sábado, 10 de maio de 2014

20140205 Lito Vitale

Lito Vitale


Chego na praia sob a égide do som. São os teclados do jovem argentino executando algumas músicas, dentre elas "Nostalgias Santiagueñas" toda ela uma só emoção.


O coração salta a cada acorde. Não sei por que razão a música me maltrata tanto assim. Ou será que não é maltratar?


Afinal a música pode ser para Santiago del Estero; Santiago do Chile ou outra qualquer Santiago atada à sensibilidade do seu autor.


Lito chega ao piano aos 3 anos de idade. Ainda não para compor, mas já fazia algum estrago.


O engenheiro de som Jorge |Portugues conta da primeira vez que
Lito chegou ao seu estúdio de gravação:


_ Tinha 14 anos o menino, quando senta ao piano e começa a tocar eu quase desmaio.


Era já um artista feito depois de aulas com dois renomados profissionais.


Fredrich Myers advoga a tese da genialidade ser coisa a brotar do inconsciente. Hipótese que nego a princípio.


Ao ver Lito Vitale; León Gieco; Gilberto Gil e alguns outros sou obrigado a admitir a possibilidade.


Segundo penso, nessa tida genialidade se soma o ambi9ente cultural do lar, as experiências atuais do artista isto se somando a todo  arsenal trazido de pregressas experiências.


Na atualidade neurologistas tem catalogado a genialidade como a extensão do corpo do gênio: o piano seria a extensão do corpo de Lito Vitale; a guitarra a extensão do corpo de Gilberto Gil ou Jimi Hendrix; a bola a extensão do corpo de Neymar; e a raquete de tenis a extensão do corpo de Guga.


As concepções neurológicas em nada ferem meu raciocínio espírita, onde as experiências de cada vida se vão acumulando, somando e desaguando no que hoje somos.


É de se lembrar a força do ambiente cultural no Lar. Mas determinantes são nossas passadas experiências; quer nos reportemos as experiências passadas desta vida; quer nos estejamos referindo às vidas todas de nossa existência. Às remotas experiências espirituais.



Paulo Cesar Fernandes

05 02 2014

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