quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Émile Auguste Chartier

Chartier, Emile Auguste 1868-1951

Ensaista e filósofo frances que escreveu sob o pseudonimo de Alain.

Melhor conhecido por seus ensaios chamados propos, com os quais contribuiu para sua revista semanal Libres Propos e outros jornais.

Seus trabalhos cobriam uma ampla gama de assuntos literários e políticos, muitos deles expressando seu engajamento ao pacifismo e contra o establishment (poder constituido).

Entre seus trabalhos de maior envergadura encontram-se Sistema de belas artes (1920) e História dos meus pensamentos (1936).

Fonte:

http://www.infoplease.com/ce6/people/A0811527.html

Suas obras:

E Chartier (Alain)_-_20 lecons sur les beaux arts
E Chartier (Alain)_-_Accord pour la vie
E Chartier (Alain)_-_Citoyen
E Chartier (Alain)_-_Culte de la raison
E Chartier (Alain)_-_Echec de la force
E Chartier (Alain)_-_Element de philosophie
E Chartier (Alain)_-_Elements doctrine radicale.rtf
E Chartier (Alain)_-_Esquisses de l'homme.rtf
E Chartier (Alain)_-_Humanites.rtf
E Chartier (Alain)_-_Idee objet.rtf
E Chartier (Alain)_-_Idees et ages dossier.rtf
E Chartier (Alain)_-_Idees.rtf
E Chartier (Alain)_-_La conscience morale.rtf
E Chartier (Alain)_-_La theorie de la connaissance des Stoiciens.rtf
E Chartier (Alain)_-_Les dieux.rtf
E Chartier (Alain)_-_Les idees et ages.rtf
E Chartier (Alain)_-_Lettres … Sergio Solmi sur le philosophie de Kant.rtf
E Chartier (Alain)_-_Marchands de sommeil.rtf
E Chartier (Alain)_-_Mars ou guerre jugee.rtf
E Chartier (Alain)_-_Pedagogie enfantine.rtf
E Chartier (Alain)_-_Perceptions du toucher.rtf
E Chartier (Alain)_-_Preliminaire esthetique.rtf
E Chartier (Alain)_-_Preliminaire mythologie.rtf
E Chartier (Alain)_-_Probleme de perception.rtf
E Chartier (Alain)_-_Propos d'‚conomique.rtf
E Chartier (Alain)_-_Propos litterature.rtf
E Chartier (Alain)_-_Propos politique.rtf
E Chartier (Alain)_-_Propos sur des philosophes.rtf
E Chartier (Alain)_-_Propos sur education.rtf
E Chartier (Alain)_-_Propos sur esthetique.rtf
E Chartier (Alain)_-_Propos sur le bonheur.rtf
E Chartier (Alain)_-_Saisons de l'esprit.rtf
E Chartier (Alain)_-_Sentiments passions et signes.rtf
E Chartier (Alain)_-_Souvenirs de guerre.rtf
E Chartier (Alain)_-_Spinoza.rtf
E Chartier (Alain)_-_Sur la Memoire.rtf
E Chartier (Alain)_-_Systeme des Beaux-Arts.rtf
E Chartier (Alain)_-_Valeur morale joie Spinoza.rtf
E Chartier (Alain)_-_Vigiles de esprit.rtf


Aguarde Gotas do Alain que deverão cair por aqui ou em www.keinegrenze.zip.net

Abraço
PC

quarta-feira, 24 de junho de 2009

ProtoEspírito

ProtoEspírito

Algum tempo faz que eu acho inadequado o termo Princípio Espiritual, para esse momento que tanto interesse me desperta no que diz respeito às suas possibilidades de cognição. O intervalo que vai da criação do Ser até o momento em que este tenha o pensamento contínuo prefiro designá-lo, o Ser de Proto-Espírito.

Temos que Proto-História é o momento anterior ao aparecimento da escrita, logo, antes daquilo que convencionalmente estabelecemos por chamar de História.

Proto-homem seria o homem primitivo. São usuais ainda expressões como protolíngua; protomártir.

Tenho dúvida no que se refere à grafia: Proto-Espírito tal qual Proto-História, ou ProtoEspírito como Protolíngua? Escolhi a segunda sem medo, deixando aos linguístas a tarefa de me corrigir, caso necessário. Meu foco maior é a idéia, o conceito.

Este momento inicial, e interessante, quando o Ser vai, paulatinamente aprendendo sensações, descobrindo suas necessidades como no heliotropismo. Buscando sua integridade física ao se proteger contra as intempéries, contra os predadores. Agindo instintivamente, mas tendo uma percepção muito rudimentar de sua individualidade.

Assim não fosse não estaria sempre em alerta, preservando essa mesma individualidade.

ProtoEspírito sim. Traz em si a potência de ser Espírito. Tal qual a semente do maracujá traz a possibilidade do arbusto e dos frutos vindouros, bastando para isto que lhe sejam dadas as necessárias condições de nutrientes, água, vento, etc.

Esse ProtoEspírito também tem lá suas possibilidades de crescimento, de ampliação da sua cognição. Um processo paulatino, mas sem o qual não chegará ao estado hominal.

Dúvida

Dúvida


Estive pensando. Isso acontece de vez em quando comigo.

E se. E se algum laboratório no mundo estiver pesquisando a vida em outros planetas?

Pode ser que isso venha acontecendo. O fato de eu não ter conhecimento revela apenas minha ignorância desse aspecto.

Esse laboratório manda mensagens ao espaço na busca de respostas inteligentes. Mensagens ininterruptas e freqüentes. Trabalha com elementos binários tendo uma questão em pauta:

_ Somando 2 com 2 obtemos?
: Leitura de dados.

_ Somando 2 com 2 obtemos?
: Leitura de dados.

_ Somando 2 com 2 obtemos?
: Leitura de dados.

_ Quatro.

Recebe num determinado momento. Num determinado momento importante para a humanidade.

_ Somando 4 com 2 obtemos?
_ Seis.

E assim vai, garantindo a presença de uma inteligência do outro lado da linha.

Resultados divulgados.

Teria tal experimento aceitação fácil e imediata em revistas como Scientific American, Nature, e da academia de uma forma geral?

Sou descrente da possibilidade de tal aceitação. A ciência é muito critériosa em suas análises.






Me parece que algo de semelhante tenha acontecido com os eventos de Hydesville.
Algo real, concreto, ocorrido no seio de uma família com credibilidade na comunidade religiosa a que estava vinculada; acabou por ser questionada. Até porque a vida de Margareth Fox teve um desenrolar não muito condizente com suas potencialidades mediúnicas.
Algo não raro entre os médiuns.

O que tenho como inquestionável é a sinceridade da família Fox, e principalmente daquelas meninas quando na inocência que as caracterizava usaram um código de comunicação capaz de abrir as portas entre os dois planos da vida: a vida material e a vida espírita.
Charles B. Rosna foi um dos agentes desse processo.

Segundo Herculano Pires, assim como aqui na Terra, batedores motorizados abriram alas para a passagem das mais diversas autoridades, esses espíritos dos primórdios foram os “Batedores da Espiritualidade” a abrir caminho para a divulgação da fenomenologia que, sob a lógica e sensatez de Kardec teve seu correto direcionamento.

Cada qual em seu papel contribuiu para o Espiritismo.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Biblioteca em 12/06/2009

Biblioteca em 12/06/2009

Era uma tarde de sábado. Precisava falar com o pessoal do Centro Espírita Allan Kardec onde habito. Ocorria a reunião de pais da Infância Espírita, e acabei ficando.

Na conversa, comentava que vinha trabalhando na Biblioteca Digital, não apenas espírita, mas de diversas áreas do conhecimento.

José Alberto sugeriu que publicasse em meu Blog. Naquela ocasião tinha apenas blog voltado para Filosofia e Arte. Hoje, já posso aqui postar o conteúdo de minha Biblioteca Digital Espírita, tal qual sugeriu o Zé Alberto.

Demorou né Zé ! ! ! Assim é.

É uma listagem simples e sem correções, feita através do DOS. Faltando alguns outros itens que estão baixando neste momento. Com erros de acentuação, duplicidade de arquivos, etc.

Uma pedra bruta a ser lapidada. Me desculpe o visitante.

Mas sozinho, num dia frio e de chuva, resolvi tocar o barco assim mesmo.

Caso alguém se interesse por alguma obra basta solicitar via e-mail que remeto de pronto.

Por simples curiosidade me permiti que constassem livros em outros idiomas.

Segue a listagem:

**
** Biblioteca Digital Espírita
**
Ailton Paiva_-_Espiritismo e Politica.pdf
Albert de Rochas_-_A levitacao.doc
Alexandre Aksakof_-_Um caso de desmaterializa‡Æo.doc
Alexandre Fontes da Fonseca_-_Ciencia e Espiritismo segundo Allan Kardec Andr‚ Luiz.pdf
Alfred Russel Wallace_-_Esiste un'altra vita.rtf
Allan Kardec e o Espiritismo.pps
Allan Kardec_-_1890_-_Les Oeuvres Posthumes.pdf
Allan Kardec_-_A Gênese.pdf
Allan Kardec_-_A Gênese_Capa.JPG
Allan Kardec_-_Conceils reflexions et maximes (Fr).pdf
Allan Kardec_-_Der Spiritismus in seinem einfachsten Ausdruck.pdf
Allan Kardec_-_El Espiritismo en su m s Simple Expresi¢n.pdf
Allan Kardec_-_Genesis (Dutch-Holandes).pdf
Allan Kardec_-_Hemel en Hel (Dutch-Holandes).pdf
Allan Kardec_-_Het boek der geesten (Dutch-Holandes).pdf
Allan Kardec_-_Het evangelie volgens het spiritisme (Dutch-Holandes).pdf
Allan Kardec_-_Il libro degli spiriti It.DOC
Allan Kardec_-_Il libro dei medium It.DOC
Allan Kardec_-_Il vangelo secondo gli spiriti.doc
Allan Kardec_-_Instruction Pratique.pdf
Allan Kardec_-_La Genese.pdf
Allan Kardec_-_La possessione.pdf
Allan Kardec_-_Le Livre des Esprits (premiŠre ‚dition).doc
Allan Kardec_-_Le Livre des Esprits.pdf
Allan Kardec_-_Le Livre Des Mediums 2.pdf
Allan Kardec_-_Le Livre des mediums.pdf
Allan Kardec_-_Le manifestazioni spiritiche.pdf
Allan Kardec_-_Le rivelazione degli spiriti It.DOC
Allan Kardec_-_Le spiritisme a sa plus simple expression.pdf
Allan Kardec_-_Les Oeuvres Posthumes.doc
Allan Kardec_-_L'Evangile selon le Spiritisme.pdf
Allan Kardec_-_Lo Spiritismo Alla Sua Pi— Piccola Espressione.pdf
Allan Kardec_-_Medium e fenomeni medianici.DOC
Allan Kardec_-_Moreil, sa vie, son oeuvre.doc
Allan Kardec_-_O C‚u e o Inferno (Feb).pdf
Allan Kardec_-_O Espiritismo Em Sua ExpressÆo Mais Simples.pdf
Allan Kardec_-_O Evangelho Segundo O Espiritismo (Feb).pdf
Allan Kardec_-_O Livro dos Espiritos (1a. Edicao Pt-Fr).pdf
Allan Kardec_-_O Livro Dos Esp¡ritos (Feb).pdf
Allan Kardec_-_O Livro Dos Mediuns - Guia Dos Mediuns E Dos Evocadores.pdf
Allan Kardec_-_O Livro Dos M‚diuns (Feb).pdf
Allan Kardec_-_O Livro dos M‚diuns VersÆo nova.pdf
Allan Kardec_-_O Que ‚ o Espiritismo.pdf
Allan Kardec_-_Obras P¢stumas (Feb).pdf
Allan Kardec_-_Obras Postumas.pdf
Allan Kardec_-_Obras P¢stumas.pdf
Allan Kardec_-_Oeuvres posthumes.pdf
Allan Kardec_-_Opere postume It.DOC
Allan Kardec_-_Opere postume.pdf
Allan Kardec_-_Qu'est-ce que le spiritisme.pdf
Allan Kardec_-_Resumo Da Lei Dos Fen“menos Esp¡ritas.pdf
Allan Kardec_-_Resumo das Leis dos Fen“menos Esp¡ritas.pdf
Allan Kardec_-_Revista Esp¡rita 1858.pdf
Allan Kardec_-_Revista Esp¡rita 1860.pdf
Allan Kardec_-_Revista Esp¡rita 1861.pdf
Allan Kardec_-_Revista Esp¡rita 1862.pdf
Allan Kardec_-_Revista Espirita 1863.pdf
Allan Kardec_-_Revista Espirita 1864.pdf
Allan Kardec_-_Revista Espirita 1865.pdf
Allan Kardec_-_Revista Esp¡rita 1866.pdf
Allan Kardec_-_Revista Espirita 1867.pdf
Allan Kardec_-_Revista Espirita 1868.pdf
Allan Kardec_-_Revista Espirita 1869.pdf
Allan Kardec_-_Revista Espirita Jul 1865 Teoria Dos Sonhos.pdf
Allan Kardec_-_Revista Espirita_-_Öndice geral.pdf
Allan Kardec_-_Trad Herculano Pires_-_O Livro Dos Esp¡ritos.pdf
Allan Kardec_-_Viagem Espirita em 1862.pdf
Allan Kardec_-_Voyage Spirite en 1862.doc
Allan Kardec_-_Voyage spirite en 1862.pdf
Andr‚ Luis_-_Nosso lar.pdf
ANDRE_DUMAS_-_Allan_Kardec_Sua_Vida_e_Sua_Obra_-_PENSE.pdf
Andre_Luiz_-_Francisco_C_Xavier_&_Waldo_Vieira_-_Evolucao_Em_Dois_Mundos_-_[Livro_Espirita].doc
Andre_Luiz_-_Francisco_C_Xavier_&_Waldo_Vieira_-_Sexo_E_Destino_-_[Livro_Espirita].doc
Andre_Luiz_-_Francisco_C_Xavier_-_Missionarios_Da_Luz_-_[Livro_Espirita].doc
Andre_Luiz_-_Francisco_C_Xavier_-_No_Mundo_Maior_-_[Livro_Espirita].doc
Andre_Luiz_-_Francisco_C_Xavier_-_Obreiros_Da_Vida_Eterna_-_[Livro_Espirita].doc
Arthur Conan Doyle_-_A nova revelacao.doc
Bilotta, Vitaliano_-_Allan Kardec, La Struttura Matematica Della Realt….doc
Bozzano_-_Comunica‡äes Mediunicas entre vivos.doc
Camille Flammarion_-_A morte e o seu misterio 01.doc
Camille Flammarion_-_A morte e o seu misterio 02.doc
Camille Flammarion_-_A morte e o seu misterio 03.doc
Camille Flammarion_-_As casas mal assombradas.doc
Camille Flammarion_-_Como acabara o mundo.doc
Camille Flammarion_-_O desconhecido e os problemas psiquicos 01.doc
Camille Flammarion_-_O desconhecido e os problemas psiquicos 02.doc
Cesar Lombroso_-_Hipnotisme et spiritisme.pdf
Charles Richet_-_A grande esperanca.doc
Claire Baumard_-_L‚on Denis intime.doc
Cristianismo y Espiritismo - Espanhol_Leon Denis.pdf
DoyleAC_-_Hist¢ria do Espiritismo.pdf
Encyclop‚die Spirite_-_Ouvrages fondamentaux de la doctrine spirite.pdf
Encyclop‚die Spirite_-_ThŠse propos‚e par la Soci‚t‚ Royale d'Arras.pdf
Ernesto Bozzano_-_A crise da Morte.doc
Ernesto Bozzano_-_Animismo ou Espiritismo.doc
Ernesto Bozzano_-_Cinco excepcionais casos de identificacao de Espiritos.doc
Ernesto Bozzano_-_Fenomenos de Transporte.doc
Ernesto Bozzano_-_Fenomenos psiquicos no momento da morte.pdf
Ernesto Bozzano_-_Os animais tem Alma.doc
Ernesto Bozzano_-_Os enigmas da Psicometria.doc
Ernesto Bozzano_-_Pensamento e vontade.doc
Ernesto Bozzano_-_Xenoglossia.doc
Eur¡pedes Khl (Entrevista)_-_Gen‚tica e Espiritismo.pdf
Franz_Mesmer_=_Memoire_sur_la_decouverte_du_magnetisme_animal.pdf
Gabriel Delanne_-_A alma ‚ imortal.doc
Gabriel Delanne_-_A evolu‡Æo an¡mica.doc
Gabriel Delanne_-_A Reencarna‡Æo.doc
Gabriel Delanne_-_Ecoutons les morts.doc
Gabriel Delanne_-_Evidence for a future life.pdf
Gabriel Delanne_-_L'ƒme est immortelle.pdf
Gabriel Delanne_-_Le phenomene spirite.pdf
Gabriel Delanne_-_Le spiritisme devant la science.pdf
Gabriel Delanne_-_O Espiritismo Perante a Ciencia.pdf
Gabriel Delanne_-_O Fenomeno Espirita.pdf
Gaston Luce_-_L‚on Denis L'Ap“tre du Spiritisme.doc
Gustave Geley_-_O Ser Subconsciente.pdf
Gustave Geley_-_Resumo da Doutrina Espirita.doc
Herculano Pires Chico Xavier_-_Na Era do Esp¡rito.pdf
Herculano Pires Julio de Abreu Filho_-_O Verbo e a Carne.pdf
Herculano Pires_-_Pedagogia Esp¡rita 2.pdf
Herculano Pires_-_Pedagogia Espirita.pdf
Irnênia Prada_-_A alma dos animais.pdf
Jakob Lorber_-_1895_-_Wahrheit šber Den Spiritismus.pdf
Johan C Fz”llner_-_Provas cientificas da sobrevivencia.doc
José Herculano Pires Julio Abreu Filho_-_O verbo e a carne.pdf
José Herculano Pires_-_Agonia Das Religiäes.pdf
José Herculano Pires_-_Apostila Espiritismo.pdf
José Herculano Pires_-_Biografia PENSE.pdf
José Herculano Pires_-_Biografia.pdf
José Herculano Pires_-_Ciência Esp¡rita.pdf
José Herculano Pires_-_Concep‡Æo Existencial de Deus.pdf
José Herculano Pires_-_Curso Dinƒmico de Espiritismo.pdf
José Herculano Pires_-_Educacao para a Morte.pdf
José Herculano Pires_-_Educa‡Æo para a Morte.pdf
José Herculano Pires_-_Espiritismo dial‚tico.pdf
José Herculano Pires_-_Evolu‡Æo Espiritual do Homem.pdf
José Herculano Pires_-_Introdrodu‡Æo … Filosofia Espirita.pdf
José Herculano Pires_-_Mediunidade.pdf
José Herculano Pires_-_Na Hora do Testemunho.pdf
José Herculano Pires_-_No Limiar do AmanhÆ.pdf
José Herculano Pires_-_O Centro Esp¡rita.pdf
José Herculano Pires_-_O C‚u e o Inferno.txt
José Herculano Pires_-_O Esp¡rito e o Tempo.pdf
José Herculano Pires_-_O Homem Novo.pdf
José Herculano Pires_-_O Infinito e o Finito.pdf
José Herculano Pires_-_O Menino e o Anjo (juvenil).pdf
José Herculano Pires_-_O Mist‚rio do Bem e do Mal.pdf
José Herculano Pires_-_O Mist‚rio do Ser ante a Dor e a Morte.pdf
José Herculano Pires_-_O Reino.pdf
José Herculano Pires_-_ObsessÆo. O Passe. A Doutrina‡Æo.pdf
José Herculano Pires_-_Os 3 Caminhos de H‚cate.pdf
José Herculano Pires_-_Os Sonhos de Liberdade.pdf
José Herculano Pires_-_Parapsicologia Hoje e AmanhÆ.pdf
José Herculano Pires_-_Pedagogia Espirita.pdf
José Herculano Pires_-_Pesquisa Sobre O Amor.pdf
José Herculano Pires_-_RevisÆo do Cristianismo.pdf
José Herculano Pires_-_Vampirismo.pdf
José Herculano Pires_-_VisÆo Espirita Da Biblia.pdf
José Herculano Pires_-_VisÆo espirita da Biblia2.pdf
KardecA_-_A Genese.pdf
KardecA_-_O Ceu e o Inferno.pdf
KardecA_-_O Espiritismo em sua expressÆo mais simples.pdf
KardecA_-_O Evangelho Segundo o Espiritismo.pdf
KardecA_-_O Principiante Espirita.doc
KardecA_-_O que e o Espiritismo.pdf
Le Centre Spirite Lyonnais_-_La Naissance de L'Ame (06 P g).pdf
Le Centre Spirite Lyonnais_-_La Vieillesse (07 P g).pdf
Le Centre Spirite Lyonnais_-_Le Spiritisme est-il Une Science (17 P g).pdf
Leon Denis_-_1905_-_Conf‚rence en LiŠge.doc
Leon Denis_-_1925_-_Congr‚s mondial Paris.doc
Leon Denis_-_1925_-_Congr‚s mondial Paris.pdf
Leon Denis_-_AprŠs la mort.doc
Leon Denis_-_Apres la mort.pdf
Leon Denis_-_Christianisme et Spiritisme.doc
Leon Denis_-_Christianisme et Spiritisme.pdf
Leon Denis_-_Cristianismo y Espiritismo (Es).pdf
Leon Denis_-_Dans L'invisible Spiritisme et M‚diumnit‚.pdf
Leon Denis_-_Dans l'Invisible.doc
Leon Denis_-_Esprits et m‚diums.doc
Leon Denis_-_Giovanna.doc
Leon Denis_-_Jeanne D'Arc medium.pdf
Leon Denis_-_Joana D'arc.doc
Leon Denis_-_La grande enigme Dieu et L'Univers.pdf
Leon Denis_-_La Grande Enigme.doc
Leon Denis_-_La vieillesse.doc
Leon Denis_-_L'Au-del… et la survivance de l'être.doc
Leon Denis_-_Le G‚nie Celtique et le monde invisible.doc
Leon Denis_-_Le genie celtique et le monde invisible.pdf
Leon Denis_-_Le pourquoi de la vie.doc
Leon Denis_-_Le ProblŠme de l'être et de la destin‚e.doc
Leon Denis_-_Le probleme de L'etre et de la destinee.pdf
Leon Denis_-_Na intimidade.doc
Leon Denis_-_No Invisivel.doc
Leon Denis_-_O alem e a sobrevivencia do Ser.doc
Leon Denis_-_O Espiritismo e as forcas radiantes.doc
Leon Denis_-_O Espiritismo e o clero catolico.doc
Leon Denis_-_O Espiritismo na Arte.doc
Leon Denis_-_O Grande Enigma.doc
Leon Denis_-_O mundo invisivel e a guerra.doc
Leon Denis_-_O porque da vida.doc
Leon Denis_-_O problema do Ser, do destino e da dor.doc
Leon Denis_-_O progresso.doc
Leon Denis_-_Os Espiritos e os mediuns.doc
Leon Denis_-_PriŠres et allocutions … l'usage des groupes spirites.doc
Leon Denis_-_Sintese doutrina e pratica do Espiritismo.doc
Leon Denis_-_Socialismo e Espiritismo.doc
Leon Denis_-_SynthŠse pratique du spiritisme.doc
Marc Nadaux_-_Denizrd Rvail bio.pdf
Moutin_-_Le Magnetisme Humain.pdf
Oswaldo Polidoro_-_Um ateu at‚ no tumulo.doc
Paul B H Regnaut_-_Vida e obras de Gabriel Delanne.doc
Paul Gibier Ernesto Bozano_-_Materializacoes de Espiritos.doc
Paul Gibier_-_Analise das coisas.doc
Revue_Spirite-1858.pdf
Revue_Spirite-1859.pdf
Revue_Spirite-1860.pdf
Revue_Spirite-1861.pdf
Revue_Spirite-1862.pdf
Revue_Spirite-1863.pdf
Revue_Spirite-1864.pdf
Revue_Spirite-1865.pdf
Revue_Spirite-1866.pdf
Revue_Spirite-1867.pdf
Revue_Spirite-1868.pdf
Revue_Spirite-1869.pdf
Theophile Pascal_-_Rincarnation.pdf

sábado, 6 de junho de 2009

Duas do Tio Adolfo e mais...

Crônicas dos tempos do Quanta

Um Sábado, enquanto almoçava, a imagem de um tio meu veio à tela mental, e com ela lembranças de alguns casos de sua vida aqui na terra. Uma série de reflexões se seguiram ao longo do dia.

Tio Adolfo era uma pessoa de baixa estatura física, aparência sempre impecável, fruto de sua atividade profissional: inicialmente garçom e mais tarde dono de uma casa noturna em São Paulo, a cidade onde sempre residiu.

Mangas curtas? Não me lembro de vê-lo, mesmo dentro do mais austero verão santista. Sempre asseado e bem posto, em sua calma habitual preparando seu cachimbo, e nos observando na rua, a partir do terraço da casa de sua filha.

Seus lábios, sempre aptos a um sorriso aberto. Personalidade marcante e bem humorada. Inteligência e perspicácia de quem observa a vida em seus pequenos detalhes.

Como as lembranças sempre nos traem, narrarei os fatos sujeitos a incorreções, mas fiel às lembranças das narrativas feitas pelos familiares.

Era um desses dias de Domingo, quando a família se reune para o almoço, sem objetivo maior que a simples presença mútua; o desfrute da companhia e a comilança.

Após o almoço. Cada qual meio estirado a um canto da sala; conversas poucas, e aquela preguiça presente, fruto de algumas garfadas a mais.

Apenas uma ou outra fala a meio tom.
_ Eu preciso ir ao médico. - diz a meio tom Tio Adolfo.

Ninguém se manifesta. A letargia domina o recinto
_ Preciso mesmo ir ao médico. - diz já em tom normal, para ser ouvido e contestado.

Uma das sobrinhas é quem pergunta :
_ Mas afinal tio, o que acontece ?

Tio Adolfo se ajeita na cadeira, e assume um ar de seriedade dizendo :
_ Sabe filha, eu venho percebendo isto faz algum tempo. Todos os dias após o almoço me desapareçe, desapareçe por completo o apetite.

Não houve preguiça que resistisse. As gargalhadas tomaram conta do recinto. Era o inusitado se fazendo presente. Mas dele sempre algo era esperado.

Outra feita. Conversava ele com uma tia, que habitualmente ao falar ao telefone, se distraia enrolando o fio do aparelho com os dedos.

Ele em São Paulo, ela em Santos.
Conversaram ao longo de algum tempo, e ao ver que a conversa ia se esgotando, do outro lado da linha, Tio Adolfo :
_ Esta ligação está ruim. Não te ouço bem.
_ Pois eu de cá, Adolfo, te ouço perfeitamente.
_ Estás mexendo no fio ?
_ Estou. - responde ela inocentemente.
_ Pois então é isto mulher, larga esse fio que a ligação melhora.

E uma gargalhada ecoa do lado de lá do fone.
E assim era. Sempre uma tirada alegre, de humor sadio.


E o Rogério ???
Rogério é outra figura a compor as lembranças da infância e juventude.

Sapateiro. Uma oficina humilde na Rua Paraguai. Uma rua de três quarteirões no bairro do Gonzaga, em Santos. Não lhe faltavam problemas, a citar dois: um filho excepcional, e outro que morre afogado ao tentar ajudar um colega.

Pois bem. Independentemente de tudo isso, o semblante desse moço sempre tinha um sorriso, uma brincadeira a fazer. Toda vez que um da turma precisava ir ao Rogério, a "patota" toda se deslocava, e não saia antes de uma hora de conversa. Brincava com um, ora com outro. Incentivava a criançada ao estudo.

_ Senão vai ficar assim como eu, batendo prego o dia inteiro.
E um sorriso largo .....

Todas essas lembranças me chamaram algumas reflexões :
_ Por que motivo nos deixamos abater pelas dificuldades da vida ?
_ Por que ainda, outras pessoas, com problemas iguais ou maiores que os nossos, acabam sobrepujando tais problemas e criam em torno de si um clima de bom humor e bem estar?

A alegria deve compor nossa jornada, em que pesem as dificuldades do caminho.
Problemas todos nós temos. O cerne da questão reside na forma de enfrentá-los. Na força interior que construímos para isso.

Em conversa com um amigo, Jací, ele usou a expressão "descoberta do Espiritismo"; que voltou a usar numa palestra de quarta-feira feita no Centro Espírita.

Parece-me, com relação ao Espiritismo, que apesar de conhecê-lo racionalmente; não conseguimos ainda a sua descoberta no âmbito emocional, vivencial. Não tivemos, como disse o orador, o "insigth" dos seus conceitos. Essa coisa maior, que amplia horizontes, nos permitindo viver mais integralmente, estando a maior parte do tempo de bem com a vida.

Muitas pessoas, não espíritas, vivem de bem com a vida.
Nós, de posse de tantas idéias renovadoras; quebrando a estreita relação berço/túmulo; com a certeza da imortalidade; e desse salutar intercâmbio com os espíritos. Em muitas vezes, em muitos períodos de nossas vidas; parece que nada disso sabemos. Agimos como que atados aos estreitos limites de uma única existência. Não nos permitindo desfrutar plenamente os valores que embalam nossa racionalidade.

A alegria de sermos espíritas? Não desfrutamos.
A presença dos amigos e familiares, encarnados e desencarnados? Não valorizamos; e, em muitos casos, sequer percebemos.

Até quando perdurará nossa imaturidade ou ilusão ?

A busca do homem, desde os mais remotos tempos é a busca da felicidade.
Será que o fato de a colocarmos exteriormente a nós, não é um impeditivo para chegarmos até ela ?
Não estaria esta felicidade mais dentro de nós que fora?

Encontramos espíritas e não espíritas dotados dessa alegria. Dessa atitude vivencial positiva.

A nós espíritas, foram deixados dados, revelações e tantas informações. Precisamos trabalhar isto. Elaborar isto, no sentido de colocarmos um leme em nosso barco existencial. E, com o livre-arbítrio que conquistamos, rumarmos para a alegria de viver, sem o qual todo conhecimento é vão.

Paulo Cesar Fernandes. Jornalista.

A saga do saber

Crônicas dos tempos do Quanta (Livro)

Meu médico acumpunturista é uma dessas pessoas que tem o salutar hábito de conversar bastante com seus pacientes. Qualidade esta que me rende alguma estórias e momentos de esquecimento das formidáveis agulhas.
Outro dia me contava ele que seu professor em São Paulo colocava aos alunos o quanto lhe faltava aprender.

Dizia então, Dr. Airton:
_ "Se ao meu professor falta muito, que diria de nós outros.".

Ao que acrescentei:
_ "Ele apenas tem mais claro o universo do saber."

Realmente, encontramos pessoas que tem algum conhecimento de alguma área e se julgam os tais, enchem o peito e passam a olhar os outros como seus inferiores. Essas nem sonham com o universo do saber.

Encontramos por outro lado, pessoas com a invejável saga de conhecer algo novo. Seu Armando é uma dessas pessoas. Qualquer oportunidade que apareça lá está ele, presente, tirando suas conclusões, pensando com seus botões.
Ora, neste movimento espírita, temos visto tanta gente parada no tempo e no espaço que ao ver alguém como Seu Armando*, recebemos uma injeção de ânimo.

Por outro lado, vemos pessoas com formação, plenas de possibilidades e desaparecendo. Tem eles a capacidade de silenciar, justo agora, quando vozes lúcidas são tão raras...

Mas eu falava da saga, essa saga de saber que toma conta do espírito num determinado momento e lhe traz possibilidade de saltos de crescimento intelectual.

Só cresce quem quer, quem se propõe a, quem rompe seu limite interior em direção a.

A intelectualização pode ser um projeto, mas só se dá efetivamente quando o homem se lança nessa direção. Suor e tempo são os componentes básicos dessa jornada.

Muitos ficam no caminho, desalentados, desanimados, tristes ou recalcitrantes. Falta-lhes a saga, palavra mágica e transformadora do homem. À medida que diminui nossa ignorância, aumenta mais e mais nossos horizontes.

Um grupo, qualquer que seja, tem sempre a função do incentivo. Somos como crianças, estas ao serem estimuladas pelo ambiente sadio do lar, acabam tendo um desenvolvimento melhor que seus pares cujos lares não contam com o mesmo incentivo, o mesmo ambiente motivador.

E nossa função enquanto participantes de um grupo qual é? Forçar o outro a crescer?

Claro que não. Apenas agir como incentivador, motivador; para que cada qual dentro de seus limites, dos seus esforços, possa descobrir o prazer da emocionante viagem do conhecimento.


Paulo Cesar Fernandes. Jornalista.
18/05/92

(*) Armando Grijó nosso companheiro de CEAK hoje, 06/06/2009, faz parte de nossos amigos já desencarnados.

Emerge a realidade

Era um sábado pela manhã.

Eu levantara cedo para uma caminhada na praia. O sol de inverno tornava Santos mais bonita, no entanto o frio nos remetia ao uso do calçadão, desencorajando a água nos pés.

Caminhada feita, peito pleno de belo visual, vou ao Shopping para um café. Caminho devagar.

Na cafeteria, já tinha o café ao meio quando ouço um berro:
_ Paulo, ô Paulo.

Achei, naquele instante que todo o Shopping se voltava para mim. O açucareiro ser-me-ia o lugar mais adequado. Resisti e não entrei.

Era um velho companheiro de juventude, bailes, bilhar, que já não via a algum tempo.

A cada degrau que este descia entabulava nova frase em alta voz.

A forma efusiva e intempestiva daquele encontro derrubou pensamentos, espantou personagens, enfim, parou tudo o que havia em meu mundo interior.

Nos abraçamos e passamos a contar das coisas realizadas ou em vias de realizar. Construções do passado e planos do futuro.

Dentre as coisas por mim relatadas está um conto, cujo tema principal é a admiração, a admiração como um dos componentes do amor.

Lee, conhecedor de outro conto sobre blues que acabou tendo desfecho espírita, olha sobre os óculos finos, com certa ironia no olhar dizendo:

_ Não é outro daqueles contos que acaba se perdendo na apologia do Espiritismo?

_ Não - disse eu - não sei ainda, os personagens com os quais venho convivendo não me terminaram de contar sua história.

Devolvo um sorriso tão irônico qual o que recebera, despeço-me e pego meu caminho rumo à praia.

Lee, após certos problemas que tivera num determinado Centro Espírita, acabara se tornando crítico severo do Espiritismo. Não se deu conta que uma casa espírita retrógrada não pode ser tomada pela filosofia em si.

Da mesma forma que a existência de estados totalitários não inviabiliza o socialismo. Há espíritas e Espíritas, socialistas e Socialistas.

Paulo Cesar Fernandes
Jornalista

sexta-feira, 5 de junho de 2009

E se... macacos me mordam.

Quarta-feira. Último dia de um chuvoso, muito chuvoso período de férias.

No almoço, durante a tradicional feijoada, decido ir ao Centro Espírita, pois passara as férias sem a possibilidade de lá estar.
Reforma em casa desfaz muito dos nossos projetos.

Pois bem. Papel, caneta, e vontade de algo aprender na bagagem.

Chegando ao CEAK revejo os costumeiros amigos das quartas-feiras.

A alegria do reencontro.

E me deparo com o tema: Perispírito.

Iniciada a palestra um macaquinho perguntador se instala em meus ombros.

Ora dizia “E se..." , ora dizia “And if...” tal qual ouvimos nos filminhos norte-americanos.

Ora dardejava na orelha esquerda, ora tinha a direita como alvo.

Intrigado, me limitei a registrar suas interpelações.

Na berlinda, o companheiro que falava seguia seu roteiro, sempre pautado em Kardec, com toda segurança e bom ânimo.

Transcrevo aqui alguma das questões que vieram à baila:


E se não houver perispírito?
Perderia o homem a possibilidade de viver e atuar no mundo?



Recuperado do espanto inicial, passei a admitir a possibilidade. Ao menos por hipótese, seria vantajoso e enriquecedor admiti-la.
Afinal, ao longo da história muitos avanços ocorreram em diversas áreas, muito provavelmente porque algum macaco perguntador tirou a paz de alguém
O meu seguiu adiante sarcástico:


Vou perguntar de outro jeito: sem o perispírito o espírito não teria como se manifestar fisicamente?


Respirei fundo, mas não perdi a compostura e segui no jogo.
Até porque a questão tinha fundamento.


Historicamente pensamos na alma (espírito encarnado) apenas no esquema:

Espirito »»» Perispirito »»» Corpo

Sendo o perispírito matéria, quem me diz ser impossível esta matéria estar em forma de energia?

Sendo o pensamento um elemento aglutinador de energia, ao pensar, o espírito em si e per si não seria capaz de atuar sobre o corpo de forma natural?


Tal qual bordão de antigo programa da TV brasileira, me parece que: “O macaco tá certo”.
Mas não para por aí:

Se a energia aglutinada pelo espírito é conversível em matéria, e tal matéria é passível de visualização.

Prá que o perispírito?


Pois é! Segui eu refletindo:

E podemos ainda pensar nos fenômenos físicos de materialização, onde o médium que viabiliza tal manifestação nem sequer se sabe médium.
Cede ele o perispírito, ou alguma forma de energia animalizada, capaz de ser trabalhada pelo espírito comunicante?

Macacos me mordam pois não tenho respostas!

São apenas reflexões, reflexões não superficiais, de uma quarta-feira qualquer no Centro Espírita Allan Kardec, na minha cidade de Santos.

Paulo Cesar Fernandes. Jornalista.

Precisamos de você

Bertold Brecht
(Alemanha, 1898-1956)


Aprende - lê nos olhos,
lê nos olhos - aprende
a ler jornais, aprende:
a verdade pensa com tua cabeça.

Faça perguntas sem medo
não te convenças sozinho
mas vejas com teus olhos.

Se não descobriu por si
na verdade não descobriu.

Confere tudo ponto
por ponto - afinal
você faz parte de tudo,
também vai no barco,
aí pagar o pato, vai
pegar no leme um dia.

Aponte o dedo, pergunte
que é isso?
Como foi parar aí?
Por que?
Você faz parte de tudo.

Aprende, não perde nada
das discussões, do silêncio.

Esteja sempre aprendendo
por nós e por você.

Você não será ouvinte
diante da discussão,
não será cogumelo
de sombras e bastidores,
não será cenário
para nossa acção.

A inércia do conhecimento

É por certo algo estranho um titulo como este. Difícil e diferente dizer que o conhecimento tenha lá sua inércia.

Mas por que isto?

No senso comum de nossa língua e sociedade, tomamos a palavra inércia como sinônimo de inatividade; de falha de iniciativa; e vai por aí afora.

Dessa forma é um contra-senso; isto é, seria um contra-senso, falarmos em inércia para algo com a dinâmica que tem o conhecimento.

Mas a variável com erro é exatamente o primeiro termo de nossa equação, ou seja, o que está do lado esquerdo. O problema está na inércia, tal qual a pensamos, e não no mutável conhecimento.

Quando dei título ao texto pensava exatamente no conceito de inércia proposto pelas leis, ou lei da física; na qual um corpo tende a manter o estado em que se encontra. Se estiver parado tende a assim ficar. Se em movimento da mesma forma.

Mas o que diz a física? Vejamos:

A inércia do conhecimento

Inércia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Visão geral: A inércia é uma
propriedade física da matéria (e segundo a Relatividade, também da energia). Considere um corpo não submetido à ação de forças ou submetido a um conjunto de forças de resultante nula; nesta condição esse corpo não sofre variação de velocidade. Isto significa que, se está parado, permanece parado, e se está em movimento, permanece em movimento e a sua velocidade se mantém constante. Tal princípio, formulado pela primeira vez por Galileu e, posteriormente, confirmado por Newton, é conhecido como primeiro princípio da Dinâmica (1ª lei de Newton) ou princípio da Inércia.
Podemos interpretar seu enunciado da seguinte maneira: todos os corpos são "preguiçosos" e não desejam modificar seu estado de movimento: se estão em movimento, querem continuar em movimento; se estão parados, não desejam mover-se. Essa "preguiça" é chamada pelos físicos de Inércia e é característica de todos os corpos dotados de
massa.


Hummm... Gostei da preguiça no texto. Tem tudo a ver.

Mas a coisa se resume, como vimos, ao estado na qual nos encontramos.

Caso inexistissem variáveis externas ao ser, esta seria sua situação, seu estado ad eternum.

Porém. Não sendo o homem uma ilha. Dotado está de sentidos variados, a interagir todo o tempo com o mundo ao seu redor. E os objetos de conhecimento que nos circundam são inumeráveis (tomo aqui o termo objeto em seu sentido filosófico). A começar com a relação com nossos familiares, nos deparamos com objetos capazes de nos fornecer conhecimentos. Seguindo adiante, com outros objetos: objetos animados (com ânima, alma) e objetos inanimados (sem ânima).

Tendo a crer ânima em todos os objetos, tal qual a maioria dos povos primitivos acreditava; e ainda acredita por certo. Mas esta é outra questão, da qual preciso me municiar de informações mais ricas e detalhadas para fincar pé numa posição.

Outro elemento a alavancar o homem no sentido da busca do conhecimento é a necessidade de suprir a manutenção de seus desejos: desejo de sobrevivência em primeira instância, deslocando-se até o desejo de reconhecimento social; o qual para uns se resume em seu arcabouço financeiro (casas, carros, etc.); para outros no poder político; outros ainda se ocupam duma maior compreensão dos fenômenos sociais, políticos e psíquicos que o ser enfrenta em sua jornada existencial.

Mas em qualquer das alternativas o conhecimento é ferramenta primeira.

Se for comerciante bem sucedido, é porque domino os processos da melhor compra; bem como os mecanismos de fidelização dos clientes.

No poder, a esperteza e certo desleixo moral são normas de conhecimento.

Se lido com os dotes intelectivos é necessária uma atualização constante perante o universo de idéias emergentes.

Dessa forma, fica vedada ao homem a possibilidade de estagnação.

Afinal, o Espírito, em seu processo de existir, tem apenas a evolução como projeto.

E esta não se dá, eu disse, esta não se dá, sem que este amplie os limites de seu conhecimento.

Paulo Cesar Fernandes
Jornalista

Código genético e mediunidade

Já quando coordenava o curso de mediunidade do Centro Espírita Allan Kardec, em Santos, vinha aventando a possibilidade de ser a mediunidade uma potencialidade como tantas outras, capazes de se desenvolver ao longo da trajetória do espírito; trago aqui, do Livro dos Médiuns alguns momentos na qual o aspecto foi tratado:

Momento 1º -

Segunda parte: Das manifestações Espíritas:
Cap. V: Das manifestações físicas espontâneas

5ª Sendo sempre de ordem inferior esses Espíritos, constituirá presunção desfavorável a uma pessoa a aptidão que revele para lhes servir de auxiliar? Isto não denuncia, da parte dele, uma simpatia para com os seres dessa natureza?
"Não é precisamente assim, porquanto essa aptidão se acha ligada a uma disposição física. Contudo, denuncia freqüentemente uma tendência material, que seria preferível não existisse, visto que, quanto mais elevado moralmente é o homem, tanto mais atrai a si os bons Espíritos que, necessariamente, afastam os maus."

Momento 2º -

Segunda parte: Das manifestações Espíritas:
Cap. VI: Das manifestações visuais

25ª Toda gente tem aptidão para ver os Espíritos?
"Durante o sono, todos têm; em estado de vigília, não. Durante o sono, a alma vê sem intermediário; no estado de vigília, acha-se sempre mais ou menos influenciada pelos órgãos. Daí vem não serem totalmente idênticas as condições nos dois casos."

26ª De que depende, para o homem, a faculdade de ver os Espíritos, em estado de vigília?
"Depende da organização física. Reside na maior ou menor facilidade que tem o fluido do vidente para se combinar com o do Espírito. Assim, não basta que o Espírito queira mostrar-se, é preciso também que encontre a necessária aptidão na pessoa a quem deseje fazer-se visível."

Momento 3º -

Segunda parte: Das manifestações Espíritas:
Cap. XVII: Da formação dos Médiuns

209. No médium aprendiz, a fé não é a condição rigorosa; sem dúvida lhe secunda os esforços, mas não é indispensável; a pureza de intenção, o desejo e a boa vontade bastam. Têm-se visto pessoas inteiramente incrédulas ficarem espantadas de escrever a seu mau grado, enquanto que crentes sinceros não o conseguem, o que prova que esta faculdade se prende a uma disposição orgânica.


Parando para pensar

Concordo com os que advogam essa idéia, ao afirmarem ser o texto evidente naquilo que expõe. Realmente o é.

Porém, como homem que pensa, eu não me prendo à letra; e busco na lógica, o necessário referendo para minhas especulações filosóficas no tocante ao assunto.

Classifico a mediunidade como uma potencialidade, dentro do contexto das potencialidades de comunicação do Espírito.
Um determinado espírito tem facilidade para falar a grandes públicos com desenvoltura.
Outro, tem facilidade com a palavra escrita.
Outro ainda, diante dos meios radiofônicos e televisivos; e muitas vezes em apenas um dos dois meios. São comuns os casos de não adaptação de profissionais quando da troca de veículo; seja porque este não gosta, seja pela não aceitação do público radiofônico ou televisivo.

Há espíritos, segundo penso, capazes de se valerem do pensar, do pensamento e da energia que este emana para entrar em comunicação com outros espíritos. Trocando idéias, imagens, sensações e mesmo palavras; isto ocorrendo com espíritos que da mesma forma desenvolveram tal capacidade. Ocorre ainda independentemente de sua situação de encarnado ou desencarnado.

Esta seria uma explicação para o fato de uma pessoa ter mediunidade, algumas vezes até bastante ostensiva, e outras nada apresentarem nesse aspecto.

Eu não acredito ser o corpo físico responsável por nossa potencialidade mediúnica.

Com a palavra a ciência

Eu me renderei à evidencia se, e somente se, após longas e exaustivas pesquisas descobrirem no código genético algo, algum elemento, alguma combinação, capaz de definir ser um homem dotado de mediunidade. E logicamente, tal característica poder ser transmitida à sua prole. Teríamos assim: o avô médium, o pai médium e o filho da mesma forma.

Aguardo com ansiedade as pesquisas no desvendamento do código genético, embora não acredite ser a Academia da Ciência, da forma como se constitui hoje, eivada de preconceitos; capaz de botar atenção em assuntos como este; de grande interesse para nós espíritas, mas com pouco retorno financeiro para seus investidores.

De qualquer forma vale a pena pensar, espantar a ortodoxia, ampliar nossos horizontes teóricos.
É isto que busco nesta contribuição.


Paulo Cesar Fernandes
Jornalista

Um outro Blog

Da origem:

1)A imprensa espírita como um todo tem um grande algoz: o espaço exíguo. E de minha parte, vejo apenas dois órgãos com o qual tenho proximidade: o Jornal Abertura (Santos-SP) e o Jornal Opinião (Porto Alegre-RS).

2)Nos últimos tempos minhas reflexões sobre Espiritismo vêm se ampliando. Com alguns textos que quero publicação imediata. Um meio como este é eficaz nesse mister.

3)Assim nasce este Blog diferindo profundamente do Keine Grenze voltado para filosofia em geral, cultura e artes. Sem qualquer trocadilho este Pour Kardec é puramente kardecista.


Do nome:

1)Em favor de Kardec,... para Kardec,... prá Kardec e ... finalmente Pour Kardec. Talvez seja pretensão demais me propor a defender um gênio como Kardec, que não precisa de defesa mormente a minha. Mas o titulo me pareceu adequado na medida em que me remete a “Pour Marx” de Louis Althusser, lido já lá se vão 30 anos, e do qual não recordo uma linha sequer. Esquecimento perfeitamente justificável em função da distância no tempo e, mais ainda em virtude das novas preocupações e prioridades dos últimos anos, dentre elas destaco a filosofia como vetor mais importante.

2)Longe estou da formação intelectual de Althusser, mas penso, elaboro, estudo para superar essas tantas lacunas do meu conhecimento. Isto me ajuda a poder postar algumas reflexões.


Do foco:

1)Espiritismo tal qual proposto por Kardec, dentro da perspectiva de um livre pensar.

2)Livre inclusive de todas as instituições do movimento espírita organizado.

3)Sabemos das dificuldades das instituições em renovar seus conceitos.

4)Qual Quixotes de La Mancha passam anos a fio combatendo fantasmas já ausentes.
5)A dinâmica do conhecimento, inclusive o conhecimento espírita, requer a busca do novo. Não o novo pelo novo, novidadeiro e vazio, mas algo pautado na lógica e numa certa racionalidade.


Do projeto:

1)Propor idéias, apenas isto.

2)Não verdades e certezas, pois a dúvida é a única certeza que me acompanha e alimenta na atualidade.

3)Tudo, absolutamente tudo, é passível da dúvida.


Do público:

1)Espíritas progressistas e não espíritas de mente aberta o suficiente para refletir sobre as próprias convicções. Uma coisa é certa, não pretendo convencer ninguém de nada.


Dos textos:

1)Poderão ser reproduzidos, no seu todo ou parte, desde que tal reprodução se paute pela honestidade intelectual de citar sua fonte.