quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Reflexão 10 10 2012 - Para o Alvo

Emmanuel - Vinha de Luz - Para o alvo

"Prossigo para o alvo."
Carta de Paulo de Tarso aos Filipenses. 3:14


Quando Paulo escreveu aos filipenses, já possuía vasta experiência de apostolado. Doutor da Lei em Jerusalém, abandonara as vaidades de raça e de família, rendendo-se ao Mestre em santificadora humildade.

Após dominar pela força física, pela cultura intelectual e pela inteligência nobre, voltou-se para o tear obscuro, conquistando o próprio sustento com o suor diário. Ingressando nos espinhosos testemunhos para servir ao próximo, por amor a Jesus, recebeu a ironia e o desamparo de familiares, a desconfiança e o insulto de velhos amigos, os açoites da maldade e as pedradas da incompreensão.

O convertido de Damasco, no entanto, jamais desanimou, prosseguindo, invariavelmente, para o alvo, que, ainda e sempre, é a união divina do discípulo com o Mestre.

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Não me parece que algum de nós tenha se visto diante de tal desafio para atingir suas metas, seu alvo.

Podemos ter alvos de cunho material, como não?

Mas me parece lúcido deixar um pouco de energia para um outro Alvo: a Espiritualidade.

Essa força que nos remove do ciscar da vida diária, e nos arroja a verdadeiros voos.

Admirar um texto bem escrito, sua forma, sua expressividade, seu linguajar superior, acaba nos elevando o padrão mental.

Ensinar a alguém alguma coisa, quando essa pessoa veja tal tema como uma dificuldade; mas de modo tão natural, e com  simplicidade  incapaz de ferir ao aprendiz. Pois somos todos, em última instância, aprendizes de alguma coisa, de alguma matéria, de alguma potencialidade. Todos nós mesmo.

Ter a simplicidade franciscana como um alvo.


Isso, por sí só, será capaz de nos trazer uma felicidade anteriormente não imaginada.

Hoje, não mais pegaremos no tear, como simbolo da simplicidade, mas essa simplicidade, tão difícil de alcançar, vai pouco a pouco tomar conta de nós, e se expressar em cada atitude nossa. E será simplicidade plena de alegria, pois deixou para trás muitas amarras do passado. Amarras portadoras da infelicidade:

Vícios;
Intransigência;
Agressividade;
Orgulho;
Vaidade;
Competitividade;
Ódio, e os sentimentos todos que o acompanham.


No estabelecimento desse novo alvo nasce o Homem Novo.


Um Homem Novo preconizado por muitos pensadores desde a Antiguidade Clássica, a começar por Aristóteles.

Mais próximos de nós temos nomes como José Herculano Pires; Ernesto Che Guevara;  Carlos Fonseca Amador e tantos outros homens cujas idéias luminosas banharam nossos paises de propostas progressistas, clamando por um Reino de Justiça sobre a face da terra.

De nossa parte.

Dotados todos de Razão, somos capazes de estabelecer nossos alvos, e através dessa escolha ser mais felizes, e mais úteis a esta desorientada Humanidade.


"Depende de nós..." como propagava a música religiosa da minha  juventude.

Paulo Cesar Fernandes

10/10/2012

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Reflexão 09 10 2012 - Entrega

Um momento de entrega.

Sair de nós em direção aos nossos semelhantes. E eles não precisam necessáriamente saber disto. Tiramos de nosso coração elementos de energia a se deslocar no espaço, e tocar o coração da pessoa em dificuldade.

O universo das energias é muito mais amplo e poderoso que possam imaginar nossos estreitos conhecimentos.

Um pensamento de carinho; um sincero desejo de melhora, a uma pessoa acamada; um sorriso acolhedor num recanto qualquer da cidade; são pequenas atitudes a fazer diferença.

Todos somos chamados a isso.

Desde a mais remota antiguidade a virtude, ou as virtudes, são pregadas pelos pensadores. Surda sempre foi a Humanidade no sentido de ouvi-los.

Jesus de Nazaré cumpriu a sua tarefa.

Mas quantos lhe deram ouvidos verdadeiramente?

Criou-se ao redor dele um mito e aproveitadores dos mais diversos matizes fizeram e desfizeram em seu nome.

Quantos santos existem?

Terão sido todos eles efetivamente espiritos voltados à humanidade na sinceridade de seus corações? Ou injunções politicas os levaram a esse posto por servir a Igreja?

Quem foi Torquemada e o que representou a Inquisição para o progresso da humanidade, e para a melhora espiritual das pessoas?
Em que se tornaram mais sensíveis, e boas as pessoas diante desses trágicos eventos?


Mas se temos um passado reprovável na História da Humanidade, podemos construir um futuro cristalino.
E isso não ocorre em grandes movimentos de massa. Nada disso.

Como nos diz o Professor Herculano Pires em seu poema "O Reino", este momento nasce da semente plantada no coração de cada homem. E tem razão.

É no seio solitário da individualidade a grande transformação social, na medida em que a Sociedade é formada de indivíduos, uns bons e outros maus, estando estes sempre em confronto, partilhando espaços, emoções.

Faz-se o momento dos bons ocuparem o mundo.
Sei que isso se dará! Mas dentes rangerão e o ódio se instalará.
Pois os maus carregam em si, tonéis e mais tonéis do fel do ódio.

Os bons, nos trilhos do Bem, passarão incólumes pela tormenta provocada pelos maus.
E seguirão fazendo entregas de amor, em diversos momentos, nas mais distintas localidades, na busca de seguir os ditâmes de bnevolência trazidos por todos os pensadores/filósofos/poetas  de nossa história.

Cabe a nós o esforço para estar no roteiro dos bons.

Paulo Cesar Fernandes

09/10/2012

domingo, 7 de outubro de 2012

Reflexão 07 10 2012 O conhecimento e seu uso

Emmanuel - Vinha de Luz - Saber como convém

"E se alguém cuida saber alguma coisa, ainda não sabe como convém saber."
Carta de Paulo aos Coríntios. 8:2


A civilização sempre cuida saber excessivamente, mas, em tempo algum, soube como convém saber.
É por isto que, ainda agora, o avião bombardeia, o rádio transmite a mentira e a morte, e o combustível alimenta maquinaria de agressão.
Assim também, na esfera individual, o homem apenas cogita saber, esquecendo que é indispensável saber como convém.
Os que conhecem espiritualmente as situações ajudam sem ofender, melhoram sem ferir, esclarecem sem perturbar.
Sabem como convém saber e aprenderam a ser úteis.
Usam o silêncio e a palavra, localizam o bem e o mal, identificam a sombra e a luz e distribuem com todos os dons do Cristo. Informam-se quanto à
Fonte da Eterna Sabedoria e ligam-se a ela como lâmpadas perfeitas ao centro da força.
Fracassos e triunfos, no plano das formas temporárias, não lhes modificam as energias.
Esses sabem porque sabem e utilizam os próprios conhecimentos como convém saber.


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Uma parcela da população se esmera na busca do conhecimento. Ampliar de forma consistente seu saber é uma das possibilidades oferecidas pela benevolência da Vida.

Não a desperdicemos.

Mas valiosas são as observações de Emmanuel no tocante ao uso desses conhecimentos.

Conhecer para si ou partilhar tal conhecimento?
Escolhi a partilha. quando outras portas me foram fechadas.



Pleno de felicidade me valho de:
Portal Fernandes (www.portalfernandes.blogspot.com) e
Pour Kardec (www.pourkardec.blogspot.com).


São os locais dessa partilha das descobertas intelectuais.

Espaço usado também para opinar sobre as mais diversas questões da existência em nosso planeta.

O socialismo, a pequenez do homem. Suas imensas ilusões com relação aos poderes temporais da existência, entre tantos outros temas como a arte, dela destacando sempre a música, e música engajada politicamente de preferência.

Não sou neutro. Sou um socialista militante, algo quase extinto no Brasil dos oportunismos e veleidades temporais.


Este meu espaço é um espaço restrito?

Sem grande eficácia pois recebe pouca ou nenhuma visitação?
Nada posso fazer. Cabe-me difundir meu aprendizado? Cumpro!


Mais importante é saber o meu uso do meu conhecimento.

É apenas diletantismo individual ou me torna algo melhor para com meus semelhantes?

Tenho lutado no último ano para cair na segunda alternativa.

Um trato mais carinhoso com as pessoas.
Agora não só com meus familiares, mas com todos:
 
as meninas da padaria;

o rapaz da casa de massas;

meu dentista e sua assistente (duas grandes almas);

os donos e funcionarios das minhas habituais cafeterias;

e em todos os locais onde possa estar carregando, além dos habituais livros e cadernos de anotações, uma grande dose de bom humor.

Busco o humor sadio, incapaz de ferir alguma pessoa.

Como "convém à sã doutrina" diria Paulo de Tarso o apóstolo dos gentios.

Agir na busca do que é correto, e sempre sendo fiel aos meus mais profundos sentimentos.

Pois, as pessoas não merecedoras de meu respeito, não serão agredidas; mas, por outro lado, não me verão os dentes com facilidade. Dos não sinceros, desonestos, oportunistas e ladrões, peço à Vida me de o beneplácito da distância e a alegria de nunca os encontrar.
Me trazem um asco visceral tais pessoas.

E não sei fingir. Os mentirosos e fingidos são insuportáveis.

A Vida me tem atendido neste mister. E tenho fugido dos locais onde tais criaturas possam estar.

Este aqui é meu palanque.

Desta minha franciscana capela faço minhas perorações e digo das minhas idéias e descobertas.

Não tem importância se existe algum cerceamento lá fora.

Se podam a possibilidade de propagar minhas idéias.

João Cabral do Melo neto, em seu livro Sagarana, tem um conto nominado "A Hora e a vez de Augusto Matraga", na qual o personagem principal Augusto Matraga, vivia a dizer, se refrindo à morte: "Todo mundo tem a sua hora e a sua vez."

Reelaboro isto com relação à expansão de minhas idéias, hoje interditas. Proibidas. Desprezadas.

Mas, minhas idéias, por sua justeza e correção...
Chegará o dia em que hão de ter: a sua hora e a sua vez.


Paulo Cesar Fernandes

07/10/2012