quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Amar. Apesar de...

Se formos esperar pela perfeição nada faremos.
Sei dos meus defeitos. E daí?
Todos os temos de uma forma ou de outra.
Apesar deles procuro servir as pessoas ao meu redor na medida do possível.



A batalha maior é contra minha incapacidade de lidar com gente desonesta, em primeiro lugar os que roubam o dinheiro do povo.
Os quero todos, o mais cedo possível na cadeia.
Sei que devo amar essas pessoas, mas lembro da dor que sentia, ao ver o povo de Santo André ser mal cuidado, naquela prefeitura onde o roubo foi tanto, a ponto de vitimar seu prefeito quando este quis cessar o processo.


Entre amar o povo sofrido, e os ladrões, não tenho alternativa, amo ao povo e desprezo os ladrões.


Pedindo à Vida que cada qual pague por cada ato seu. Na primitividade em que se encontram não são capazes de aquilatar a extensão do mal  em cada um de seus atos.


São como primatas, matam para sobrevivência.

Estes primitivos da política assim o são.

Mataram pela manutenção de suas benesses materiais. Primitivos. Espíritos primitivos mesmo.
Não podemos condená-los.

Eu não condenava minha cadela quando matava uma pomba. Não brigava com ela. Seres há instintivos. Irracionais. Vivem imersos na materialidade qual os animais.


Como condená-los?


Nós, eivados de defeitos qual somos, deixemos isso a cargo da justiça. Que ela bem cuide desses seres.


Nossa função nesta Terra é amar.


Independentemente da primitividade.

Quando a moto matou a Niña eu sofri muito.

E sendo sincero, me dá mal estar, ver pessoas com as quais tive contato, serem postas em galera em
regime fechado. Mas assim decidiu a Justiça, e esta é ainda falha nos seus critérios de intituir as penas, primam critérios políticos, mas é o melhor mundo possível, segundo Leibnitz. Assim sendo o aceitemos qual é.


Se amamos nossos animais.
Se somos portadores de defeitos.

Por que motivo não perdoar e buscar amar esses seres primitivos que fazem da política fonte de benesses pessoais?


Será uma longa trajetória.
Mas trajetória inevitável.


Paulo Cesar Fernandes

20  12  2012

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Nas pegadas do Mestre



Escrito pelo espirito de Vinicius, e psicografado por Chico Xavier foi o primeiro livro espírita que li, aos 7 ou 8 anos, pois já lia desde os 5 por método associativo. Era uma capa com a imagem de Jesus com seus longos cabelos, ainda a vejo na tela da memória.


Contam os familiares que aos 5 anos eu tomava um remédio chamado "Calcigenol" para aumentar o calcio. E numa ocasião, não o tendo na farmácia trouxeram outro, e no momento da administração ouviram:

_ Esse não é Calcigenol.

E de forma lenta como é de imaginar li o nome do remédio.
A partir disso, ganhei um caderno, obrigações e atividades de escrita passadas por minhas irmãs.
Quebrei a cara! Nunca fui de ficar calado mesmo. Desde cedo.



Mas agora, neste fim de tarde, enquanto lia alguma coisa para reflexão, esse nome de livro me chegou à mente, e a gratidão por ter cedo recebido o encaminhamento ao espiritismo.

Afortunadamente muitas coisas mudaram no tempo. Mudou o movimento espírita, mudei eu, e seguiremos mudando pois esta é a dinâmica do tempo. Tudo muda.


Mas hoje, no Livro dos Médiuns eu comecei:

CAPÍTULO IV

DOS SISTEMAS

36. Quando começaram a produzir-se os estranhos fenômenos do Espiritismo, ou, dizendo melhor, quando esses fenômenos se renovaram nestes últimos tempos, o primeiro sentimento que despertaram foi o da dúvida, quanto à realidade deles e, mais ainda, quanto à causa que lhes dava origem. Uma vez certificados, por testemunhos irrecusáveis e pelas experiências que todos hão podido fazer, sucedeu que cada um os interpretou a seu modo, de acordo com suas idéias pessoais, suas crenças, ou suas prevenções. Daí, muitos sistemas, a que uma observação mais atenta viria dar o
justo valor.


Julgaram os adversários do Espiritismo encontrar um argumento nessa divergência de opiniões, dizendo que os próprios espíritas não se entendiam entre si A pobreza de semelhante razão  prontamente se patenteia, desde que se reflita que os passos de qualquer ciência nascente são necessariamente incertos, até que o tempo haja permitido se colecionem e coordenem os fatos sobre que possa firmar-se a opinião.


À medida que os fatos se completam e vão sendo mais bem observados, as idéias prematuras se apagam e a unidade se estabelece, pelo menos com relação aos pontos fundamentais, senão a todos os pormenores. Foi o que se deu com o Espiritismo, que não podia fugir à lei comum e tinha mesmo, por sua natureza, que se prestar, mais do que qualquer outro assunto, à diversidade das interpretações. Pode-se, aliás, dizer que, a este respeito, ele andou mais depressa do que outras ciências mais antigas, do que a medicina, por exemplo, que ainda traz divididos os maiores
sábios.


«««


As diferentes formas de encarar não só os fenômenos, como as ilações filosóficas deles advindas, são um produto natural do processo de evolução das idéias no tempo.


Pessoas e instituições mais conservadoras, preferem manter sua forma de pensar e suas práticas como dantes.

Outras buscam a constante renovação.


Ambas estão corretas, na justa medida de atenderem a públicos distintos, e de divergentes padrões culturais.

Cada qual no seu caminho escolhe o melhor roteiro para sua jornada.


Quer se trate de uma pessoa ou de uma instituição.

Respeitemos as escolhas dos demais, e harmonizemos nosso viver com nossos semelhantes.

O primeiro passo para um mundo melhor!


Paulo Cesar Fernandes

19  12  2012

Companhias

"Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és"


Adágio popular de grande sabedoria.
Com grande alegria me vejo distante, por cinco anos dos balcões de bares e padarias.
A triste fase se foi. Mas requer constante vigilância, e a busca do Bem, para manter o bem estar.
Pão, leite e doces são os únicos itens de interesse nas padarias.



Fui mais longe, me afastei de todos os recantos onde houvesse possibilidade de competitividade.
No trabalho, aposentei.
Nas instituições que participava, me afastei. E me afastei exatamente por esse motivo. Não quero competir com ninguém.



Se combato o capitalismo, por sua competitividade massacrante do homem, fazendo dele um joguete das circunstâncias. Tirando-lhe a capacidade de um Ser racional, capaz de buscar a sua libertação. Como poderia estar vinculado a instituições onde a competição é forte. Lugares onde me caçam a palavra e a oportunidade de expor minhas idéias. Participei duma reunião no Forum da Cidadania de Santos, mas não disse palavra. Percebi, a palavra ali tinha seus donos. Reunião tumultuada com Egos em alta. Ao final me desculpei com quem me convidara. Não é meu lugar.


Solidão? Sim.


Encarnados tenho minha família. E me basta.


Mas desencarnados, tenho tido a alegria de sentir todo o Bem pelos amigos trazida.


Quem são?  Não me importa saber.

Sei que são bons, benevolentes, e voltados para as áreas de meu interesse: música; filosofia; ciência e artes em geral.


E sempre me ajudando a focar meu eixo na Espiritualidade, melhor dizendo, no abstrato da vida. Todo o que nos aparte da materialidade vigente em nosso planeta. Mesmo entre religiosos de todos os matises.


Que mais esperar da vida senão um mergulho mais profundo nesse benevolente universo.


Nos Centros Espíritas que tenho ido, sou um ilustre desconhecido. Assim prefiro eu. Afinal, nascido e formado num Centro Espirita, esse ambiente me é necessário. E ser apenas um, entre tantos na platéia, é uma benção. São idéias distantes das minhas, mas não emito opiniões, e busco ser carinhoso com meus semelhantes.

Afinal para aprender a amar aqui estamos.
Amo os do passado, do presente e espero seguir amando os que o futuro venha me trazer.


A vida é curta, e tenho pouco pela frente.
Amar com intensidade.
Fugir das desavenças.
Buscar o Bem.


Devem ser as prioridades do ano de 2013 e seguintes...
Espero cumprir estas metas.


Paulo Cesar Fernandes

19  12  2012



Nota:

Competitividade

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
    

A competitividade é a característica ou capacidade de qualquer organização em lograr cumprir a sua missão, com mais êxito que outras organizações competidoras. Baseia-se na capacidade de satisfazer as necessidades e expectativas dos clientes ou cidadãos aos quais serve, no seu mercado objectivo, de acordo com a sua missão específica, para a qual foi criada.

A competitividade é frequentemente vista no contexto da economia de mercado. Neste sentido, a competitividade empresarial significa a obtenção de uma rentabilidade igual ou superior aos rivais no mercado. Se a rentabilidade de uma empresa, numa economia aberta, é inferior à dos seus rivais, embora tenha com que pagar aos seus trabalhadores, fornecedores e accionistas, a médio ou longo prazo estará debilitada até chegar a zero e tornar-se negativa.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Sugestões de Allan Kardec

Sugestões de Allan Kardec para quem queira conhecer melhor o Espiritismo.
Ninguém melhor que ele para indicar o caminho. Isto em:


Allan Kardec  -  Livro dos Médiuns  -  Capítulo III  -  Do método

35. Aos que quiserem adquirir essas noções preliminares, pela leitura das nossas obras, aconselhamos que as leiam nesta ordem:

1º - O que é o Espiritismo? Esta brochura, de uma centena de páginas somente, contém sumária exposição dos princípios da Doutrina Espírita, um apanhado geral desta, permitindo ao leitor apreender-lhe o conjunto dentro de um quadro restrito. Em poucas palavras ele lhe percebe o objetivo e pode julgar do seu alcance. Aí se encontram, além disso, respostas às principais questões ou objeções que os novatos se sentem naturalmente propensos a fazer. Esta primeira leitura, que muito pouco tempo consome, é uma introdução que facilita um estudo mais aprofundado.

2º - O Livro dos Espíritos. Contém a doutrina completa, como a ditaram os próprios Espíritos, com toda a sua filosofia e todas as suas conseqüências morais. E a revelação do destino do homem, a iniciação no conhecimento da natureza dos Espíritos e nos mistérios da vida de além-túmulo. Quem o lê compreende que o Espiritismo objetiva um fim sério, que não constitui frívolo passatempo.

3º - O Livro dos Médiuns. Destina-se a guiar os que queiram entregar-se à prática das manifestações, dando-lhes conhecimento dos meios próprios para se comunicarem com os Espíritos. E um guia, tanto para os médiuns, como para os evocadores, e o complemento de O Livro dos Espíritos.

4º - A Revue Spirite. Variada coletânea de fatos, de explicações teóricas e de trechos isolados, que completam o que se encontra nas duas obras precedentes, formando-lhes, de certo modo, a aplicação. Sua leitura pode fazer-se simultaneamente com a daquelas obras, porém, mais proveitosa será, e, sobretudo, mais inteligível, se for feita depois de O Livro dos Espíritos.

Isto pelo que nos diz respeito. Os que desejem tudo conhecer de uma ciência devem necessariamente ler tudo o que se ache escrito sobre a matéria, ou, pelo menos, o que haja de principal, não se limitando a um único autor. Devem mesmo ler o pró e o contra, as críticas como as apologias, inteirar-se dos diferentes sistemas, a fim de poderem julgar por comparação.

Por esse lado, não preconizamos, nem criticamos obra alguma, visto não querermos, de nenhum modo, influenciar a opinião que dela se possa formar. Trazendo nossa pedra ao edifício, colocamo-nos nas fileiras. Não nos cabe ser juiz e parte e não alimentamos a ridícula pretensão de ser o único distribuidor da luz. Toca ao leitor separar o bom do mau, o verdadeiro do falso.


Paulo Cesar Fernandes

18  12  2012