma criação do homem para dominar outros homens tão somente.


O fato de Kardec, e os espiritos a ele ligados, terem afirmado sua existência nada significa.  Era a única forma possível de se pensar a questão naquele tempo. Os espíritos que o ajudaram podiam estar equivocados. Ou não? Pense bem.


Antes de Friedrich Nietzsche ninguém ousava sair dos padrões estabelecidos milenarmente. Se hoje ainda nos é difícil a libertação desse conceito dentro de nós, que dirá nos tempos de Kardec, tão próximos estavam da Era Medieval.


Nenhum espirito se livra fácil de conceitos milenares. E mais. Temos todos medo do novo, em maior ou menor intensidade, temos medo do novo.


É isso! Nada mais que isso! Dia virá em que teremos o Espiritismo Ateu. Uma outra forma de pensar na qual Deus estará fora das cogitações dos homens.


Mas gostaria de tecer algumas considerações sobre o fragmento de texto de Herculano Pires:


1) com relação à experiência por exemplo. A vida é em síntese uma experiência. Ou, melhor dizendo, a nossa existência enquanto espíritos se compoe de uma sequência ininterrupta de experiências. Sejam elas de curta duração, tal como minha descoberta da perspectiva; das bases numérias nos sistemas numéricos (decimal, binário, hexadecimal; etc.); sejam elas de mais prolongado tempo, como é o caso de uma encarnação. Mas é sempre uma experiência a acumular conhecimentos em nós, espíritos inacabados, diamantes brutos em constante processo de burilamento.


2) É indubitável que, o conceito de imortalidade do espírito e da reencarnação são elementos capazes de nos propiciar uma outra visão de mundo, e de nossa presença na Terra. Daí eu tomar por infantilidade os problemas que assolam nosso planeta; e mesmo o movimento espirita, os cismas e ódios, gerados por visões divergentes do espiritismo e da existência. Tudo isso é uma grande infantilidade a nos habitar.


3) Somos portadores de dois grandes conceitos e não os transformamos em elementos propulsores de uma outra vivência. Vivência cordata e amorosa. Capaz de nos colocar em comunhão no sentido solidário desse encontro de comunhão. Mas não. O ódio sectário habita ainda em nós.


Mas isso não tem a menor importância.


O ódio é peso, apenas e tão somente, para aqueles que o carregam.


Quem dele se libertou, ou libertar, terá a leveza como padrão existencial.


A isso chamo Vida, e vida em abundância. Pois plena da mais ampla Liberdade.


Ninguém pode caminhar bem com uma bola de ferro atada nos pés.


O ódio é isso. Além do mais, o Amor é da Lei Natural, ele vingará mais cedo ou mais tarde.


Não há outro caminho possível, apenas o Amor nos leva ao progresso. E ponto final!


Você não precisa concordar comigo, mas deve raciocinar sobre minhas ideias. De peito aberto!



Paulo Cesar Fernandes

11  04  2013

quarta-feira, 10 de abril de 2013

20130410 Não Estrague o Seu Dia

Ainda hoje.

Comentando com minhas irmãs o fato de terem estacionado na minha garagem, e eu me ver obrigado a ir de ônibus ao médico eu citava
para elas a primeira frase desta mensagem.


Ao abrir o livro ao acaso, me veio o riso.


Exatamente essa mensagem me veio ao encontro.


É  muito provável que eu a precise ler inteira.


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Não Estrague o Seu Dia

A sua irritação não solucionará problema algum.
*
As suas contrariedades não alteram a natureza das coisas.
*
Os seus desapontamentos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar.
*
O seu mau humor não modifica a vida.
*
A sua dor não impedirá que o Sol brilhe amanhã sobre os bons e os maus.
*
A sua tristeza não iluminará os caminhos.
*
O seu desânimo não edificará a ninguém.
*
As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade.
*
As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você.
*
Não estrague o seu dia. Aprenda, com a Sabedoria Divina, a desculpar infinitamente, construindo e reconstruindo sempre para o Infinito Bem.

***
Francisco Cândido Xavier - Agenda Cristã - pelo Espírito André Luiz
***


É isso! Pelo menos por hoje.


Paulo Cesar Fernandes

10  04  2013

terça-feira, 9 de abril de 2013

20130409 Saber ouvir

1. Bem-aventurados os pobres de espírito, pois que deles é o reino dos céus.
(Evangelho de S.MATEUS, cap. V, v. 3.)


2. A incredulidade zombou desta máxima: Bem-aventurados os pobres de espírito, como tem zombado de muitas outras coisas que não compreende.


Por pobres de espírito Jesus não entende os baldos de inteligência, mas os humildes, tanto que diz ser para estes o reino dos céus e não para os orgulhosos.


Os homens de saber e de espírito, no entender do mundo, formam geralmente tão alto conceito de si próprios e da sua superioridade, que consideram as coisas divinas como indignas de lhes merecer a atenção.


Concentrando sobre si mesmos os seus olhares, eles não os podem elevar até Deus. Essa tendência, de se acreditarem superiores a tudo, muito amiúde os leva a negar aquilo que, estando-lhes acima, os depreciaria, a negar até mesmo a Divindade. Ou, se condescendem em admiti-la, contestam-lhe um dos mais belos
atributos: a ação providencial sobre as coisas deste mundo, persuadidos de que eles são suficientes para bem governá-lo.


Tomando a inteligência que possuem para medida da inteligência universal, e julgando-se aptos a tudo compreender, não podem crer na possibilidade do que não compreendem. Consideram sem apelação as sentenças que proferem.


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Por vezes nos vemos tomados pela vaidade. Todos estamos sujeitos a isso, por mais que busquemos a simplicidade. Achamos corretas as nossas opiniões e desprezamos a dos nossos semelhantes. A ponto de não dar-lhes espaço ou ouvidos. Engano. Engano e falta de caridade como vemos na mensagem de Emmanuel no livro Opinião Espírita.


Uma vez mais digo. Não quero impor o pensamento espirita ou o meu a quem quer que seja. Nem aos companheiros do movimento espirita, nem aos companheiros dos países de fala hispânica a quem tenho me dedicado. Nesta vida quero apenas lançar sementes, e peço que o vento as leve, pelos melhores caminhos que lhes caibam.


De toda mensagem selecionei trechos. E cautela, toda seleção é particular e pessoal, mesmo a minha. São seis pequenas observações que tomo como válidas para todas as épocas da humanidade.

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Tumulto e vozerio, nos atritos humanos, pedem um tipo raro de beneficência: a caridade de saber ouvir.


São muitos os que cambaleiam, desorientados, a mingua de tolerância que os ouça.


Desdobras a mesa, ergues abrigo seguro, repartes a veste, esvazias a bolsa, atendendo aos que necessitam... cede também o donativo da atenção aos angustiados, para que se lhes descongestione o trânsito das ideias infelizes, nas veredas da alma.


Deixa que o próximo te relacione os próprios desgostos. Se tiveres pressa ou cansaço, não pronuncies respostas tocadas de superioridade ou aspereza, qual se morasses numa cátedra de heroísmo, faze pausa, mesmo breve, e gasta um minuto de gentileza.


Sempre que possas, ouve calmamente, diminuindo a aflição que lavra no mundo.


Aprendamos a ouvir para auxiliar, sem a presunção de resolver.

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Antes de tudo. Ter o coração aberto aos nossos semelhantes. Nunca no sentido mesquinho do falso interesse. Mas pleno de afetividade.


Um grande antídoto contra a presunção de ter a opinião correta é a ruptura com a ortodoxia, com uma verdade pronta e acabada.


Basta disso! Foram séculos e séculos de domínio do homem sobre o homem.


É chegada a hora do homem ter a mais ampla e pura liberdade! Liberdade Total! Inclusive a liberdade de errar. Errar sem freios, radicalmente. Pois é da Lei Natural que tudo retome seu equilíbrio.


O Ponto de Equilíbrio não é apenas uma lei da Economia. É Lei da vida. Tendemos ao equilíbrio, pois as condições gerais da existência nos levam a isso.


E quanto mais formos tomados de Simplicidade, menos serão as nossas dificuldades no enfrentamento do mundo que se coloca em nossa frente.


Da nossa incompletude não devemos nos envergonhar. Assim é o processo natural de crescimento de todos nós na nossa trajetória terrena. Todos nós mesmo!


Cuida-te! diz sempre um amigo de El Salvador. Observação sempre importante, num mundo onde a violência ainda tem espaço.



Paulo Cesar Fernandes

09  04  2013

domingo, 7 de abril de 2013

A mesa de Pateco

Amigos.

Me dá prazer ver as afirmações do Livro dos Médiuns de Allan Kardec.

Venho de alguns anos valorizando a visão dos músicos primeiramente, e secundariamente dos filósofos e artistas de maneira geral.

Me é impossível acreditar quie um Reinhard Mey da Alemanha; um Luis Vieira do Brasil; um Peteco Carabajal da Argentina não tenham em si uma visão superior da existência. O trabalho, a obra de cada um desses personagens nos mostra uma visão positiva e grandiosa da vida.

Quando Mey nos fala que "ama mais e mais a sua mulher", pois é ela quem sabe lidar com as adversidades da vida.

Quando Luis Vieira declina sua fé na vida por andar com Jesus no coração. Ou ainda quando Peteco da encomenda de uma mesa faz toda uma alusão a uma forma de viver como vemos a seguir, não digo necessáriamente que tenham espíritos os inspirando. Digo sim, que são espiritos inspirados pela vida. É diferente.

Pela vida que levam, pelos pensamentos que agasalham no mais profundo de si.

Vejamos a canção de Peteco a título de exemplo:


La mesa - Peteco Carabajal
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Quiero una mesa de cedro hermano
Hermano carpintero
a donde coman mis hijos, hermano
el pan bendito y eterno.


O puede ser de algarrobo, hermano
o de madera de sueños
Para que sueñen mis hijos, hermano
en largas noches de invierno.


yo quisiera que en mi mesa
nadie se sienta extranjero
que sea la mesa de todos
territorio del encuentro.


Que sea mesa de domingo
mesa vestida de fiesta
donde canten mis amigos
esperanzas y tristezas.

Quiero una mesa bien fuerte, hermano
hermano carpintero
mesa de casa paterna, hermano
de esas que aguantan el tiempo.


Mesa de quedarse solo, hermano
y de llorar en silencio
de olvidar ingratitudes, hermano
y soñar en el regreso.
 



Madeira de sonhos. Para que sonhem meus filhos, nas largas noites de inverno.
Que seja uma mesa de encontro, que ninguém se sinta estranho.
Uma mesa vestida de festa onde cantem meus amigos esperanças e tristezas.


A questão que agora mesmo se me coloca é:
De que carpinteiro ele está falando?
Do carpinteiro de Santiago del Estero, ou de um outro que por aqui andou milenios atrás?


Vejamos lá o que tem Kardec sobre isso:

Dos Médiuns escreventes ou psicógrafos.

183. Os homens de gênio, de todas as espécies, artistas, sábios, literatos, são sem dúvida Espíritos adiantados, capazes de compreender por si mesmos e de conceber grandes coisas. Ora, precisamente porque os julgam capazes, é que os Espíritos, quando querem executar certos trabalhos, lhes sugerem as idéias necessárias e assim é que eles, as mais das vezes, são médiuns sem o saberem. Têm, no entanto, vaga intuição de uma assistência estranha, visto que todo aquele que apela para a inspiração, mais não faz do que uma evocação. Se não esperasse ser atendido, por que exclamaria, tão freqüentemente: meu bom gênio, vem em
meu auxílio?


As respostas seguintes confirmam esta asserção:


a) Qual a causa primária da inspiração?

"O Espírito que se comunica pelo pensamento."


b) A revelação das grandes coisas não é que constitui o objeto único da inspiração?
"Não, a inspiração se verifica, muitas vezes, com relação às mais comuns circunstâncias da vida. Por exemplo, queres ir a alguma parte: uma voz secreta te diz que não o faças, porque correrás perigo; ou, então, te diz que faças uma coisa em que não pensavas. É a inspiração. Poucas pessoas há que não tenham sido mais
ou menos inspiradas em certos momentos."


c) Um autor, um pintor, um músico, por exemplo, poderiam, nos momentos de inspiração, ser considerados médiuns?

"Sim, porquanto, nesses momentos, a alma se lhes torna mais livre e como que desprendida da matéria; recobra uma parte das suas faculdades de Espírito e recebe mais facilmente as comunicações dos outros Espíritos que a inspiram."

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Para mim parece que basta.

Cada qual que tire suas conclusões. Não penso em incutir idéias em ninguém.

Lanço sementes apenas.


Paulo Cesar Fernandes

07  04  2013