sábado, 18 de agosto de 2012

Reflexão 18 08 2012 - Outras perdas

Perdas de companheiros valiosos


Perdas, outras perdas.

Nunca, como hoje, me tocou a situação das pessoas conhecidas que perderam seus companheiros.

Companheiro é aquele homem que está integralmente do lado da mulher. Não apenas fisicamente mas espiritualmente também.

Nada diferente disso lhe passa pela cabeça.

Pactuam projetos de vida.

Voltados para a mulher e para a familia. Sua familia e familia da esposa, são homens que somam, engrandecem a vida; a sua, e a de todos aqueles com os quais tem a oportunidade de conviver.

Em outro aspecto, numa outra ótica, mas esses são também os imprescindíveis de Bertold Brecht. Imprescindíveis.

Todo homem pode te-los como exemplo na mais profunda tranquilidade.

Não é sem razão o esvaziamento da vida das mulheres, um vácuo, uma justa tristeza.

Sim. Seguem sua vida. Continuam tocando suas atividades.

Mas o mundo lhes ficou diferente. Perdeu um ponto referencial, um ponto de apoio, um amor em última instância. E isto é forte.

O que mais quero, mais desejo com sinceridade, é cada uma dessas heroínas se superando cada vez mais, pois elas todas são merecedoras do respeito e do carinho de todos nós.

Se nós, amigos e admiradores desses homens, lhes sentimos a ausência, é possível imaginar o impacto sofrido por cada uma dessas mulheres.

Aqui. De longe. Me cabe aplaudir e abraçar a cada uma delas com o que houver de melhor em meu coração.

Paulo Cesar Fernandes
18/08/2012

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Espelho de ver verdades

Nele eu me vejo África


"Mas eu tenho um espelho cristalino
Que uma baiana me mandou de Maceió."

                                                   Alceu Valença   (Romance da Bela Ines


Sabe tudo da materialidade e da imaterialidade também.
Todos temos a imaterialidade da África pegada em nós
Mormente no Brasil, deste povo chocolate e mel.
Doce povo brasileiro.
Doce Pedro Casaldaliga
Doce Herculano Pires.
Por que negar a espiritualidade africana?
Por que negar nossa ancestralidade?
Somos todos, somos um.
Preconceito não pode imperar
O terreiro é a cidade e a cidade é o terreiro.
É assim, e assim sempre será.

Paulo Cesar Fernandes

17/08/2012

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Adversários

O ideal é que não os tenhamos, mas por vezes os vemos onde eles não existem.
E por vezes eles são reais e nos combatem.
Num ou noutro caso bola prá frente que o jogo é de campeonato!!!
Emmanuel em Instrumentos do Tempo fala sobre os adversários:

Às vezes, fustigando aqueles que nos ofendem, a pretexto de servirmos à verdade, quase sempre faltamos ao nosso dever de amor.
Nem todos podem enxergar a vida por nossos olhos ou aceitar o mapa da jornada terrestre, através da cartilha dos nossos pontos de vista.

Usemos o amor que o Mestre nos legou, se desejamos a paz na Vida Maior.
Compreendamos aos que nos ofendem.
Oremos pelos que nos perseguem ou caluniam.
Amparemos os que nos perturbam.

Quantas vezes nos pegamos equivocadamente ferindo as pessoas. E a palavra dita não tem como puxar de volta. Bem como uma mensagem eletrônica, e-mail. Não tem barbante que o puxe depois de enviado.
Dessa forma, é melhor pensar muito bem antes de escrever um texto. Antes de se enrubescer de raiva e sair detonando as pessoas. Admito as besteiras que fiz. Humano sou.
Não importa se as pessoas mereçam ou não mereçam uma resposta ríspida.
Importa pensar e lutar pela nossa paz. Ela vale ouro.
Se alguém se equivocou conosco, esqueçamos.
Vale a pena lembrar uma antiga música dos Novos baianos:

Dê Um Rolê (Escute/Veja)

Composição: Moraes Moreira / Galvão
Cantores: Novos Baianos e Gal Costa

Não se assuste pessoa
se eu lhe disser que a vida é boa
não se assuste pessoa
se eu lhe disser que a vida é boa

Enquanto eles se batem,
dê um rolê e você vai ouvir
Apenas quem já dizia,
Eu não tenho nada
Antes de você ser eu sou
Eu sou, eu sou o amor da cabeça aos pés
eu sou, eu sou, eu sou o amor da cabeça aos pés

E só vou beijar no rosto de quem me dá valor
Pra quem vale mais o gosto do que cem mil réis
Eu sou, eu sou, eu sou o amor da cabeça aos pés
eu sou, eu sou, eu sou o amor da cabeça aos pés


Pode nem ser exatamente isso, mas é bem por aí.
Que a vida é boa é boa.
E é preciso ser amor da cabeça aos pés.
E com toda a gente. Peito aberto ao mundo. E pá!
Bate a tal da felicidade, bate sim.

Paulo Cesar Fernandes
14/08/2012