sábado, 18 de fevereiro de 2012

Mirassol 1 x 3 Santos - Na imaterialidade



Ao final do jogo do Santos, me perguntava se meu cunhado já teria onde está a possibilidade de ver as jogadas do Neymar. Ele que tanto vibrava com as diabruras do moleque. Tanto ria de cada lançe. Eu acho que sim. Eu espero que sim. Quem é bom acaba por merecer um despertar mais rápido, acaba por receber um tratamento de urgência, para que lhe saia da mente os resquícios de lembrança da doença que o acometeu. O espírito toca adiante a vida assim como nós a tocamos. Cada qual de seu lado do "Muro de Berlim" que separa a materialidade da imaterialidade, com possibilidades de realizações em ambos os lados.


Conversando com minha irmã mais nova, dizia a ela, "o diacho é que o telefone só toca de lá para cá". Rimos muito dessa angústia que nos toma. E mesmo algum toque que recebamos, numa casualidade, nunca temos a absoluta certeza da concretude do fato.


Já que minhas irmãs sempre dizem que sou um otimista convicto, vamos pensar de maneira legal, isto é, positiva mesmo.


Imagino que no lugar onde hoje habite, deva ter uma poltrona confortável, e uma TV de plasma bem grande, onde meu querido possa saltar a cada gol do time de seu coração. Milton merece essa alegria do lado de lá, como nós a merecemos do lado de cá. Afinal qualquer vitória é algo bom demais.


Santos, Santos sempre Santos....em ambos os lados do Muro de Berlim.


Paulo Cesar Fernandes


18/02/2012

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Humildade e Perdão.


Hoje o dia passou me chamando a pensar novamente na Humildade.


Humildade, Deus, Bondade, "Dar a outra face...", tudo isso foi inventado para te fazer escravo.


Te fazer um inútil servo, um ser sem personalidade, um ser que não é nada, pois não se impoe, não se permite se sentir alguém, e alguém valioso no ponto evolutivo em que chegou.


Quer renegar todas as tuas qualidades para te colocar a serviço da imbecilidade do "não-ser".


Se algum calhorda começar a te falar de algo que ele diz ser qualidade, mas essa suposta qualidade te dimunuir de alguma forma, decreta-o como inimigo da tua induvidualidade e de tua livre e soberana vontade. E muitos pregadores dessa ordem andam espalhados por toda parte. Falam com palavras suaves e falsas. Se aproveitam, tal qual raposa, de alguma momentânea fragilidade tua para te escravizar. Te fazer refén dele. Devedor dele.


Liberta-te de tudo e de todos. Não sigas nada e ninguém. És plenamente soberano.


Mas minha atual reflexão não é sobre escória humana. É sobre perdão.


Perdão é uma qualidade, pois não te faz refén de nada e de ninguém.
Ao contrário, te enobrece e engrandece. Até porque todos sabemos as dificuldades encontradas na busca dessa qualidade.


Quantos avanços e quantos retrocessos. Aqui me refiro a chegar ao esquecimento do fato. Essa é a meta. Enquanto o fato desagradável estiver presente em nossa memória, esse tal de perdão não ocorreu.
Dentro do processo de luta pelo esquecimento, vai chegar uma hora que o fato perde toda sua carga emotiva. Isso é quase chegar lá. Mais um passinho e se consolida o perdão. Com pleno esquecimento.


Voce tem algum ódio que carrega desde a infância? Imagino que não. Pois as coisas pueris ficam nos tempos da puerilidade.


E muitas vezes a mágoa que carregamos na idade adulta é igualmente pueril. Mas temos o prazer mórbido de alimentar tal coisa.


Há um forte motivo para lutar contra isso: Nossa Liberdade Plena.
Ninguém é feliz se tem uma bola de ferro atada ao pé.
E mágoas, ódios, rancores são pesos inúteis que pela vida carregamos e muitas vezes tolamente cultivamos.


É imperioso romper com esses grilhões, ou esse grilhão se for apenas um, para que venhamos a ter a leveza que a Plena Liberdade nos traz.


Se alguém da baixa categoria que inicialmente tratei, se aproxima de ti, tenta emocionalmente manterte desvinculado, e atenta ao discurso, à postura corporal, ao abraço muitas vezes faaalso demais. Mas mantém a tranquilidade. É apenas alguém desinteressante à tua, à minha e à vida de qualquer um. Não cria antagonismo. Não fere.


Apenas tem clara a visão de que tipo de pessoa se trata. Esse conhecimento te basta como necessária prevenção. Num caso desses não será necessário perdoar, pois não haverá possibilidade de se estabelecer relação de confiança.


A animosidade ou ódio, em geral nasce quando uma pessoa que gostamos, e que prezamos nos atraiçoa, nos fere. Nunca esperavamos aquilo da pessoa.


É aí que, infelizmente nasce o ódio. Pura tolice.
O ódio é um peso desnecessário. Agimos como a carregar pesos mortos. Ódio é peso morto.


Só o amor traz a leveza. A doçura harmoniza relações. A bondade compreende as falhas humanas pois todos as temos: "Atire a primeira pedra...". foi dito.


A vida é curta, breve e fugaz para tanta discórdia. Caminhemos pois na concórdia.


Fomos feitos para o amor e pelo amor entre nossos pais. Assim sendo vamos levar adiante esse amor que de graça recebemos da vida.


Essa mesma vida que verte do pensamento dos homens de bons sentimentos.




Paulo Cesar Fernandes


18/02/2012