sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Resposta

Resposta a uma amiga espírita que me mandou um texto sobre Deus. Assustada que ficou ao saber-me ateu.
Abaixo a resposta:


Legal!!!
Obrigado mesmo.
Muito embora eu venha chegando à conclusão que Deus é uma invenção do homem, para poder mandar e principalmente subjugar outros homens.
A história do homem é, desde os mais remotos tempos a história da luta pelo poder.
Grécia. Roma. Através da força bruta. Deuses vários plenos de paixões humanas.
Idade Média através da brutalidade da religião.
Idade Moderna através da brutalidade das armas, cada vez mais poderosas, cada vez mais mortíferas.
Nesta mesma Idade Moderna das armas e do medo. Impedindo ao homem a doçura e a beleza da mais plena liberdade.
Em todas, absolutamente todas as concepções Deus castiga o homem.
Deus rouba a liberdade do homem. O homem precisa se ver livre de Deus.

Para um espírito como eu, isto é muito difícil, mas necessário não só a mim, mas a todos. Mas não quero e não devo interferir na liberdade de cada um escolher o seu caminho. Afinal fazem anos que joguei fora a crença numa verdade.

Quem acredita numa "Verdade" perde a liberdade, mata e morre por causa de sua "Verdade". Interdita a vida e a liberdade de seu semelhante, por causa de sua "Verdade". "Verdade" única.

Impede que as pessoas sejam livres, pensem pela própria cabeça, e que ajudem familiares e conhecidos a buscarem um pensamento autonomo. Pautado num caminho próprio e único. Construido a partir de buscas mais amplas de afetividade e razão. O mais importante é que nos eduquemos para a sensibilidade: humana; social; estética; quanto à justiça e tudo o mais que possamos aprender no caminho do amor mais puro por nossos semelhantes.

É isso? Ou será que ainda estou errado?

Paulo Cesar Fernandes

03/01/2011

Ateismo e Agnosticismo

O que é o Ateísmo?

O Ateísmo caracteriza-se pela ausência de crença na existência de deuses.
Essa ausência de crença geralmente vem, ou duma deliberada decisão filosófica, ou duma dificuldade em acreditar em ensinamentos religiosos que parecem literalmente incríveis. Não se trata portanto duma falta de crença nascida da simples ignorância dos preceitos religiosos.

Alguns ateus vão além duma simples descrença em deuses. Eles ativamente afirmam que deuses particulares ou todos os deuses, simplesmente não existem. A descrença em deuses é muitas vezes conhecida como a posição de "Ateísmo passivo ou fraco"; afirmar que deuses não existem (ou que não podem existir), é a posição conhecida como "Ateísmo ativo ou forte".

Com referência aos povos que nunca foram expostos aos conceitos de "Deus", seria um tema para debate se eles são ou não "ateus". Mas como é pouco provável que encontremos hoje alguém que nunca tenha ouvido falar em religião, esse debate não apresenta agora importância... (Estudos antropológicos nos ensinam que houve muitos povos que nunca acreditaram em deuses, como os esquimós.)

É no entanto importante esclarecer a diferença entre as posições dos ateísmos ativo e passivo. "Ateísmo passivo" é simplesmente ceticismo, descrença na existência de Deus. O "Ateísmo ativo" é uma afirmação positiva que Deus não existe. Não se deixe iludir, acreditando que todos os ateus têm uma posição de "ativos". Há uma grande diferença qualitativa entre essas duas posições; não é só uma questão de grau. Alguns ateus sustentam a não existência de todos os deuses; outros limitam o seu ateísmo a deuses específicos, como o Deus Cristão, em vez de fazerem uma negação generalizada.

A descrença em Deus não é a mesma coisa que a afirmação que ele não existe?
Definitivamente não. A descrença numa proposição significa que não se acredita que ela é verdadeira. Não crer que alguma coisa é verdadeira não é equivalente a crer que ela é falsa. Uma pessoa pode simplesmente não ter idéia se essa coisa é verdadeira ou falsa. O que nos leva ao agnosticismo.

O que é então o agnosticismo?
O termo "agnosticismo" foi cunhado pelo Professor T.H. Huxley em uma reunião da Sociedade Metafísica, em 1876. Ele definiu o agnóstico como alguém que nega tanto o Ateísmo (ativo) como o Teísmo e que acredita que a questão da existência ou não dum poder superior não foi nem nunca será resolvida. Outra maneira de apresentar isso é dizer que um agnóstico é alguém que acredita que nós não sabemos nem podemos ter certeza se um deus existe.
Desde essa época, no entanto, o termo "agnóstico" também tem sido usado para descrever aquele que não acredita que essa questão seja intrinsecamente incognoscível, mas por outro lado crê que as evidências pró e contra Deus não são conclusivas, ficando assim indeciso sobre o assunto. Para se reduzir a confusão estabelecida sobre o uso da expressão "agnosticismo", é recomendável que se use o termo de "agnosticismo estrito" para a definição original, e que se utilize a expressão "agnosticismo empírico" quando nos referirmos à segunda definição.

As palavras são entes escorregadios e a linguagem é inexata. Cuidemo-nos para não acreditar que poderemos induzir o ponto de vista filosófico de alguém simplesmente pelo fato de ele se intitular ateu ou agnóstico. Por exemplo, muita gente usa a palavra agnosticismo com o sentido que aqui definimos como "Ateísmo passivo" e usa a expressão "Ateísmo" apenas com o significado de "Ateísmo ativo".

Cautela também com as palavras "ateísta ou ateu", porque elas têm muitas nuanças de significado que fica difícil generalizar. Só poderemos afirmar, com certeza, que os ateus não acreditam em Deus. Por exemplo, não podemos estar convictos que todos os ateus acreditam que a Ciência é o melhor caminho para se desvendar tudo sobre o Universo.

18/08/2010
Fale: pcfernandes1951@bol.com.br
Fernandes, Paulo Cesar (Keine Grenze

Deus, cientistas e filósofos

Deus, cientistas e filósofos


E quanto aos cientistas e filósofos famosos que chegaram à conclusão de que um deus existe?
Primeiro, temos de notar que as pesquisas tipicamente encontraram em volta de 40% de cientistas que crêem em deus; assim vê-se que os crentes são minoria. (A pesquisa mais recente foi feita por Edward J. Larson e Larry Withman, em 1996, e apareceu na revista "Nature").

Para cada cientista ou filósofo que crê em deus, há outro que não acredita. Além do mais, como já foi indicado, a verdade duma crença não está determinada pela quantidade de gente que a sustenta. Também é importante assinalar que os ateus não vêem os cientistas e filósofos famosos do mesmo modo que os teístas vêem os seus lideres religiosos.

Um cientista famoso é somente um homem; pode ser um especialista em algumas áreas, mas quando fala de outros assuntos, as suas palavras não têem peso especial. Muitos cientistas respeitados, fizeram papel de bobos quando falaram de tópicos que estavam fora das suas especialidades.

Também, note que até os pontos de vista de cientistas famosos são tratados com ceticismo pela comunidade científica. Especialistas reconhecidos em algum campo particular ainda devem fornecer evidências para sustentar as suas teorias; a ciência só se fia em resultados reproduzíveis, independentemente confirmados. Teorias novas que sejam incompatíveis com muito do conhecimento científico existente, serão objeto de escrutínio especialmente apertado; mas se o trabalho é sensato e as experiências reproduzíveis, as novas teorias substituirão as antigas.

Por exemplo, ambas a teoria da relatividade e a da mecânica quântica foram muito controversas e fizeram com que muito das teorias científicas existentes fosse jogado fora. Mesmo assim, ambas foram relativamente aceitas rapidamente depois que experimentos extensivos provaram sua exatidão. Teorias pseudo-científicas tais como o criacionismo, são rejeitadas não porque são controversas, mas porque simplesmente não se mantêm perante análises científicas básicas (Ver FAQ da talk.origins para mais informações; http://www.talkorigins.org.)

O documento Construindo um Argumento Lógico tem mais a dizer sobre verificação científica e prova por autoridade.

Então você está dizendo que a ampla difusão da crença religiosa não indica nada?
Não completamente. Certamente indica que a religião em questão tem propriedades que a ajudou a se espalhar tanto.

A teoria da memética fala sobre os "memes" - conjuntos de idéias que podem propagar por si mesmas entre mentes humanas, em analogia com os genes. Alguns ateus vêem as religiões como conjuntos de memes parasitas particularmente bem sucedidos, que se espalharam por encorajarem os seus hospedeiros em converterem os outros.

Alguns memes evitam a destruição por desencorajarem os crentes no questionamento da doutrina, ou por pressionarem os ex-crentes a não admitirem que estavam errados. Alguns memes religiosos chegam a encorajar os seus hospedeiros a destruir outros hospedeiros contolados por outros memes.

Claro, que do ponto de vista memético, não há nenhuma virtude particular associada à bem sucedida propagação dum meme.
Religião não é uma coisa boa por causa do número de pessoas que acreditam nela, tal como uma doença não é boa por causa do número de pessoas que a pegaram.
A aproximação memética tem contudo pouco a afirmar sobre a veracidade da informação nos memes.
Mesmo que a religião não seja inteiramente verdadeira, pelo menos difunde mensagens importantes.

Quais são as mensagens fundamentais do Ateísmo?
Há muitas idéias importantes que o Ateísmo promove.

As seguintes são apenas algumas delas; não fique surpreso de encontrar idéias que também estão presentes em algumas religiões.
O comportamento moral é mais do que seguir regras irrefletidamente.
Seja especialmente cético com afirmações positivas.
Se você quer que sua vida tenha algum sentido, é você que tem de descobri-lo.
Procura a verdade, mesmo que isso não lhe seja confortável.
Aproveite o máximo da sua vida, porque é provavelmente a única que você terá.
Não é bom depender de algum poder externo para você mudar; você deve mudar sozinho.
Só porque algo é popular não significa que é bom.
Se você tem de assumir algo, assuma algo fácil de testar.
Não acredite em coisas só porque você quer que sejam verdadeiras.
E finalmente (e mais importante):

Todas as crenças devem estar abertas à crítica.

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Encontrei na Internet e gostei do texto como motivação para reflexão.

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Fernandes, Paulo Cesar (Keine Grenze

Livre pensador

Livre pensador


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Livre pensador ou Livre Pensar foi um movimento surgido em meados do século XVIII e século XIX cuja meta era desenvolver o raciocínio liberto e em contraposição a qualquer influência de ideias preconcebidas, desenvolvendo assim pressupostos científicos e filosóficos livres de quaisquer elementos dogmáticos.

O pensamento livre é fruto das correntes políticas progressistas dos séculos XVII e XVIII, entre estas o liberalismo político. Entre os mais famosos livre-pensadores estão Robert Green Ingersoll, Gotthold Ephraim Lessing e Francisco Ferrer y Guardia e Voltairine de Cleyre.



Precedentes

Hoje se considera que Voltaire e Thomas More (também conhecido por Thomas Morus ou São Thomas More) foram importantes predecessores do movimento Livre Pensar ou ainda pensadores avant la lettre, ou "antes que a expressão tivesse sido inventada".

Legado

O movimento Livre-Pensar tem seu legado partilhado tanto entre liberais como os anarquistas do século XIX e XX. Cada qual se referindo a certos aspectos e diferentes pensadores identificados como parte deste movimento.

Outra visão sobre o mesmo tema:

E a expressão Livre-pensador?

O que significa?

O Livre-pensador é aquele que pensa livremente - alguém que está preparado para considerar qualquer possibilidade, alguém que determina quais idéias estão certas ou erradas através da razão, de acordo com sistemas consistentes de regras tal como o do método científico.

Será que com facilidade chegamos à liberdade?

02/09/2010

Fale: pcfernandes1951@bol.com.br

Fernandes, Paulo Cesar (Keine Grenze

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Deus cruel

A Bíblia, este livro cruel, não para de massacrar. O Livro de Job é uma fonte de injustiça que não se esgota. Leia!

Agrada ao deus terrível, na sua vileza, provar Job.

Seus amigos o aconselham a se resignar, ele mesmo também pensa nisso. Como lutar contra Deus? Como litigar contra Deus? Esse culto a um espírito exterior irritadiço, inflexível, invencível, pode ser essencialmente idolatria.

Pois o fetichista tem consolação e esperança na multiplicidade de deuses; um vencerá ao outro; estas ficções ingênuas bem representam a situação real do homem: essa variedade de coisas que a tudo remedia. Mas um Deus único que reúne em si espírito e força, massacra, massacra só por prazer.

Job era rico e feliz, tinha amigos; repentinamente se vê pobre, doente, abandonado e isto lhe parece natural. Este grande universo muito mais poderoso que nós, não é, aos olhos de Job mais que pó, modificável a um movimento de um dedo de um homem resoluto; mas não, seu mundo é Espírito, seu mundo é um todo único, e de uma só vontade. O homem, dessa forma se deita e se cala.

O Ocidental, me parece, não é facilmente massacrável. Rejeita, de todo o seu espírito a unidade terrível. Esse Deus objeto, esta substância espinozista, não deixa de negar.

Este mundo que gira, que desaba, nada mais é que fragmento, parcela, é imenso pela acumulação; mas sem projeto; sem idéias; sem decreto, divisível e, mais ainda discordante, absolutamente discordante; no qual o homem busca passagem sem respeito.

Se ele respeita algo no mundo, é poder ousar; Deus vai por aí, está conosco; não contra nós; falível como nós, mas engenhoso como nós; por sua vez invencível em si mesmo. Experimenta massacrar em nossa casa, só experimenta ameaçar, fazer o papel de tirano, para ver. Descartes não era paciente; Descartes tirou a espada. Seus filhos estão vivos; eles não acreditam no mundo. E, além de tudo, nada mais possuem que suas duas mãos, tal como os judeus da Ucrânia.

Falo para meu prazer, direis.

Mas este aspecto humano, esta alegria que me toma, nada mais é que felicidade. De alguém que nega o destino, e jamais diviniza a infelicidade.

Nós escarnecemos como fez Voltaire deste deus da Bíblia, que sempre massacra.

O inimigo que bem vemos, o inimigo infinitesimal, inimigo sem pensamento: o mundo; ele pode o mesmo que nós, quando o infinitesimal se converte em algo mais, ciclone ou vulcão; mas não há, mesmo no maior medo a confusão que alterna ousadia e vontade.

A outra resignação, enfática, fanática resignação, como não a chamar infelicidade? Pois a imaginação reina neste mundo. Uma maldição em si. Tudo o confirma. Pois a benção em si é a felicidade, e o que amamos cada um de nós. É, por efeito inverso que a sabedoria a duras penas chega à vitória; a infeliz metafísica, escrita no olhar; fala no olhar, esta profunda ironia, esta obstinação em viver sem esperança, é irritante.

A piedade não vai longe; esta estreita via marcou as margens da piedade. Tristeza se torna doença. Isto porque rápido odiamos os infelizes, que não se ajudam por força própria. Isto é odioso, à primeira vista nos define uma tristeza imperiosa e doutrinal visando nos destituir do nosso único bem.

Suponha agora duas unidades, dois tolos, sem sabedoria, sem precaução, onde um representa o outro através de uma maneira firme de viver e de pensar, a maldição bíblica vos traz reações cegas, desumanas, inconcebíveis de tal forma, que não se conceba que o furor contra os falíveis encerre uma forma de justiça.


Émile Chartier (Filósofo francês)

5 de novembro de 1927

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Breve reflexão de um dia qualquer

O grande jogo da vida é composto de momentos. Pequenos hiatos de tempo a se desdobrar em sorrisos, quando a alegria nos bafeja e se espraia pela alma; mas temos ainda o tempo da tristeza, da angústia, da dúvida.

Ambos os lados da equação existencial. E o homem sabe disso, se sente existente, e não pode fugir a esta realidade.

Pensa. E tem consciência de toda sua capacidade intelectiva.

Apesar disso ainda sofre.

O intelecto, por si só, não lhe resolve as questões colocadas pela vida.

Os problemas aparecem e o homem os enfrenta. Por vezes com coragem e determinação; outras tantas, de uma forma titubeante, mas segue adiante. Com vontade ou sem ela, segue adiante.

Afinal, os dias prosseguem.

Com oportunidades e desafios, batalhas e lutas. Os dias prosseguem.

Inexoravelmente.

Existencialmente, prosseguem.

Olhando ao redor. Repensando os sonhos. Retraçando os caminhos, o homem segue no seu projeto, quando reflete.

Sabe-se algo mais que a matéria tão somente. Sente-se espiritual, imortal. E este sentir da imortalidade lhe traz segurança, e uma dinâmica que não lhe permite desistir daquilo que lhe acalenta a alma: os ideais. Estes lhe fazem sentir a vida pulsando.

O homem sabe e sente a vida.

Sabe pela intelectualidade da qual é portador: uma conquista no tempo; e sente por toda a espiritualidade que emana de si mesmo.

Como seus companheiros de caminhada, alterna momentos de alegria com outros de tristeza. Mas segue seguro, uma vez que cumpre a meta estabelecida para todos os viventes: a evolução.



Fernandes, Paulo Cesar (Keine Grenze

24/05/2006 a 22/01/2008

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Espiritualidade

Espiritualidade é tudo aquilo que nos distancia da corporeidade. De ter no corpo uma prisão. Corpo é instrumental de manifestação. Tratá-lo. Cuidá-lo. Nada mais é que obrigação, na medida em que nos permite melhor manifestação de nossas idéias, ideais e convicções.

Quem não tem convicções não é. Quem tem muitas convicções acaba não tendo nenhuma.
Buda propalava o caminho do meio como o melhor.
Assim é nesse aspecto. Venho tentando melhor usar o corpo, pois a idade assim o solicita. Mas quero seguir focando a espiritualidade. Aprender a perdoar, a ponto de esquecer todos os males que as pessoas me tenham feito. O dia em que todos esses fatos estiverem mortos em minha memória eu serei mais feliz ainda. Terei galgado mais um degrau da liberdade.

_ Mas eles ainda te odeiam e prejudicam. - dirá alguém.
Apesar de saber da veracidade do fato. Responderei sereno:
_ Não é possível, isso é coisa de passado muito remoto.

E será assim. Não me lembro das brigas de rua que tive na infância e adolescência.
Eu acredito que tive, como todo moleque. Mas cadê?
Assim precisa ser para que possa cultivar a espiritualidade; que para mim significa estar voltado aos aspectos do conhecimento e das artes. Dois aspectos importantes de minha vida, vindo logo abaixo da minha familia.
Um texto que leia ou escreva. Uma música que ouça, ou traduza de algum outro idioma. A preocupação com a FOME que assola o mundo, também é espiritualidade na medida em que me retira do egoísmo, arrojando meu sentir na direção do meu semelhante, seja ele quem for, fale ele a lingua que falar. É
humano, é meu semelhante.

Acho que estes são alguns dos aspectos da espiritualidade que busco. E que tenho lutado para nela me manter. Pois dela recebi muito de bom. Um certo montante da felicidade que hoje desfruto, tem aí a sua origem.

Sei que não é tudo, mas é muito mais que sonhava obter nesta etapa de minha existência terrestre.
Ser livre de todas as crenças: Deus; Estado; Partidos Políticos; Instituições Religiosas em todas as suas vertentes e dissidências; das obrigações que a nós mesmos nos impomos, o famoso "Tenho que..."; etc

Tudo isso fez parte de minha infância mental/espiritual. Nada disso tem mais valor.
Novos valores vão aparecendo, e se incorporando ao processo existencial, o que é bemvindo e salutar.
Seria de estranhar se mantivesse a mesma forma de pensar dos tenros anos da juventude.

Um outro Paulo disse: "Quando era criança pensava como criança..."
"Asi es la cosa!" - como dizem meus amigos nicaraguenses e salvadorenhos.
Em prol da Vida, e da Liberdade em vida!

Paulo Cesar Fernandes - 16/01/2012