quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Distância cultural

Ao longo do almoço de hoje refletia na questão da distância cultural, o quanto ela separa pessoas de grupos, ou mesmo pessoas entre si.

Lembro que quando cheguei de Cuiabá, em retorno ao Centro Espírita Allan Kardec, eu senti que havia uma distância muito grande entre eles e eu. Eles tinham um acúmulo de discussão, de reflexão, que me faltava. Foi necessário um esforço bastante grande para que eu viesse a me colocar junto deles no que diz respeito às concepções que hoje juntos defendemos. Minha estada em Cuiabá foi enriquecedora em termos culturais, pois o Centro-Oeste é todo um universo cultural distinto do padrão de vida paulistana que vivia na época. Chegar a Cuiabá e me adaptar me pediu um tempo, mas uma vez integrado não tencionava voltar. Morava no que os cuiabanos chamam de pariferia. Nossos vizinhos eram funcionários públicos, professores, bancários, gerentes comerciais, e donos de pequenas fazendas no interior. Bons vizinhos mas com padrão de cuidados com a casa completamente diferente dos nossos.

Quando visitei Sinop, terra de Rogério Ceni, uma cidade de colonização paranaense e gaucha o mundo ganhou outro sentido. Na frente da casa o jardim bem cuidado, na parte dos fundos um pomar e uma horta. Universos culturais distintos.

O mesmo ocorre hoje entre eu e meus amigos da ECA-USP do Núcleo José Reis de Jornalismo Cientifico. Esses quase trinta anos de distância criaram um fosso quase intransponível, ou verdadeiramente intransponível. Pois não mais me vejo envolvido pelas questões do jornalismo, a filosofia e a sociologia tomaram de vez minhas preocupações.

A partir da certeza da minha ignorância em filosofia ao final de 2009 decidi acabar com isso. E 2010 e 2011 foram anos voltados para a PósModernidade que me abriu o leque dos atuais pensadores do mundo no que diz respeito aos tempos em que nos situamos. Dezenas de nomes e centenas de obras. Não
li tudo evidentemente mas me situei ante o tema. Mas isto teve um custo, o distanciamento das pessoas e a ausência de contrapartes para o diálogo. Peguei um caminho diferente, note bem leitor: nem melhor nem pior; tanto da mulher que amo, quanto do Centro Espirita Allan Kardec que também amo.

São apenas caminhos distintos e distantes. A tal ponto distantes que nossas vozes (intelectuais) não são capazes de ser ouvidas de parte a parte. Aqui nasce a questão focal do problema: o diálogo inviável, torna a convivência difícil demais, por vezes conflituosa, em que pese o amor que pelo menos de minha parte habite o coração.

Eu tenho que apostar no tempo, esse elemento benevolente que sempre acaba por harmonizar as nossas vidas, mesmo nos momentos mais turbulentos. Mas o mais importante é que cada um de per si vá fazendo a sua trajetória de forma autonoma e livre.

Pois a liberdade é o atributo maior do espírito, e creio eu, de qualquer instituição que se queira progressista.

Paulo Cesar Fernandes - 28/12/2011

Pequenas mudanças de direção

No domingo 18/12/2011 na Rede Vida foi entrevistado o músico Netinho, pertencente a banda "Os Incriveis" um dos grupos introdutórios do Rock no Brasil.

Se não me falha a memória, seu primeiro nome era The Jordans, mas depois, por problemas de igualdade de nome em outro lugar se tornou Incríveis. Bons músicos, principalmente no aspecto instrumental.
Segundo Netinho, uma coisa que ele se arrepende, e com o qual eu compartilho, é de não ter feito mais coisas boas na vida; não ter ajudado mais aos seus semelhantes.
Acho que o egoísmo ponteou momentos diversos de minha vida. Nada prejudicial a alguém, mas a preguiça pautando a inércia. Justo eu que tive de minha mãe principalmente, exemplos diversos de desprendimento.
Deixar de visitar alguém; de telefonar para saber como vai indo em caso de doença, etc.
Isso muito se deve ao receio de invadir a privacidade do outro. Aí reside uma dúvida: devo ou não especular? Esse é o termo na concepção de diversas pessoas.
Pessoas há que se envergonham da própria doença. Que não aprenderam a rir de si mesmo, um salvaguarda salutar. Embora deva respeitar tais pessoas como posso saber onde posso ser útil?
Me limito a pensar nas pessoas que sei necessitadas, com carinho, remetendo-lhes pensamentos de coragem e energia.
Faço isto em meu momento de meditação de cada dia.
Mas acho importante fazer mais. E nesse sentido peço à vida oportunidades de servir, sem abandonar meus projetos intelectuais e literários, fontes de prazer.
Se "toda atividade útil é trabalho" segundo os espiritos em resposta a Kardec; só quero ter forças para ampliar e dar conta de uma gama mais ampla de ações em prol de nosssos semelhantes, e da cultura para a liberdade humana. Liberdade de pensar e agir de forma autonoma, sem líderes de qualquer
espécie.

Espero finalizar 2011 e iniciar 2012 dando continuidade à "Empreitada contra a Fome e em favor da Razão". Através da qual vou divulgando ações positivas que tendam nesse sentido.

É pouco bem o sei. Mas sempre ajuda de alguma forma.

Se vc souber de alguma entidade, que se desdobre em beneficio de seu semelhante, mande um e-mail com o máximo de informações dessa entidade colocando no Assunto do e-mail RSH.

Vou trabalhar o texto e publicar em: http://rshrazoesolidariedadehumana.blogspot.com/

Meus e-mails:

pcfernandes1951@bol.com.br
velhorio@yahoo.com.br

Aguardo sua colaboração. Vamos divulgar o BEM que é feito em toda a Terra. Se "o mal não merece comentário em tempo algum " como disse André Luiz; é chegada a hora de darmos espaço ao BEM.

Paulo Cesar Fernandes - 18/12/2011

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Terminologia e Teoria Espírita

Fim de tarde.
Gosto de sentar e me dedicar um pouco à meditação. Lembro nessa hora de algumas pessoas que saiba em situação de maior fragilidade que a minha, encaminhando amor, carinho e força, dentro dos limites que me são próprios.
Venho me valendo do livro "Seara dos Médiuns" de Emmanuel, como uma leitura instigadora de reflexão.
No texto de hoje 27/12/2011 estava presente a expressão "Nosso Senhor Jesus Cristo" o que para mim foi chocante. Apesar de saber da data de publicação do livro, das origens de Emmanuel, e tudo o mais, a questão da terminologia me aborreceu bastante.
Antes desse livro vinha usando o "Diálogo dos Vivos", com mensagens de diversos espíritos, comentadas logo após por Herculano Pires. Um livro escrito na ocasião do incêncio no Edifício Joelma de São Paulo. Algumas mensagens defendendo a idéia de que ali teriam sido reunidos espíritos que teriam em vidas anteriores agido de tal ou qual maneira. Absurdo. Por que não pensar no desleixo, no que diz respeito a normas de segurança e manutenção do edificio, desprezadas em grande parte das organizações?
O que mais me aborreceu foi o fato de Herculano Pires, apesar da lucidez que o caracterizava, ter se deixado levar no tsunami de aberrações das mensagens psicografadas, depositando sobre elas a chancela de sua concordância.
Não consigo imaginar o Professor José Herculano Pires hoje, a defender as idéias que defendeu no passado. Até porque cada um de nós, voce leitor e eu, podemos nos defrontar com textos nossos com as quais não mais concordamos. Seja ele um texto de cunho espírita, seja de outro tema qualquer.
Digo isso pois venho digitando as coisas que escrevi ao longo da vida, e pouca coisa passa pelo atual momento de racionalidade. Destino final: lixo.
Um ou outro acaba escapando, para servir como elemento demarcatório de meu pensar em dada época. Digo sempre que espero a cada ano mudar um pouco, no sentido de uma maior compreensão de mim mesmo, e da Lei Natural que baliza nossos destinos. Essa Lei não comanda, não gerencia, não determina. Ela é. E por ser, tem seus parâmetros aos quais vamos nos adequando, à medida que desses parâmetros nos tornamos conhecedores.
Imagino esses espiritos inteligentes e libertos das limitantes do seu tempo, o quanto podem eles ter mudado de concepção. Quanto mais ampla deve ser sua compreensão dessa Lei. Que não é punitiva, não traz sofrimento, mas muito ao contrário, abre possibilidades de felicidade cada vez maiores, à medida
que dela nos apropriamos em conhecimento e nos adequamos enquanto atitude vivencial.
Voce não precisa concordar comigo, deve pensar autonomamente, mas creio ser chegado o momento de melhor cuidarmos da terminologia que usamos em todos os lugares onde sejamos chamados a emitir nossa opinião. Principalmente se a temática for a Teoria Espírita. Não é possível disseminar uma
terminologia e um arcabouço de idéias que venham a ferir o esforço feito no sentido de colocar o Espiritismo no seu devido lugar dentro do contexto cultural da atualidade.
Chamemos essa atualidade de "PósModernidade" como propoe Jean-Francois Lyotard; "Tempos Líquidos" como prefere Zygmunt Bauman ou ainda "Modernidade Avançada" tal qual propugna Anthony Giddens.

Importa que tenhamos uma terminologia adequada e idéias claras, capazes de enfrentar os teóricos de nosso tempo de igual para igual. Sem medo do debate. Firmes o suficiente para nunca abrir espaço a qualquer espécie de ridicularização por parte de quem quer que seja.

Somos conscientes do manancial que temos nas mãos. Resta defende-lo adequadamente.
 
Paulo Cesar Fernandes  -  27/12/2011

sábado, 17 de dezembro de 2011

Sem fim de 29/03/1990

Sempre acreditei no concreto
E lhe digo bem agora
Nada mais concreto
Que o abstrato da vida


A vaidade ferida
Do que não quer ver
O caminho evidente:
Progresso e sabedoria do ser


Nas paragens dos milênios
Na distância sem fim dos dias
Segue sempre o mesmo elemento
Individualidade enriquecida


Ao que ve e não acredita
Desdenha o poder da hora
Lhe digo neste momento
Não jogue oportunidade fora.


Paulo Cesar Fernandes

29/03/1990

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Pensamento

Toda forma de pensamento ortodoxo acaba sendo uma prisão. Não permite ao pensador extrapolar as gradesconceituaisda forma de pensar em questão.
Se faz necessária uma ruptura com todas as formas de pensamento até então estabelecidas.
Imperioso buscar novos e abertos referenciais.
A verdade/Verdade não existe.
É uma farsa historicamente usada visando condicionar mentes frágeis.
Enquanto seres pensantes, devemos cada vez mais sair em busca de novas estruturas capazes de sustentar nossas teses teórico-vivenciais.
Nada é real sobre a face da Terra.
O universo amplo de discrepâncias teóricas, aniquilou a possibilidade da verdade, ou de conceitos imutáveis.
Teorias e pessoas tendem mais e mais à mutabilidade.
Não mais a estabilidade perene dos conhecimentos, mas a permanente dúvida permeando o espaço dos conceitos.
Assim, derrubemos as quatro paredes da prisão que a vida nos tenha colocado, iniciando uma nova caminhada aberta aos quatro ventos.

Paulo Cesar Fernandes

25/04/2002

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Sou um camarada intolerante

Tive que deixar de participar de uma reunião pública de terça-feira, no CEAK (Centro Espírita Allan Kardec - Santos onde participo já lá se vão 50 anos).

Uma reunião que eu muito gostava, mas minha opinião era tolhida. Era dito em/ao público que eu falava para aparecer, evidentemente dito de maneira geral, mas não sou burro e sabia que me visava. Sempre dito de outra forma, mas toda semana dito. Que eu falava demais, dito em tom de brincadeira mas reiteradas vezes em algumas reuniões.

Durante alguns meses eu voltava para casa da reunião passando mal. Em casa, uma leitura qualquer punha por terra tal sensação.

Foi dura a decisão de abandonar a reunião. Difícil pois acreditava poder ser algo útil, e essa oportunidade me foi tirada, uma vez que toda semana sabia que teria pela frente um aborrecimento.

Mas o que me trouxe a comentar isso, além da denúncia, é destacar a minha intolerância, um defeito que desaprovo no povo judeu, intolerante e invasor dos territórios dos palestinos, eu mesmo ser portador dessa mesma intolerância como posso criticar o povo judeu.

Claro que as instâncias são bem diferentes, mas em ambos os casos a mesma intolerância presente. Mesma raiz de sentimento infelizmente.

É sempre dificil descobrir aspectos escuros de nossa personalidade, mas humanos somos todos não devemos teme-los ou esconde-los. Somos aprendizes.

Retomando a questão.

Doeu muito, e levei meses até tomar a decisão de abandonar a reunião, que participava já por muitos anos, onde fazia um tripé com dois companheiros que me davam muita alegria, ensinamento e acolhimento.

Mas, quem sabe, todos esses fatos não foram apenas gatilhos, capazes de disparar o processo de estudar um pouco mais da obra de Carl Gustav Jung. No momento, meu estudo está focado no livro "A natureza da psique". Atividade de leitura que desenvolvo exatamente nas terça-feiras das 19:30 até as 21:00h, o tempo anteriormente dedicado à supracitada reunião.

Ao fim e ao cabo, não há tempo inútil quando um bom livro ocupa nossas mãos; e por outro lado não há instituição perfeita, uma vez que composta por nós, espíritos imperfeitos.



Postado em 02/12/2011

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Acerca da Humildade

Semana passada, num dos fins de tarde quando me ponho a meditar sobre o dia que tive, abri ao acaso o livro Diálogo dos Vivos e o texto tratava de passagem na humildade.
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E a palavra e a idéia ficou em minha cabeça.
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Será que ser humilde é uma boa coisa para o espirito que quer evoluir, mas sabe também do valor do esforço que fez para chegar ao ponto onde está?
Sendo humilde diante de um degradado não estaria eu dando sopa pro azar e facilitando a ele seu dominio sobre mim?
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Quem não presta não presta, e devemos sim colocar o cidadão no seu devido lugar. Sem agredir. Sem ofender. Mas mostrando a ele seu lugar através da ascendência espiritual que temos sobre ele. Caso não entenda, palavras firmes lhes darão sua exata dimensão.
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Minha reflexão não está focada no Movimento Espírita. Está focada na vida.
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Alguns locais da esfera pública são horripilantes as pessoas com as quais temos que nos defrontar. Espíritos deformados em seus mais diferentes aspectos, desde a sexualidade até a ética.
Seria uma temeridade nos postar diante de um espirito nessas condições com humildade.
Nem todo enfrentamento precisa se pautar na agressividade, até porque inútil. Mas nos valer de firmeza de posições e atitudes se faz necessário até pelo aspecto pedagógico que nossa firmeza terá diante do desequilíbrio desse espírito.
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Humildade é um desses conceitos pobres herdados de um passado onde o espiritismo era mal compreendido. Mal interpretado. Eivado de conceitos piegas e sem concretude real. Podemos ser humildes mantendo o conhecimento dos aspectos positivos da nossa personalidade, bem como dos aspectos negativos.
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Esta a deve ser a humildade que vingará no futuro.
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O homem olhará o outro homem como seu igual. Nem superior e nem inferior. A menos que um deles tenha deprimentes aspectos da personalidade. Mesmo assim, o que estiver numa posição algo melhor comprenderá o outro e estenderá a mão,  se a ajuda for rejeitada nada mais há a fazer.
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"A aranha vive no que tece" disse Gilberto Gil num momento de inspiração. E nada mais verdadeiro se transpusermos isto para a vida do homem. Vivemos dentro da teia das atitudes que tecemos em nossa existência. Seja ela corpórea ou incorpórea. Se bem tecemos a teia por ela nos movimentamos com maior facilidade. Ao passo que ao relaxar nessa tecitura, nós mesmos seremos as vitimas de tal descuido.
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Humildade. Humildade sim. Mas, antes de mais nada uma auto-estima bem consolidada, para bem saber seu lugar no contexto da sociedade onde vive.
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Paulo Cesar Fernandes
Postado em 10/11/2011

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Humanos e animais

Hoje não estou com toda força. Os problemas que tive ontem no Centro Espirita Allan Kardec de Santos me deram meia noite de sono o que acaba com o dia seguinte. É uma pena que tenha problemas exatamente na casa que me viu nascer para Kardec. Para seus conceitos. Digo desde os tempos de Mocidade Espirita Estudantes da Verdade que "esta é minha segunda casa". E justamente esta casa ser fonte de sofrimento é inconcebível. São 50 anos de casa. Compreendo que assim como carrego toneladas de defeitos as pessoas podem ter os seus. Mas acho importante que as pessoas saibam que não existe paraíso na terra. Todas as instituições tem problemas. Humanos que somos projetamos nas instituições nossa realidade espiritual.


Hoje estou assim, abalado, humilhado. Amanhã menos. Daqui a algumas horas menos. Daqui a alguns minutos menos. Quem sabe já tenha passado?

Quem sabe as cambacicas (pássaros) já não estejam brincando novamente no meu pé de Maracujá?

Alguém já disse: "Quanto mais conheço os homens, mais admiro os animais."

É isso!!!!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Cultura e poder segundo Hegel

Cultura e poder segundo Hegel



Cultura e poder

Dois homens desejosos de poder se encontraram

...

E desejosos se enfrentaram

e enfrentaram

e enfrentaram

até que um

que mais amor à vida tinha

se fez escravo.



Um escravo e um amo.



O escravo trabalha.

O amo ordena



Mas o escravo tão próximo da natureza

tão junto à natureza

passa a conhece-la

e dominá-la

e domá-la

e se fez poderoso.



E de escravo se fez amo

pelo poder que tinha

de domar a natureza

o poder da cultura.



Nota: Origem da Cultura segundo Hegel numa adaptação de José Afonso (espirito desencarnado) e Paulo Cesar Fernandes (espírito encarnado).

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A admiração e o amor.

Já de algum tempo venho me perguntando se o amor, a afeição não é determinada, em grande parte, ou na totalidade pela admiração que uma pessoa nutre pela outra.

Me reportando ao Aurélio, que nos clareia dúvidas, busquei a palavra admiração. Dentre outras definições encontrei : extasiar-se diante de, experimentar sentimento de admiração em relação a.

Vimos assim, que a admiração se insere na categoria dos sentimentos. E, a meu juízo, pela observação de diversos casamentos e uniões, quando este sentimento de admiração se rompe, a própria relação corre grande perigo, ou se esvai por completo.

Se o amor tem em si o elemento da posse, que determina a decisão de duas pessoas viverem juntas. É a admiração que mantém a união, pela sua eterna possibilidade de trazer o novo.

Quando o encanto da admiração é quebrado, mesmo que o casal busque novas atividades no dia a dia, como passeios, viagens, tais atividades perdem seu sabor, pois o sentimento, e aí digo mais, os diversos sentimentos que compunham a relação, que sustentavam a união, mantendo o desejo de ter o outro e com ele conviver; todos estes sentimentos acabam se esvaziando. Se não forem todos, pelo menos uma parte significativa deles se esvai.

Daí a necessidade, de cada um dos componentes da condução do lar, buscar cada dia mais se fazer admirável, digno de admiração. E isto não deverá se dar por bravatas, ou com exotismos de qualquer espécie, tal como querer ser ginasta após certa idade, ou tantas outras atitudes ridículas adotadas como forma de se destacar no núcleo familiar.

Não. Quando digo fazer-se admirável, significa viver em consonância com os princípios positivos que sempre teve, agregando a esses princípios a força de projetos de crescimento, seja crescimento moral ou intelectual.

Quando os dois componentes responsáveis pela condução do lar adotam tal postura, cresce cada um deles, cresce e se fortalece a familia enquanto instituição, e por fim cresce a sociedade como um todo.







Cultura Universal

Certa noite, Dalmo Dallari, um jurista de projeção nacional foi convidado a participar das comemorações dos 50 anos do Centro Espírita Allan Kardec. Coube a mim a tarefa de conduzi-lo de São Paulo a Santos.

No transcurso da viagem percebi a amplitude de sua cultura, e previ o acerto da idéia de sua participação naquela atividade.

Os pensamentos de respeito a um espírito que reúna cultura e vivência ganhavam força em mim quando um amigo emite a seguinte opinião acerca da cultura :

“Estou certo que uma cultura humanista mais ampla é um dos aspectos do crescimento espiritual.”

Foi a síntese do que vinha pensando até o momento.

De imediato relacionei com outras tantas pessoas que tinhamos tido a possibilidade de convidar para participar de atividades no Allan Kardec, já nos tempos da Mocidade Espírita Estudantes da Verdade. Pessoas estas que puderam, com seu caldal cultural e seu humanismo, contribuir em muito para os componentes da casa. Entre tantos, eu citaria Waldir Cauvilla um professor de história, o deputado José Genoino falando em sua não crença na imortalidade.

Um aspecto importante a considerar é a afinidade entre pessoas e grupos que buscam nas trilhas do conhecimento suas metas de crescimento. Tais metas transcendem, muitas vezes os limites de estreitas concepções e rotulagens como católicos, espíritas, para se espraiar no prazer da descoberta compartilhada e recíproca.

Todas as afirmações acima se inserem na necessidade de cada um de nós, eu, bem como o leitor deste artigo, buscarmos uma forma de conhecimento mais amplo da cultura universal, conhecimento este que, sem sombra de dúvidas, trará grande impacto na nossa capacidade de compreender o Espiritismo. Seja entendendo seus princípios, seja contextualizando a obra de Kardec, percebendo a forte relação entre as idéias de Kardec e o ambiente cultural de seu tempo.

Todas as formas de conhecimento são válidas, porém a filosofia se coloca como a área que mais contribue para ampliar nossas possibilidades de compreensão do Espiritismo. A filosofia espírita se insere em um momento histórico definido, fruto do desenvolvimento do pensamento filosófico ocorrido até aquela data.

Cabe a cada um de nós, agora, conhecer mais, buscar aprender mais, tanto da cultura geral da humanidade, bem como do patrimônio cultural espírita, uma vez que tudo isso, contribue largamente em nosso processo evolutivo.

Paulo Cesar Fernandes

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Vidas destruidas, vidas em suspensão e outras mais

Hoje 18/08/2011 passei no SENAT, um serviço da Prefeitura Municipal de Santos que atende a dependentes quimicos de toda ordem.

Enquanto aguardava minha vez para pegar  a medicação que me auxilia quanto ao alcoolismo ouvia casos.
Casos duros  contados pelos pais e mães dos jovens quando estes se afastavam.
Alguns outros narravam as próprias experiências diante do consumo das pesadas drogas.

Um que logo foi atendido contou que por muitas noites foi dormir naqueles bancos onde todos nós estavamos sentados. Sem prestígio, sem dinheiro, sem nada. Fazia o tratamento mas sem levar a sério. Até que determinado dia resolveu sair fora de tudo aquilo. E dizia ele que pouco a pouco ia dando um outro jeito na sua maneira de viver. Engordara. Já com alguns serviços. Mas tinha deixado todas as pessoas do circulo das drogas. Um periodo de solidão mas uma sensação de vitória e um grande cuidado quanto as atitudes. Aparentava uns 40 anos, mas tal aparÊncia pode ter ligação com as defromações provenientes do periodo de uso de drogas.

Uma mãe reclamava que nas crises seu filho se tornava agressivo. E logo ele que sempre havia sido uma pesoa doce e com toda uma carreira já estruturada em uma empresa de um familiar.
Suas habilidades profissionais eram notórias e diversos dos clientes elogiavam.
O envolvimento com as drogas pos por terra o profissional e mesmo a confiança que sempre havia sido depositada nele se esvaiu no ar.
A mãe chorava copiosamente em determinado momento do relato.
O rapaz aparentava uns 23 anos.

Mais tarde um pai, em particular me veio falar do seu filho. Um rapaz com visivel respeito pelo pai. Quando pediu licença ao pai para ir até a a calçada foi o espaço do pai abrir um coração evidentemente opresso. Um garoto educado e sensivelque já havia conquistado uma estabilidade profissional e alguns bens.
Não perguntei da profissão, não entrei em detalhes. Isso em nada ajudaria naquele momento. Preferi ouvir.
O pai seguiu dizendo que não sabia como explicar aquela mudança, uma vez que o jovem vivia mais em casa que na rua e tinha uma relação bastante próxima com os pais.
Em principio os pais nada perceberam, mas à medida em que viram os bens serem delapidados alertaram e com certo critério convenceram o rapaz da necessidade de tratamento. Que ainda apresentava dificuldades tidas pelo pai como Pânico, mas a descrição das fases de "pânico" tinha componentes de visões, perseguições elementos caracterizadores de coisas mais graves.

Saí de cabeça baixa pensando em tantos e tantos casos que tive a oportunidade de ouvir e até acompanhar mes a mes.

Uns sumiram. Voltaram ao antigo caminho.

Outros seguem. Recomeçando a vida. Empregos humildes em novos lugares. O preconceito social os detona naqueles lugares e clubes aos quais habitualmente estavam. A sociedade é cruel, hipócrita e cruel. Digo isto pois muitos daqueles que desprezam ao ex-viciado, eles mesmos estão dentro de um ciclo de drogas.

Com minha medicação em mãos segui dando Gracias a la vida por tudo que tenho recebido de carinho dos familiares, de alguns amigos sinceros, dos amigos da UNESP onde trabalhei. Mas principalmente valorizei a minha coragem de saber mudar muito, aprendendo como isto a olhar todos os preconceituosos que não acreditavam na minha vitória com o desprezo que estes todos me merecem.

Agradeço à vida. Ela não se fechou para mim. Tem o ventre aberto para que eu possa inseminar tantos versos quantos fins de tarde me tragam. Inseminar alegria em meu viver e no viver de todos os que me amam e me cercam. A vida está em minhas mãos.

Os preconceituosos, apenas tem em si, a imagem patética de sua imensa pequenez.

Violeta Parra, estou contigo.
Gracias a la vida que me ha dado tanto.

Paulo Cesar Fernandes
18/08/2011

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Como Hegel trata a divisão Espírito e Matéria

No meio da leitura de A Razão na História de Hegel me deparei com algo que tenho por interessante.
Até porque jamais tinha lido algo similar como explicação do aparecimento da dualidade Idéia absoluta (Deus) e tudo o mais (Matéria).

Posso estar errado nas minhas apreensões, mas por certo não sou o mesmo de antes da leitura desse trecho  do texto.

E jamais serei o mesmo ao finalizar a leitura da obra deste grande do Idealismo Alemão.
Criticas dos eventuais leitores serão enriquecedoras para minha compreensão do texto.

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Como Hegel trata a divisão Espírito e Matéria.
Ou, melhor dizendo, como se cria a matéria, segundo Hegel.

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Hegel, Georg Wilhelm Friedrich
A razão na História: uma introdução geral à Filosofia da História.
São Paulo : Centauro, 2001

Introdução: Robert S Hartman.
Tradução: Beatriz Sidou.
Traduzido para o inglês em 1953 por Robert S Hartman.

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Obs.: Em azul (corpo 10) estão minhas observações. O texto original de Hegel está em preto (corpo 12), ambas em Times New Roman. E como observação final: isto não é nenhum Pato Donald da vida. Sem qualquer demérito ao querido personagem.



Observação preliminar:


Este é o momento, um deles (que pude reconhecer uma vez que não li a obra toda) onde Hegel estabelece como se dá a criação da matéria. Daí nascendo a dualidade Idéia absoluta (Deus) e consciência própria individual (matéria).


Lembro que neste texto, consciência própria individual que nós colocaríamos/nominaríamos de espírito, Hegel classifica, segundo compreendi dentro da categoria de elemento material. Muito embora em outros textos, ao usar o termo espírito, o faz tal qual o fazemos nós espíritas.


Ao texto quem tiver interesse:



Página 72 e seguintes.

A idéia tem dentro de si a determinação de sua auto-consciência de atividade.

A Idéia (espírito) sabe que não está parada, que é capaz de uma atividade interna.

Por conseguinte, ela é a vida eterna de Deus, como era, por assim dizer, antes da criação do mundo, a conexão lógica (de todas as coisas).

Independentemente do uso do termo Deus, Hegel estabelece aqui o primado da Idéia. Sendo, mesmo antes da criação do mundo a conexão lógica entre todas as coisas.
I Idéia como elemento vinculante de todas as coisas capazes de serem pensadas naquele momento. O momento antes da Criação do Mundo.

Ela ainda carece, a esta altura, da forma de ser que é a realidade. Ainda é o universal, o imanente, o representado.

A Idéia está, aí, em seu ponto de representação apenas. Sem concretude material.

A segunda fase começa quando a Idéia satisfaz o contraste que originalmente só está nela de maneira ideai e postula a diferença entre si em seu modo universal livre, em que ela permanece dentro de si e em si como reflexão puramente abstrata de si.

Passando assim por cima para um lado (para tornar-se objeto de reflexão), a Idéia estabelece o outro lado como realidade formal (Fürsichsein = ser para si; ser para si mesmo), como liberdade formal, como unidade abstrata da consciência própria, como reflexão infinita em si e como negatividade infinita (antítese).

Quando a Idéia se projeta de seu modo universal livre para outra coisa, objeto de reflexão acaba criando essa outra coisa; um outro lado, este, como realidade formal.
Uma unidade abstrata da consciência própria, como reflexão infinita, e como negatividade infinita.
Antítese, como admite o próprio Hegel, e a antítese da Idéia nada mais é do que a matéria, também dita realidade formal.



Falando desse outro lado criado pela Idéia :

Assim ele se torna o Ego que, como um átomo (indivisível), opoe-se a todo o conteúdo e, dessa maneira, é a antitese mais completa – a antítese, nomeadamente, de toda a plenitude da Idéia.

O trecho a seguir corrobora com minha interpretação, creio eu:

A Idéia absoluta é assim, por um lado, a plenitude material do conteúdo e, por outro lado, a vontade livre abstrata. Deus e o universo apartaram-se e se colocaram como opostos entre si.

Vejamos ainda este outro trecho:

A consciência, o Ego, tem um ser tal, que o outro (tudo o mais) está para ela (é seu objeto). Ao desenvolver esta cadeia de pensamento, chega-se à criação do mundo, dos espíritos livres e assim por diante.

Como ele explica a finitude da matéria:

A antítese absoluta, o átomo (isto é o Ego) que ao mesmo tempo é uma diversidade (de conteúdos da consciência), é a própria finidade. Ela é em si (na realidade) apenas a exclusão de sua antítese (a Idéia absoluta). É seu limite e sua barreira. Assim, ela é o Absoluto em si tornado finito.

Depois segue se referindo aos seres da criação em sua reflexão:

A reflexão em si, a consciência própria individual, é a antítese da Idéia absoluta e, por isso, a Idéia em finidade absoluta. Esta finidade, o apogeu da liberdade, este conhecimento formal – quando relacionados com a glória de Deus ou com a Idéia absoluta que reconhece o que deve ser – é o solo em que o elemento espiritual do conhecimento como tal está caindo, ele assim constitui o aspecto absoluto de sua realidade, embora permaneça apenas formal.

A consciência própria individual (o espírito) que é a antítese da Idéia absoluta (Deus), e por isso sujeita à finidade/finitude. Embora seja essa finidade (a morte) o apogeu da liberdade, ao ser comparado à grandeza de Deus passan a ser o solo onde pode crescer o conhecimento, o que há de mais absoluto em sua realidade. Apesar de tudo isso a consciência própria individual segue sendo apenas formal, material; portanto perecível.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Uma gota de sangue

Se Deus não existe, existe a vida


Vida plena que me chega
De mil poetas de mil paises
Da negra África
Alva Alemanha
Sorridente Áustria

Mas muito forte
Das entranhas do Brasil
De São Luis do maranhão: Gullar
Ou algo meu
Nascido de areia e espuma do mar
Desta Santista Baixada

Um verso a cada passo
Um som acompanha
Klaus Lage; Gilberto Gil

Na Ribeira do Antão, no Coxipó
O Guapo de chapelão e sorriso franco

Tantos deuses
Tantas vidas
Tantas perdas
Mas muito mais
Dos ganhos tantos
Da poesia
Músicos poéticos
Filósofos poéticos

Deuses tantos que habitam nossos passos
James Taylor; Carole king
Vasco Rossi; Peppino di Capri
Da Nicarágua os Mejia Godoy
Irmãos de arte

... ou os deuses daqui...
...que a mão tocou...
... o braço abraçou...
...emoção da convivência...
Nelma; Zé; Jaci; Mário...

Do peito verte sangue...
Um sangue de ausência...
Que nenhuma certeza estanca...
Nem mesmo Ela.
Soberana.
A certeza maior e única da IMORTALIDADE.



Paulo Cesar Fernandes
Jornalista e Filósofo
26/12/2011

Uma saia

Uma saia


Pelas ruas de Santos a cidade de sempre.

Mas, num fim de tarde, um andar desconjuntado, solto, um véu de noiva, uma saia caindo pelas ancas beirava o chão.

A dona? Não a conheço. Ela sequer me viu.

Vendo-a por trás me perguntei que caminhos caminhava aquela caminhante. Que pensamentos em si carregava.

Não. Não era dessas mulheres esbaforidas. Que pegam mais tarefas, e mais tarefas, para que o tempo se preencha, se ocupe, e delas se esqueça.

Enquanto estiver o tempo bem ocupado não lhe voltará a atenção.

Ela estará livre.

Livre do que mais a amedronta: pensar em sua existência.

Esta mulher que vi não temia a vida.

Sua roupa, seu andar, tudo meio solto, meio desajeitado.

Deslizava na rua e no tempo.

Todo esse quadro me fez ver que talvez; talvez apenas fosse uma mulher livre de todas as imposituras sociais.

Às favas mandou o mundo das convenções. Seguia no mundo real, da forma mais bela, apenas e tão somente: Espirito Livre.

Paulo Cesar Fernandes
25/03/2011

quarta-feira, 30 de março de 2011

Algo de novo na NET

Henrique Régis um grande amigo meu e filho de outro grande amigo Ivon Régis, desenvolveu uma novidade a ser considerada por todos nós que temos sérias preocupações com o pensamento, e principalmente no que diz respeito ao pensamento espirita.

Transcrevo a seguir as idéias de Henrique tal e qual estas me chegaram. 

Vale a pena conferir.
Abraços PC


Espiritbook, uma novidade também espírita !



O "Espirit book" é uma rede social específica para o público espiritualista brasileiro.

A intenção é tratar exclusivamente de assuntos relacionados ao espiritualismo, uma vez que já existem ótimas redes sociais genéricas, como Orkut e Facebook.

As seguintes correntes de pensamento serão contempladas nesta comunidade virtual: Doutrina Espírita (Allan Kardec), Budismo, Antroposofia, Esoterismo, Hinduísmo, Taoísmo, Seicho-No-Ie e Celtas / Druidas.

Ao se cadastrar, você poderá criar seu próprio blog, enviar convites para todos os seus amigos de uma só vez, participar de salas de bate papo e fóruns, postar fotos, vídeos e músicas, divulgar eventos e muito mais !

O Espirit book também nasce com o propósito de se tornar um "ponto de encontro" para todas as iniciativas espiritualistas na Internet, facilitando o intercambio de pessoas que compartilham esses ideais em todo o nosso país. Hoje, são identificadas várias ações pulverizadas pela rede, o que dificulta a pesquisa e a divulgação das ideias de uma forma mais efetiva.

Algumas coisas legais que irão acontecer, com a expansão dessa rede social :

* Conhecer muita gente interessante, que compartilha de suas crenças e convicções !
* Realizar pesquisas colaborativas, convocando grande número de pessoas e aumentando a amostragem !
* Cadastrar todas os integrantes de uma instituição espiritualista (sociedades, núcleos, centros, mocidades,
institutos, templos, etc...), funcionando como um "catálogo on-line" e fonte de consulta para os novatos que
estão acabando de chegar na casa e que ainda não conhecem ninguém !
* Enfim, o limite de aplicações é a imaginação de cada um !

O IBGE ainda vai mostrar os números do censo 2010, talvez apontando para 5 milhões de espiritualistas no Brasil. Porém, sabemos que há um número bem maior de pessoas que já compreendem a reencarnação, a mediunidade e outros princípios que ainda não são aceitos pelas chamadas “crenças oficiais”.
Por este ângulo, o Espirit book também pode ser visto como um importante "índice dinâmico” de todos os brasileiros envolvidos com o espiritualismo: quem somos, quantos somos, onde residimos, qual nosso grau de instrução, o que desejamos para o futuro na nação, etc...

Alguns objetivos em números :

* Meta principal: atingir 1 milhão de participantes ativos até o final de 2011.
* Meta paralela: ter pelo menos 1 participante de cada um dos mais de 5.000 municípios brasileiros.

As metas são ambiciosas ? Talvez sim, talvez não. Só o tempo vai nos mostrar...
A única certeza é que apenas com um esforço coletivo poderemos chegar lá !
Sendo assim, pessoal, conto com o costumeiro apoio de vocês !
Convidem todos os seus amigos de ideal para virem fazer parte dessa rede social do bem !

Um grande abraço, obrigado e muita luz...
Henrique Ventura Régis
http://www.espiritbook.com.br/

A sua Rede Social Espiritualista na Internet