quarta-feira, 22 de abril de 2015

20150422 Tao

TAO significa caminho.


Todos somos caminhantes, mas alguns homens, por seus exemplos de ética diante de diversas oportunidades, onde outros tropeçam, acabam sendo também um TAO.


Alexandre, o Grande; Carlos Magno; muitos homens da história humana são tidos como grandes.


Mas grande de verdade é o homem comum, na sua singela vida do dia a dia fazendo a felicidade de sua família. E sempre pautado na ética. Passa por dificuldades financeiras e não se deixa levar pelo dinheiro fácil.


_ Isso não é para mim. Estou bem no meu trabalho. - diz na possibilidade de ganhos imensos, mas sem base na correção.


Comenta no seio do Lar dessas ofertas, tece comentários negativos acerca daqueles que lhe fizeram propostas asquerosas.


Incompreendido, mesmo no seio do Lar, segue suas convicções.


Carrega dentro de si, a certeza de estar deixando aos filhos o tesouro maior capaz de ser oferecido por alguém: o exemplo.


Mesmo vivendo com algumas dificuldades, atentar às demandas da Ética é sempre o verdadeiro TAO.


Paulo Cesar Fernandes

22/04/2015


P.S.:

Fruto da lembrança da alegria de um espirito comunicante, faz muitos anos, numa reunião mediúnica do Centro Espírita onde eu frequentava.

Sua alegria se baseava na visita feita aos dois filhos, e na verificação dos dois terem se tornado Homens de Bem, como frisou algumas vezes.

Hoje, ao fim das minhas meditações, a alegria desse espírito me veio à mente, após a leitura da Revista Espírita, onde nalgumas mensagens os espíritos exaltavam os grandes homens: Carlos Magno; Clóvis e Cesar. 

domingo, 19 de abril de 2015

19980614 Voar


 

Crônicas dos tempos do Quanta

 

Voar

 

 

            Quando um homem comum morre, perde a família consangüínea.

            Ao morrer um idealista, ou seu ideal; perde muito de força o crescimento da família humana.

            O ideal é o lubrificante que viabiliza a engrenagem do novo, do criativo, da verdadeira máquina de progresso que impulsiona a humanidade.

            Olhemos fundo no passado da humanidade. Nomes não faltarão nas mais diversas áreas.

            Nesses nomes se basearam os saltos qualitativos na caminhada do conhecimento.

            O saber acadêmico é estático.

            O do idealista é dinâmico; segue a própria dinâmica do inconformismo com o velho, com a mesmice, com a falta de visão histórica espraiada na sociedade de todos os tempos.

            Só ele, só o idealista sai do quotidiano perscrutando a vida, com seu binóculo de ver o futuro. Como a gaivota de Richard Bach, deixa os outros e segue solitário seu rumo.

            Incompreendido, criticado, isolado até por seus pares, tem na luz do seu norte a segurança da jornada.

            Caminha.

            Empreende.

            Realiza.

            Do centro de sua solidão; pouco a pouco compreende seus pares, vê seus pés, atados ao chão do imediatismo, sem poder ajudá-los a voar.

            Pássaro nenhum voou sem tentar; partindo sempre de uma própria dinâmica interior.

            Tal qual a ave mãe, se alegra o coração do idealista. Pois sabe, de experiência própria: uma vez alçados grandes vôos; pouca chance terá o aprendiz, de desprezar o prazer de ver o mundo, sempre a partir de perspectivas mais altas.

 

                                                                       Paulo Cesar Fernandes.

 

                                                                                  14/06/1998

 



Nota: Texto dedicado a Jaci Régis, espírita.