Lito Vitale
Chego na praia sob a égide do som. São os teclados do jovem argentino executando algumas músicas, dentre elas "Nostalgias Santiagueñas" toda ela uma só emoção.
O coração salta a cada acorde. Não sei por que razão a música me maltrata tanto assim. Ou será que não é maltratar?
Afinal a música pode ser para Santiago del Estero; Santiago do Chile ou outra qualquer Santiago atada à sensibilidade do seu autor.
Lito chega ao piano aos 3 anos de idade. Ainda não para compor, mas já fazia algum estrago.
O engenheiro de som Jorge |Portugues conta da primeira vez que
Lito chegou ao seu estúdio de gravação:
_ Tinha 14 anos o menino, quando senta ao piano e começa a tocar eu quase desmaio.
Era já um artista feito depois de aulas com dois renomados profissionais.
Fredrich Myers advoga a tese da genialidade ser coisa a brotar do inconsciente. Hipótese que nego a princípio.
Ao ver Lito Vitale; León Gieco; Gilberto Gil e alguns outros sou obrigado a admitir a possibilidade.
Segundo penso, nessa tida genialidade se soma o ambi9ente cultural do lar, as experiências atuais do artista isto se somando a todo arsenal trazido de pregressas experiências.
Na atualidade neurologistas tem catalogado a genialidade como a extensão do corpo do gênio: o piano seria a extensão do corpo de Lito Vitale; a guitarra a extensão do corpo de Gilberto Gil ou Jimi Hendrix; a bola a extensão do corpo de Neymar; e a raquete de tenis a extensão do corpo de Guga.
As concepções neurológicas em nada ferem meu raciocínio espírita, onde as experiências de cada vida se vão acumulando, somando e desaguando no que hoje somos.
É de se lembrar a força do ambiente cultural no Lar. Mas determinantes são nossas passadas experiências; quer nos reportemos as experiências passadas desta vida; quer nos estejamos referindo às vidas todas de nossa existência. Às remotas experiências espirituais.
Paulo Cesar Fernandes
05 02 2014
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