sábado, 25 de maio de 2013

20130525 Faróis

"Nunca te deixarei, nem te desampararei."
Paulo aos Hebreus 13:5



Desalento. Desamparo. Sensação de desânimo diante da vida.


Quem nunca passou por isso, deve ter construído ao longo de sua trajetória, uma gama de pensamentos apenas voltados ao Bem e ao amparo ao semelhante. Ou pensamentos de positividade e esperança. Tenho certeza da existência de muitas pessoas com tais características. Não as faces sorridentes e falsas que  
costumeiramente vemos nas revistas, ou em festas e eventos.


Penso, mais concretamente, nos 'sem holofotes' de qualquer espécie sobre si. Nos benevolentes dos bairros, servidores ocultos de tantos quantos possam buscar seu amparo. E muitos em nosso mundo são assim. Esses não aparecem nas telinhas da TV, ou nas páginas dos jornais.

Penso na irmã alguns anos mais idosa, capaz de reduzir os próprios sonhos para permitir aos seus irmãos o acesso ao conhecimento. Milhares de casos anônimos ocorrem no Brasil e no mundo. 


Mas isso talvez ainda não ocorra conosco: lidadores do dia a dia; buscadores do pão através do trabalho digno. Nós, cuja condução apinhada faz parte do natural em nossa vida. Muitos enfrentamos uma série de incompreensões e atitudes infelizes, quer no trabalho quer nas instituições a qual nos vinculamos. Coisas capazes de
interferir em nossa paz interior.


Quem não topou com isso em seu caminho?


Mas que é isso para quem estabelece um roteiro no Bem?


Apesar das dificuldades por cada um de nós ainda enfrentadas, podemos nos mirar nos positivos exemplos das pessoas acima descritas. "Orai e Vigiai." disse Jesus. Não devemos abrir mão das orações, mas focar muito mais fortemente na vigilância interior.


Pensamentos podem se transformar, assemelhando-se ao dessas pessoas. O sorriso largo e sincero pode brutar em nosso semblante a qualquer momento. Paulatinamente, tornarmo-nos um desses ocultos benfeitores, sem necessidade de apreciação de ninguém, e de nada além da nossa sã consciência.


O tempo, nesse aspecto, joga sempre a nosso favor. É nosso incontestável aliado. A Vida Maior, a vida mais ampla e produtiva nos aguarda sempre. Nos livre ela apenas da maldade humana, capaz de ver em tudo uma intencionalidade perversa, motivações indignas; um olhar para seu semelhante tomando a si como referência.


Viver a nossa vida, intensa e plenamente. Esse deve ser o nosso projeto. Cada um vivendo a sua história; não interferindo na dos outros; não criticando os outros; não se ocupando dos outros; só isto, de per si, já representará um avanço social enorme. Trará uma nova forma de pautar as atitudes sociais. Afinal é por pessoas
como nós composta a sociedade.


Cada um na sua, na linguagem comum. E todos voltados para o bem comum. O futuro me parece será assim. Sem competição e com muita solidariedade, corações sempre abertos ao acolhimento e amparo, na dor dos semelhantes.


Não já. Não logo. Mas será indubitavelmente. O Mal já habitou a Terra por tempo demasiado.


E para a travessia rumo ao novo tempo, temos a mensagem de Jesus de Nazaré, Buda, além de todos os filósofos, tanto do ocidente quanto do oriente. Suas palavras sempre nos direcionam por um caminho de maior sensibilidade e acerto nas atitudes. São faróis sempre presentes na espessa noite da materialidade de
todos os tempos da história da civilização.


Nunca faltaram ao homem palavras corretas. Pena terem sempre sido relegadas a planos secundários de sua forma de viver.


Novos ventos varrem a Terra. Possivelmente sejamos capazes de ver brotar a espiritualidade, das cinzas do antigo mundo.


Assim sonho eu!


Paulo Cesar Fernandes

25  05  2013

sexta-feira, 24 de maio de 2013

20130524 Pedras do caminho

"Para ver se de algum modo posso chegar à ressurreição."
Paulo aos Filipenses 3 :11



Vamos deixar de lado a questão da ressurreição. Católica. Nem capaz de ser compreendida pela reencarnação espírita.


Então como ler esse texto de Paulo de Tarso? Chegar a que? Por que caminhos?


Ainda agora, antes deste momento de minha meditação diária, pensava eu sobre o Bem.


Ser um Homem de Bem é algo fácil. Basta cumprirmos as normas sociais com dignidade, e teremos o reconhecimento social, e a consciência tranquila.


Mas isso não basta. É necessário sejamos Homens Bons. E a bondade nos requisita muito mais. Verdadeiramente muito mais. Em primeiro lugar, o esquecimento de toda iniquidade da qual sejamos eventualmente vítimas. Seja isso realidade ou pura imaginação nossa, como costumeiramente ocorre.


Esquecer é mais que perdoar. É saber do problema, e passar batido por cima dele, a ponto de não nos sentirmos tocados. Só isso já nos habilita a ir de encontro à paz. Já nos traz qualidade de vida.


Mas para nos sentirmos bons é mais difícil. Precisamos da certeza de estar fazendo tudo ao nosso alcance na melhoria dos nossos próximos mais próximos, nossos familiares. E ir abrindo esse conjunto de beneficiários nossos; pouco a pouco, até atingir uma gama muito ampla de pessoas. Esse predispor-se ao próximo é muito difícil, pois nosso egoísmo ainda é vigente em nós; falo por mim, mas outras pessoas podem se sentir em situação análoga. É difícil, muito difícil.


Mas... De algum modo posso chegar a isso, como coloca Paulo?


Reordenando valores, conduzindo nossa vida nessa nova gama de valores: simplicidade, frugalidade (Hummm...), focar nas coisas capazes de nos melhorar e desconsiderar tudo aquilo capaz de nos trazer aborrecimentos e contrariedades.


Enfim. Traçar metas existenciais. Como espiritos imortais, metas de espiritualidade: abstração do mal; adesão ao Bem Maior; leituras interessantes; algum ramo da arte; preocupações éticas e estéticas, pois ambas tem muita conexão; definir valores existenciais, coisa pouco comum no nosso mundo de materialidade.


Serei eu a definir tuas eleições existenciais? Não mesmo! Não quero, não devo, jamais faria isso. É tua vida, teu tempo, são teus sofrimentos e teus sonhos em jogo nisso. Vai daí apruma-te e toma as rédeas do teu viver, do teu existir.


Lembrar apenas ser sua existência algo muito além do estrito limite berço/túmulo.


Espraia-se na longa extensão do tempo. Em sua plena elasticidade.


Espaço infinito de oportunidades de encontro com a nossa Felicidade.


Altamente merecida. Por ter sido construída passo a passo. Decisão por decisão.


Colocamos cada pedra do sendero feliz pelo qual caminhamos.


A Felicidade e a Sabedoria tem o mérito como pré-requisito.



Paulo Cesar Fernandes

24  05  2013

quinta-feira, 23 de maio de 2013

20130523 Pelos atos, pelas obras

“Assim também a fé., se não tiver as obras, é morta em si mesma.”
TIAGO  2:17



Assim é! A fé em si mesma nada tem de útil. É um único vazio, uma inutilidade a iludir os incautos. Eu combato a fé.


No desvão da fé as pessoas deixam de se valer da Razão, o único caminho capaz de levar o homem a novos patamares de percepção da vida e de seus semelhantes. A razão somada ao amor faz surgir coisas como os "Médicos sem Fronteiras", cuja razão vislumbrou uma situação calamitosa e injusta, e o amor mobilizou esses espíritos no sentido do amparo ao semelhante.


Não somos médicos, enfermeiros, mas somos algo nesta vida. Temos a capacidade de pensar, de raciocinar claramente, e um coração capaz de sentir as desgraças apresentadas por este mundo. Fruto sempre o Orgulho e Egoísmo como bem disseram os espíritos a Kardec, no momento em que foram questionados sobre os
maiores males enfrentados pela humanidade. A resposta veio sem hesitação.


Triste nos é perceber a continuidade das mesmas chagas dominando os corações. A humanidade é sempre a mesma. Mudam as formas e meios de expressão dos seus defeitos. Não quero com isso afirmar a ausência de progressos, e progressos significativos nas décadas passadas. A brutalidade do início do século passado foi
se atenuando na grande massa da população. Temos ainda seres na primitividade, mas na sua grande maioria apenas fruto das condições sociais injustas nas quais estão inseridos.


A revolta antes canalizada nas lutas sociais através de sindicatos e partidos políticos esvaneceu.


A força do individualismo imposto pelo capitalismo na atualidade trouxe o "salve-se quem puder" social. E cada qual lutará com as armas ao seu dispor. Dentro das organizações, a competitividade mais absurda, despojada de qualquer valor ético. E nas camadas mais despossuídas das populações, a busca de qualquer caminho,
desde que seja rápido, para alcançar os objetivos colimados.


"Não dá mais Paulo, eu vou partir prás cabeças." me disse muitos anos atrás um amigo, quando eu militava em bairros populares. Significava ele, partiria para o crime. Não sei se minhas alegações sobre sua esposa e seus filhos tiveram efeito, eles desapareceram do bairro. A falta de trabalho, a baixa remuneração quando o
encontrava, e os problemas pessoais desse amigo o empurravam por um caminho. Equivocado. Mas o único que via de dentro de sua situação.


Mas é bom lembrar ser a pobreza um elemento sempre presente na história da humanidade, e nem por isso todas as pessoas se puseram a assaltar e a roubar. Mesmo hoje a dignidade é presente na grande maioria dos lares.


A violência presente em nosso mundo, nasce da desestruturação psíquica provocada por uma sociedade injusta e vil. Problema já levantado após a Segunda Guerra por Erich Fromm, em seu livro "Psicanálise da Sociedade Contempórânea", onde aponta o
crescimento da violência sob o capitalismo.


Hoje. Além da violência natural do capitalismo, temos o "advento" das drogas. Sejam elas sintéticas ou não, são uma desgraça a se abater sobre o mundo ocidental. Geratriz de violência e desespero entre os lares do mundo.


Um quadro desses não permite espaço para a fé. Requer mentes e braços dispostos ao trabalho regenerativo de todos os envolvidos em qualquer tipo de desvio de conduta. Ações firmes, porém acolhedoras. Capazes de dar ao espírito em desequilíbrio a segurança na benevolência daquele que o atende.


E mais.Tarefas de grande envergadura como esta, não são tarefas para governos tão somente. São tarefas para todo um povo. Toda uma nação.


Além disso, não é via legal a solução de problemas em expansão. Mas via envolvimento social. Retomada de valores éticos, fundamentalmente dentro do âmbito familiar. E onde se desagregou a família, oportunizar aos frangalhos restantes um clima aconchegante, capaz de assegurar-lhes uma diretriz.


O tempo da fé morreu!


Vivemos o tempo das obras, dos atos, das ações afirmativas da vida e da cidadania. Sempre tendo como valor maior a Justiça e o amor aos semelhantes.


"Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver Amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.
Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé ao ponto de transportar montes, se não tiver Amor, nada serei."


Paulo de Tarso aos CORÍNTIOS, 1:13


Paulo Cesar Fernandes

23 05 2013

quarta-feira, 22 de maio de 2013

20130522 Justriça ou vingança

"Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.. ."
Jesus  anotação de Lucas 23 :34



Temos sempre dois momentos ao longo de nossa trajetória: antes do conhecimento e depois do conhecimento. Isso se repetindo multiplas e multiplas vezes, pois são muitas as coisas aprendidas entre o berço e o túmulo. Se pensarmos na existência, englobando diversas encarnações elevamos isso a enésima potência.


Queiramos ou não somos costumeiros aprendizes, é uma determinação das Leis Naturais comandantes de todos nós.


Como somos Seres Incompletos, vamos nos complementando nessa somatória infinita de oportunidades de aprendizado. Aqui aprendemos a perdoar; ao mesmo tempo algo mais de sociologia; mais adiante convivemos com nossos semelhantes de forma mais harmoniosa e amorosa; descobrimos a geologia ou a mecânica dos
corpos celestes. É infinito o universo do aprendizado. Infinito mesmo.


Um dado no entanto acompanha o aprendizado. Um quantum de responsabilidade diante de cada novo saber agregado em nós. O conhecimento traz necessáriamente um maior discernimento para seleção entre o bem e o mal, e mesmo uma outra ética.


Grandes filósofos, grandes cientistas, os músicos (profissionais
da música, com ou sem sucesso) e demais artistas tem uma outra forma de conceber a vida, e uma preocupação maior com o seu semelhante. São categorias de profissionais capazes de se deslocar de sua temporalidade e viver hoje, o futuro. Positivamente visionários, e nada de lunáticos, como muitos conservadores os
classificam.


Assim sendo como lidar com os juízes da Igreja no processo de Giordano Bruno?


Não eram ignorantes.


Como pensar os responsáveis pelas mortes nas Ditaduras Militares Latinoamericanas e seus assessores norte-americanos?


Na Argentina, em 7 anos de Ditadura (1976-1983), foram 30.000 mortos.


Não. Não havia ignorância ou inocência no Governo da Argentina e nem no Governo dos Estados Unidos.


Que pensar do ocorrido no Chile de Salvador Allende?


Em todos os casos os executores eram conscios de seus atos e os faziam com requintes de crueldade.


Diferentemente ocorre com a barbárie hoje ocorrendo no Brasil principalmente, e em outros países latinoamericanos. São espíritos embrutecidos pela ausência de uma estrutura familiar, falta de amor, de condução ao bem. Seres largados ao léu. Sem presença paterna e nem materna. E quando digo presença é estar junto e
participar da vida dos filhos.


O abismo da população é em função de cegos não poderem dirigir outros cegos. Nenhuma culpa lhes pode ser imputada. São frutos de uma sociedade individualista e egoísta. Preconceituosa e vil. De governos mafiosos e corruptos, cuja relação com o povo é sempre utilitarista e sem conexão com suas necessidades.


O governo de um país tem responsabilidade sobre os valores circulantes nessa sociedade. Os valores trazidos após 1964 ao Brasil acabaram por sufocar os valores vindos da Península Ibérica e da Península Itálica. Outra coisa. Descolada das antigas tradições culturais e éticas do imigrantes. E as novas gerações se formaram na ausência de valores. Um vazio perpassando todas as classes sociais.


A vida não é mais um valor no Brasil, e em alguns outros países latinos. Comparativamente assista os noticiários da TV Portuguesa, Espanhola, Italiana ou Francesa. Quando um assassinato ocorre é motivo de espanto e de comentário por mais de um dia. Isso nos faz perceber a presença do valor da vida nesses povos.


Precisamos no continente, de governantes sabedores de suas atribuições. Conscios de suas responsabilidades e deveres. Com sentimento de Povo e de Pátria. Que saiam pobres dos seus cargos.


Não é possível perdoar os que sabem o que fazem, e fazem sempre em benefício próprio e roubando o povo.


Não os quero na cadeia. Me basta ve-los devolvendo cada centavo roubado ao povo de seu pais. Isso já me parece justo. Cada centavo. Cada mínimo centavo.


Se a Justiça tiver sabor de Vingança, que seja! Nada mais haveria a fazer.


Paulo Cesar Fernandes

22  05  2013

segunda-feira, 20 de maio de 2013

20130520 Somos adultos

"E não quereis vir a mim para terdes vida."
Jesus  anotação de JOÃO  5:40



O que significou Jesus, quando disse não querermos ter com ele?


É bom pensar nisso, pois somos eternos pedintes, principalmente quando alguma coisa se desordena em nossa vida. Rapidinho vamos para a Igreja, para o Centro Espirita, para o Templo de nossa predileção. Pedir e tentar nos "reconciliar" com a espiritualidade/religiosidade, sempre relegada a planos secundários de nossa vida diaria.


Quando está tudo correndo bem, tudo na mais perfeita ordem, na mais santa paz, ninguém está nem aí para as coisas do espirito. Basta um leve vendaval, uma dorzinha de barriga qualquer, acontece aquela correria. Frágeis somos nós.


Vivemos a dualidade da matéria e do espírito. Isto é real. Natural.


Somos espíritos, nos valendo de um corpo material para nos comunicar, atuar na sociedade ao qual estamos vinculados. Melhor sendo se nossa atuação for positiva não apenas para nós, mas para a comunidade toda.


Mas o problema é quando nos vemos presas da matéria. Sabemos da espiritualidade. E agimos como se esta nunca tivesse passado por nossa mente. Como se todas essas coisas aprendidas fossem jóias de grande valor, sempre guardadas em um cofre forte, para uso apenas em ocasiões muito especiais: numa palestra; num
evento de envergadura; diante dos Meios de Comunicação de Massa; etc.


Nesses momentos "especiais" temos em nós a vida proposta por Jesus de Nazaré, o homem. Passados esses momentos, devolvemos tudo ao cofre, e seguimos na materialidade característica em nós, como se nada disso nos dissesse respeito.


É evidente, nem todas as pessoas assim agem. Muitos já incorporaram o chamamento nos seus atos existenciais. Vivem sem esforço, de acordo com as Leis Naturais. Adequados a estas por te-las dentro de si. Na simplicidade de sua existência o Bem é componente constante.


Enquanto nos vemos obrigados a vigiar nossos atos, esses outros já se despreocupam desse mister, ocupando a mente com outras preocupações, mais pertinentes ao seu patamar espiritual.


Mas nosso lugar ainda é aqui. Falemos de nós.


Clamamos por Jesus quando nos reunimos: "Quando dois ou mais estiverem reunidos em meu nome eu aí estarei."


Quem nunca pensou ou disse isso numa atividade?


Buscamos benesses pessoais. Por vezes pedindo coisas de dar vergonha mais adiante. Pedidos prenhes de materialidade.


Algumas pessoas tentam negociar com Jesus ou com os espíritos de sua predileção. Numa verdadeira transação comercial, um "toma lá dá cá" vergonhoso.


Materialidade expressa em verbo ou em imagens mentais. Mas arremessada dessa pessoa, numa cega confiança de a existência ser uma bolsa de ofertas. Um mercado, esse mercado na qual se formaram em nossa sociedade.


Ledo engano. Infantilidade demais pensar Jesus ou a espiritualidade preocupados com os negócios materiais, ou com as paixões humanas. Algumas coisas são hilárias:


"Com a ajuda de Deus eu marquei esse gol, que garantiu a vitória do nosso time." - é assustadora uma afirmação dessas.


E canso de ouvi-las ao final das partidas de futebol. Cabe nisto um pensar mais profundo. Mais que isso...


Acho necessário refletir se realmente estamos a caminho de ter com Jesus, e se a vida, por ele oferecida, tem algo a ver com a existência escolhida por nós nesta passagem pela Terra.


Somos adultos o suficiente para avaliar de forma autônoma e responsável, sobre o nosso destino como espíritos imortais.


Tarefa difícil, mas necessária!


Paulo Cesar Fernandes

20  05  2013

domingo, 19 de maio de 2013

20130519 Ilusão

"Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem."
Paulo aos ROMANOS  12 :21



Seja o bem ou o Bem, é muito fácil falar dele, e muito difícil transitar por seus caminhos.


Quando damos conta, já dissemos uma palavra rude para alguma pessoa. Ao encontro da menor contrariedade, batemos forte em nosso suposto adversário. E, muitas vezes, é uma pessoa se aproximando, com o objetivo de nos ajudar.


"Viver é bom, mas dá um trabaaalho!" diz um personagem do Moacyr Franco no Programa "A Praça é nossa".


Incorpora ele, no próprio personagem a sua sensibilidade. E diz uma verdade. Pois viver de maneira irresponsável é fácil. Mas tomar para si determinados parâmetros de conduta, e segui-los com certo capricho. Isso dá trabalho. Quem estabeleceu algo para cumprir, sabe do que estou falando. Isto pode ser aplicado
em todas as áreas de nossa vida.


Seja no regime; no trato com os semelhantes; no domínio das paixões; e tantas outras situações.


Somos sempre confrontados por desafios. E nossa vitória está exatamente em nossas mãos, em nossa capacidade de enfrentá-los, com bom ânimo, coragem e determinação.


Dá trabalho. Não é nada fácil construir o Bem dentro de nós. Fazer o processo de transformação do Mal, eventualmente presente em nós, no Bem desejado.


Elemento vital para nossa felicidade, ao lado da Liberdade.


Liberdade; Sinceridade e coração voltado para o Bem Maior, o Bem de toda a humanidade. São a base da boa estrada. Caminho para a Felicidade buscada por todas as pessoas, mas sempre procurada no lugar onde seguramente ela não está.


As pessoas buscam a Felicidade fora de si mesmo. Em viagens. Em compras. Em projeção pessoal. Milhares de outras coisas.


"Mas eu só ponho meu boné onde eu posso apanhar." diz Jorge Bem em uma de suas músicas.


Por que não usamos essa fórmula inteligente, no tocante a algo tão desejado como nossa Felicidade? Estará sempre ao nosso alcance se a tivermos em nós. Em nossa postura existencial.


Jogar fora as ilusões puerís e adotar a vida adulta. Pois é claro. Quantas e quantas pessoas não cultivam puerilidades até sua morte?


EI!!! ACORDA!!!

Teu lugar é esse em que estás. Teu tempo é agora. Usa esses recursos com inteligência.


Todos necessitamos desse chamamento.


Transformar defeitos em qualidades pode ser difícil. Mas não fugimos disso. É o único roteiro seguro.


Tudo o mais é ilusão fugaz!


Paulo Cesar Fernandes

19  05  2013