sexta-feira, 24 de agosto de 2012

A mente oculta das plantas

A mente oculta das plantas

A ciência descobre o surpreendente domínio da consciência vegetal

Os corpos sutis


Se, no homem, essa percepção básica nem sempre parece ocorrer,
isso se deve ao filtro dos cinco sentidos, à força do pensamento
racional, que obscurece as demais funções psíquicas, e a todo um
condicionamento cultural, que determina o que deve ou não deve ser percebido. Como provaram outros experimentos, essa percepção a distância não é bloqueada por dispositivos de blindagem elétrica, como a gaiola de Faraday, nem por paredes de chumbo.

E Backster chegou a cogitar que ela não se limitaria aos organismos complexos, mas poderia descer aos níveis celular, molecular, atômico e até mesmo subatômico, perpassando toda a existência. Essa opinião ousada apresenta fortes afinidades com a hipótese da ressonância mórfica, do biólogo inglês Rupert Sheldrake, e com as revolucionárias descobertas sobre a consciência do psiquiatra checo Stanislav Grof (leia as reportagens "Ressonância mórfica: a teoria do centésimo macaco" e "Consciência sem limites", em Galileu, números 91 e 94,

respectivamente).

Em outras palavras, cada planta — para não dizer cada ente material — estaria associada a um invisível e impalpável campo de consciência. Tal idéia, que vem ganhando adeptos entre os

cientistas de vanguarda, converge com a visão de todas as grandes tradições espirituais da humanidade. Estas são unânimes em considerar a consciência como um dado primário da
existência e afirmam que, além de seus corpos físicos, os entes materiais são constituídos por uma série de "corpos sutis", encaixados uns dentro dos outros como bonecas russas.
As percepções descobertas por Backster e seus sucessores configurariam um esboço ou embrião daquilo que algumas tradições chamam de "corpo mental". Entre esse nível mais alto e o físico, as plantas, como todos os seres vivos, possuiriam um corpo intermediário, constituído pela rede de canais por onde flui a chamada "energia vital" (que corresponde ao prana dos indianos e ao qi dos chineses). Esse "corpo vital" é o objeto de práticas médicas como a acupuntura, que se destinam a desobstruir os canais e regularizar o fluxo da energia.

Vantagem econômica

A acupuntura em plantas vem sendo praticada com sucesso pelo médico Evaldo Martins Leite, presidente da Associação Brasileira de Acupuntura. Ele orientou, há cinco anos, uma pesquisa científica rigorosa, realizada pelo biólogo Alexandre Eustáquio de Sena, na Pontifícia Universidade Católica de Belo Horizonte, MG. Sena dividiu uma plantação de feijão em duas partes iguais,
tratando uma com acupuntura e mantendo a outra como grupo de controle. As plantas submetidas à acupuntura desenvolveram maior número de vagens, maior quantidade de grãos em cada vagem e maior peso por grão.

"Como ocorre nos homens e animais, os problemas de saúde que afetam os vegetais decorrem de um perturbação na circulação e distribuição do qi, a energia vital", explica Evaldo Martins Leite.
"Isso resulta de um desequilíbrio dos princípios yang e yin (masculino e feminino)." O acupunturista ensina que as áreas de ramificação das plantas — isto é, onde os galhos saem dos troncos ou os ramos saem dos galhos — são regiões de concentração de qi.

Os ângulos externos formados nesses lugares são yang e os internos, yin. "A energia yang é responsável pelo crescimento da planta. A yin, pela produção de flores, frutos e sementes. A
introdução de pregos, agulhas ou a simples raspagem das áreas correspondentes estimula um ou outro princípio e promove a função regida por ele", informa o acupunturista. Não é possível ativar as duas funções ao mesmo tempo.

A energia é uma só: se ela for desviada para o crescimento, a produção de frutos cairá, e viceversa.

Mas as vantagens — inclusive econômicas — oferecidas pela acupuntura em vegetais são importantes demais para serem tratadas como simples curiosidade.

Na Bahia, está em curso uma pesquisa visando aumentar a produção de látex nas seringueiras e o enraizamento dos toletes de cana-de-açúcar destinados ao plantio. Reconhecendo as dimensões sutis do mundo vegetal, o homem poderá estabelecer com ele um novo tipo de relacionamento, vantajoso para ambos.

Mente em plantas?

O que hoje chamo de protoespírito (fase anterior ao que podemos chamar de espírito), e antigamente chamava de princípio espiritual, ao que parece tem sensibilidade bem antes do imaginado por mim e exposto num trabalho apresentado no CPDoc (Centro de Pesquisa e Documentação Espirita) sobre o tema. Me valia do livro citado na reportagem, mas com certa dose de incerteza. Ao que parece minha incerteza era infundada. Todo ser vivo tem sensibilidade.

Segundo o antropologo e etnologo Levy-Bruhl em suas pesquisas com povos por ele denominados de primitivos, ou pelo menos portadores de uma mentalidade primitiva; tais povos seriam animistas, acreditavam que em tudo havia uma alma. Tal concepção reside também na mentalidade dos povos indigenas brasileiros. E ao que me parece, segundo depreendi de sua leitura, Giordano Bruno já propunha tais concepções.

Temos hoje, cientistas de ilibada seriedade, lidando com temas causadores de estranheza, ou de reticências a muitos de nós até pouco tempo.
Vejamos a primeira parte da reportagem:
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A mente oculta das plantas


A ciência descobre o surpreendente domínio da consciência vegetal
http://galileu.globo.com/edic/98/conhecimento5.htm
Por José Tadeu Arantes
jtadeu@edglobo.com.br

As plantas são capazes de perceber agressões à vida praticadas do outro lado da parede. E parecem ter consciência até mesmo de intenções ocultas na mente humana. Essa fantástica revelação — que foi tema do livro A Vida Secreta das Plantas, de Peter Tompkins e Christopher Bird, e inspirou o álbum de mesmo nome do compositor e cantor Steve Wonder — vem sendo confirmada por pesquisas científicas realizadas no Brasil. Ela faz parte de um conjunto de descobertas que deverá revolucionar a visão de mundo do próximo século e apontam para um relacionamento mais harmonioso entre o homem e a natureza.

Os xamãs — homens de conhecimento das comunidades préhistóricas — já sabiam que, por trás de seu aparente torpor, as plantas possuem uma vida secreta, cheia de percepções e atividades. Esse mundo oculto foi contactado, desde então, por visionários de diferentes épocas e lugares, como o místico alemão Jacob Boehme (1575-1624), que dizia ser capaz de penetrar a consciência das plantas.

A ciência materialista, porém, preferiu descartar esse tema, que desafiava sua limitada descrição da realidade. Ele co ntinuaria provavelmente ignorado se, em 1966, uma descoberta casual não tivesse rompido essa conspiração de silêncio. Naquele ano, Cleve Backster, então o maior especialista americano em detecção de mentiras, teve a estranha idéia de fixar os eletrodos de um de seus detectores numa folha de dracena, espécie tropical utilizada como planta ornamental.

Ele foi movido pela simples curiosidade, mas o que encontrou abalaria os fundamentos da visão de mundo dominante. Backster suspeitava que a planta reagisse a agressões reais à sua integridade física. Mas não podia imaginar que a simples idéia dessas agressões provocasse saltos violentos nos gráficos traçados pelo aparelho. Pois foi exatamente o que aconteceu quando ele pensou em queimar uma das folhas da dracena.

E voltou a acontecer quando se aproximou dela com uma caixa de fósforos, disposto a levar sua intenção à prática. A planta parecia ler o seu pensamento e sabia distinguir as ameaças reais da mera simulação.

Sem querer, Backster abrira a porta que dava entrada a uma realidade totalmente inesperada — e desconcertante.

A grande novidade do experimento foi ter propiciado um acesso direto às percepções das plantas sem a intermediação de sensitivos humanos: não era preciso ser paranormal para contactar o mundo da consciência vegetal. Esse ponto de vista foi reforçado, em julho último, por uma pesquisa feita na Universidade de Gant, na Bélgica.

Valendo-se de imagens em infravermelho, o pesquisador Dominique van der Straeten e sua equipe descobriram que as folhas de tabaco têm a capacidade de reagir com uma espécie de febre quando infectadas por certos tipos de vírus. Como relatado no jornal Nature Biotechnology, as folhas sofreram um aumento de temperatura de até 0,4 grau Celsius, oito horas antes dos efeitos dos vírus se manifestarem, num processo "fisiológico" semelhante ao do corpo humano.

 

Percepção básica

Atento a tais descobertas, um brasileiro resolveu fazer uma investigação parecida. Trata-se do engenheiro Arlindo Tondin, mestre em eletrônica pela Universidade de Nova York e um dos fundadores da Faculdade de Engenharia Industrial, de São Bernardo do Campo, SP.

Tondin fixou eletrodos próximo à raiz e num dos galhos de um limoeiro.

"Verifiquei que havia, entre os dois pontos, uma diferença de potencial elétrico da ordem de microvolts", informa. "Eu já desconfiava que a ascensão da seiva estivesse associada a um fenômeno elétrico e, para confirmar isso, liguei aos eletrodos uma pilha de 1,5 volt, de modo a intensificar a corrente na região. Resultado: os frutos do galho onde estava o eletrodo ficaram maiores e amadureceram mais rápido que os demais."

Estava provada a tese da seiva. O próximo passo era averiguar como as agressões externas afetavam a corrente elétrica que circula na planta. Para isso, o engenheiro utilizou um osciloscópio de raios catódicos de alta sensibilidade. "Conectei o osciloscópio aos eletrodos e, com uma vela, comecei a queimar algumas folhas. A resposta foi quase imediata: a imagem da tela do osciloscópio, que estava estacionária, passou a apresentar intensas variações." Tondin espantou-se com a reação provocada por seu ato. "Comecei a questionar até que ponto eu tinha o direito de agredir o vegetal e a natureza. E resolvi interromper a pesquisa."

O engenheiro convenceu-se da seriedade dos experimentos descritos em A Vida Secreta das Plantas. Num deles, também realizado por Backster, três plantas reagem à matança de camarões, cometida numa outra sala. Essa investigação foi conduzida com os cuida dos que caracterizam as melhores pesquisas científicas:

1. foram escolhidos, como vítimas, animais de grande vitalidade, pois já tinha sido notado que seres doentes ou a caminho da morte não eram capazes de estimular as plantas a distância;

2. para evitar que a subjetividade dos pesquisadores influísse nos resultados, os camarões eram despejados numa vasilha de água fervente por um mecanismo automático, longe das vistas de qualquer ser humano;

3. eliminaram-se as possibilidades de que o próprio funcionamento do mecanismo ou eventuais perturbações eletromagnéticas afetassem a forma dos gráficos;

4. as plantas, monitoradas por detectores, foram colocadas em três salas diferentes, submetidas às mesmas condições de temperatura e iluminação.

A análise dos gráficos mostrou que as plantas reagiam intensa e sincronizadamente à morte dos camarões — numa proporção que excluía qualquer hipótese de uma flutuação puramente casual das variáveis elétricas. Backster sentiu-se respaldado para formular a tese de que os vegetais, como todo organismo vivo, dispõem de uma percepção primária que lhes permite detectar, a distância, qualquer agressão à vida.

 

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Reflexão 22 08 2012 - Revolução dos Neurônios

Envolvido que estou em questões sociais e mais especificamente na compreensão de nossa sociedade, e na luta pelo socialismo no mundo. Que velhos homens dizem estar morto e ultrapassado. Velhos homens de poucos anos vividos, mas velhos pois nada mais tem de ideais. Seres mortos, zumbis a usar os Meios de Comunicação de Massa. Não percebem o quanto o mundo precisa do Socialismo. O mundo precisa do Socialismo, na mesma medida em que o homem precisa da Filosofia.

Caminhos retos e dignos em ambos os casos. Atentar à sociedade descrita por Wallace.

Texto trazido do site PENSE.

Idéia original de José Rodrigues e Eugênio Lara.




O Espiritualismo e a Obrigação Social

Escreve: Alfred Russell Wallace (1823-1913)
Em: São Vicente, maio de 2004

Traduzido do original “Spiritualism and Social Duty”, de 1898.
Leia comentário do prof. Martin Fichman, York University, Ontário, no pé deste artigo.


Companheiros e amigos espiritualistas,

Nos últimos 10 anos tenho dado atenção a outros assuntos que não o Espiritualismo e, a menos de três anos, em uma nova edição de meus escritos sobre o assunto, eu declarei minhas firmes convicções com relação à realidade e importância de nossas dúvidas e a inutilidade de todos os argumentos de meus oponentes. Não tenho, portanto, nada a dizer a vocês sobre o Espiritualismo propriamente dito mas aproveitarei esta oportunidade para apresentar algumas observações sobre o que me parece ser a relação de nossas crenças como espiritualistas com o assunto que atualmente ocupa meus pensamentos a maior parte do tempo – como fazer a grande massa emergir dessa terrível situação, difícil de se livrar, em que se encontra agora, de não ter dinheiro ou posses, vivendo de forma infeliz, sem perspectiva de mudança,
trabalhando longas horas pelo mínimo de subsistência, vidas encurtadas, sem ter prazer por nenhum dos refinamentos da arte ou apreciação pela natureza, sendo esses últimos essenciais ao desenvolvimento do ser humano.

Num trabalho publicado há algumas semanas, provei que assim é, hoje, a condição de uma grande proporção de nosso povo, apesar de um aumento da riqueza e do poder gerador de riqueza melhor visto na história do mundo, aceitável, se adequadamente utilizado, para dar não apenas abundância, mas conforto, luxo e amplo lazer a todos. Sobre essas questões, entretanto, não direi mais nada. Apenas pedirei vossa atenção a algumas observações sobre o que eu considero ser a relação entre Espiritualismo e Dever Social.


As novas doutrinas - fundamentadas quase que totalmente nos ensinamentos do Espiritualismo moderno, embora sejam agora amplamente aceitas, até entre não espiritualistas – são exatamente o reverso de tudo isso. Elas são baseadas na concepção de continuidade mental e moral; que não há castigos impostos; que
crenças dogmáticas são absolutamente sem importância, com exceção até agora na medida em que afetam nossas relações com nossos próximos; e que as formas e cerimônias e os complexos rituais da maioria das religiões são igualmente sem importância. Por outro lado, o que realmente importa são os motivos e as ações que deles resultam e tudo o mais que desenvolve e exercita por completo a natureza mental, moral e psíquica, resultando em vidas felizes e saudáveis para todo ser humano. A vida futura será simplesmente a continuação do presente, sob novas condições; e suas alegrias ou infortúnios dependerão de como aperfeiçoamos tudo o que temos de melhor em nossa natureza humana.


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Reflitamos pois sobre nossa ação no tocante a um mundo possível de ser melhor. Quando digo melhor significo JUSTO.

Tenho lutado pela Revolução. Sempre lutei na vida, desde minha adolescência pela Revolução Socialista. Hoje porém, a Revolução que preconizo deixou  de lado as armas metálicas. Desgraça da humanidade, causa de guerras inventadas e engendradas pelas Grandes Potências Mundiais visando o lucro e a "higienização do planeta" fazendo sucumbir as populações pobres.

Preconizo a Revolução dos Neurônios. Esta sim!

Apenas através da Razão, e da Sagacidade no processo pedagógico seremos capazes de trazer a Sociedade Socialista sonhada por tantos idealistas e tantos mártires na História da Humanidade.

A Pedagogia Sagaz não é apenas possível, porém necessária.
Sagaz como Paulo Freire, Amilcar Cabral, Darcy Ribeiro, Boaventura de Souza Santos e alguns outros que honram a atividade pedagógica.

O oportunismo, tão combatido por Amilcar Cabral, não é sagacidade, é outra coisa.

Paulo Cesar Fernandes

22/08/2012