sábado, 5 de janeiro de 2013

Mediunidade e Mesas Girantes - 05 01 2013

Aqui temos dois aspectos de bastante interesse:

1) muitas pessoas gostariam de ser médiuns, mas para isso apenas a observação detalhada e sistemática poderá, ao longo de um bom período de tempo definir com maior exatidão;

2) outro aspecto que veremos no trecho abaixo é das mesas girantes, fenômenos iniciais de todo o processo de comounicação entre os desencarnados e o mundo material.

Atentemos às observações de Kardec, e sigamos na nossa rota de aprendizado e conhecimento mais seguro das relações entre o mundo material e o imaterial.

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Allan Kardec  -  Livro dos Médiuns

SEGUNDA PARTE

Das manifestações espíritas

CAPÍTULO II

DAS MANIFESTAÇÕES FÍSICAS. - DAS MESAS GIRANTES


62. Nenhum indício há pelo qual se reconheça a existência da faculdade mediúnica. Só a experiência pode revelá-la. Quando, numa reunião, se quer experimentar, devem todos, muito simplesmente, sentar-se ao derredor da mesa e colocar-lhe em cima, espalmadas, as mãos, sem pressão, nem esforço muscular. A
princípio, como se ignorassem as causas do fenômeno, recomendavam muitas precauções, que depois se verificou serem absolutamente inúteis. Tal, por exemplo, a alternação dos sexos; tal, também, o contacto entre os dedos mínimos das diferentes
pessoas, de modo a formar uma cadeia ininterrupta. Esta última precaução parecia necessária, quando se acreditava na ação de uma espécie de corrente elétrica. Depois, a experiência lhe demonstrou a inutilidade. A única prescrição de rigor obrigatório é o recolhimento, absoluto silêncio e, sobretudo, a paciência, caso o efeito se faça esperar. Pode acontecer que ele se produza em alguns minutos, como pode tardar meia hora ou uma hora. Isso depende da força mediúnica dos co-participantes.



63. Acrescentemos que a forma da mesa, a substância de que é feita, a presença de metais, da seda nas roupas dos assistentes, os dias, as horas, a obscuridade, ou a luz etc., são indiferentes como a chuva ou o bom tempo. Apenas o volume da mesa deve ser levado em conta, mas tão-somente no caso em que a força mediúnica seja insuficiente para vencer-lhe a resistência. No caso contrário, uma pessoa só, até uma criança, pode fazer que uma mesa de cem quilos se levante, ao passo que, em condições menos favoráveis, doze pessoas não conseguirão que uma mesinha de centro se mova.
Estando as coisas neste pé, quando o efeito começa a produzir-se, geralmente se ouve um pequeno estalido na mesa; sente-se como que um frêmito, que é o prelúdio do movimento. Tem-se a impressão de que ela se esforça por despregar-se do chão; depois,
o movimento de rotação se acentua e acelera ao ponto de adquirir tal rapidez, que os assistentes se vêem nas maiores dificuldades para acompanhá-lo. Uma vez acentuado o movimento, podem eles afastar-se da mesa, que esta continua a mover-se em todos os
sentidos, sem contacto.


Doutras vezes, ela se agita e ergue, ora num pé, ora noutro, e, em seguida, retoma suavemente a sua posição natural. Doutras, entra a oscilar, imitando o duplo balanço de um navio. Doutras, afinal, mas para isto necessário se faz considerável força mediúnica, se destaca completamente do solo e se mantém equilibrada no espaço, sem
nenhum ponto de apoio, chegando mesmo, não raro, a elevar-se até o forro da casa, de modo a ser possível passar-se-lhe por baixo. Depois, desce lentamente, baloiçando-se como o faria uma folha de papel, ou, senão, cai violentamente e se quebra, o que prova de modo patente que os que presenciam o fenômeno não são vítimas de uma ilusão de ótica.


64. Outro fenômeno que se produz com freqüência, de acordo com a natureza do médium, é o das pancadas no próprio tecido da madeira, sem que a mesa faça qualquer movimento. Essas pancadas, às vezes muito fracas, outras vezes muito fortes, se fazem também ouvir nos outros móveis do compartimento, nas paredes e no forro. Dentro em pouco voltaremos a esta questão. Quando as pancadas se dão na mesa, produzem nesta uma vibração muito apreciável por meio dos dedos e que se distingue
perfeitamente, aplicando-se-lhe o ouvido.


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No que diz respeito ao processo de desenvolvimento da mediunidade, em muitos lugares se fez o avanço para o processo de conhecimento da mediunidade.

Muitas vezes, dentro do Curso de Mediunidade, por um criterioso registro e análise do desenvolvimento, do progresso de cada participante nas suas sensações, e possíveis sinais apresentados, pode a pessoa que coordena o curso de mediunidade como maior possibilidade de acerto encaminhar a pessoa para uma reunião mediúnica, para atuar como médium mesmo, ou ser sincera com a pessoa dizendo-lhe não ter mediunidade,. Mas isso não é impedimento para que trabalhe na casa espírita.

Em geral, em lugarea bem orientados, tais pessoas são alocadas nas reuniões, aí atuando como suportes energéticos para a harmonização maior do ambiente mediúnico.

Sendo a mediunidade, segundo Kardec, uma predisposição orgânica, podemos pensá-la como algo a se construir a partir do momento da concepção, evidentemente levando em consideração todas as experiências de comunicação acumuladas pelo espírito em sua trajetória existencial.

Comunicação é um processo capaz de ser aprendido. Dessa maneira, aprende o espírito comunicante a se comunicar; bem como aprendem os médiuns a cederam de bom grado seu físico para a consecução de um processo de comunicação mediúnica.

E sempre são levadas em conta todas as experiências das encarnações anteriores.

Mediunidade é um processo natural e belo. Permite uma série de consolações e de alegrias incapazes de ser imaginadas pelos materialistas contumazes.

O espiritismo é uma porta de ampliação de possibilidades de compreensão da existência, trazendo ao indivíduo sério uma responsabilidade bem maior para com os próprios atos. e nesse contato entre a esfera material e a imaterial muito de aprendizado se consolida; quer numa Casa Espírita, quer num Lar bem estruturado, onde uma atividade de estudo tenha constância e regularidade.

Espíritos sérios e voltados para o Bem Maior não se ligam a pessoas de vida desregrada e sem responsabilidade e respeito para com eles. É da Lei de Afinidade; uma das leis components da Lei Natural, regente de nossos destinos.


Paulo Cesar Fernandes

05  01  2013


sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Reflexão 2013 01 04 - Muito pouco para muito

Partir de um texto, fazer reflexões existenciais sobre nossos pensamentos e atos, no sentido de aprimorá-los, é realmente uma coisa impactante na nossa vida diária.

Chamemos de meditação, prece, ou qualquer outro nome desejado.

É fato a alteração provocada por esses trinta ou quarenta minutos na nossa trajetória existencial.
Não somos os mesmos, nos pensamentos e nos atos.
Uma tranquilidade passa a nos acompanhar; e uma vigilância mais perene se apodera de nós quanto aos nossos pensamentos.

Não mais iracundos, os intransigentes como eu. Relativização dos fatos ao nosso redor.


Nasce um diferencial.


Teve inicio na minha vida no pior momento da minha existência: o segundo semestre de 2011.
O Semestre Terrível. O mundo desabando ao meu redor:
Doença na família. Desequilíbrio meu. Fragilidade ante um quadro desagrádável, renascido do passado.


Eu precisava me fortalecer.


Não sei de onde veio a idéia, se inspirado, ou da necessidade advinda da dor.

O fim de tarde seria tempo de meditação. Revendo o dia até a hora e planejando o futuro.

Uma batalha nos primeiros meses, e pouco a pouco as negras nuvens se foram dissipando.
A taquicardia saiu do quadro existencial.

Bem estar e sensibilidade aflorando. Um sono mais reparador.


O fluir dos textos são um demonstrativo desse outro momento de paz e criatividade.

A Felicidade tendo foco dentro de mim.

Sem ilusões infantis. Sem necessidades materiais de qualquer ordem.

A simplicidade franciscana como meta tem sido elemento de grande poder nesse processo todo.


Num poema eu disse, com muita verdade nisso:
   Fora de mim o Nada.
   Atrás, apenas o pó da estrada.



E não é egoísmo pois vivo na solidariedade.
Na luta por um mundo melhor.
Não me meto em maracutaias.
A ética me é ancestral.
Escolhi a simplicidade e a filosofia.

Numa corrente grandiosa:

Filosofia  »»»  Liberdade  »»»  Criatividade  »»»  Felicidade.


Mas não estou só nesse processo.
Conto com amigos espirituais, muitos eu creio.
Pois toda tarde é um renascer. Um bem estar sem fronteiras.

Amigos hispanicos que gostam das coisas que escrevo, inclusive no Blog Pour Kardec - De teoria Espírita


Daí concluí que não necessitamos de instituições de nenhuma ordem.
Precisamos apenas instituir em nossa vida a Vontade de Servir; a Sinceridade; e a alma totalmente voltada para o Bem.

Assim é! E assim há de continuar sendo.


Paulo Cesar Fernandes


04  01  2013



2013   Ano I   Era da Justiça