segunda-feira, 5 de maio de 2014

20140505 Dar atenção a quem merece

Aos leitores da Revista
 
Cartas não assinadas
 
Revista Espírita, março de 1860



Recebemos, algumas vezes, cartas trazendo por única subscrição: um de vossos assinantes, um de vossos leitores, um de vossos adeptos. etc., sem outra designação.


Essa cartas contêm, na maioria, relatos de fatos, de comunicações espíritas, ou de questões às quais nos pedem responder, ou ainda o pedido de evocar certas pessoas.


Cremos dever prevenir nossos leitores, assinantes ou não, de que toda carta não autêntica, é para nós não advinda e não temos por ela nenhuma consideração.


Nos nossos comentários usamos de uma grande reserva, quanto à publicação de nomes próprios, porque compreendemos a necessidade de certas posições, e é por isso que não nomeamos senão aqueles que para isso nos autorizam; mas não poderia ser o mesmo com respeito as comunicações que nos fazem: tudo o que não estiver assinado é colocado no lixo, sem mesmo ser lido, porque os nossos trabalhos são múltiplos demais para podermos ocupar-nos daquilo que não tem um caráter sério.



ALLAN KARDEC

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Algumas pessoas, não compreendendo o volume de atividades do Sr. Allan Kardec, podem achar esta atitude de alguma forma antipática. Mas longe está disso.


Tinha tão somente o desejo de ocupar seu tempo de forma mais útil, dedicando-o a pessoas realmente interessadas, e sem medo de identificar-se.


Quantas vezes na Revista Espírita privou o público do nome da pessoa que lhe mandava a carta? Inúmeras. Quem se ocupa da RE bem o sabe.


É natural a um homem de sua seriedade precaver-se quanto ao uso de seu tempo.


Mesmo nós, distantes que estamos dessa seriedade e ocupação. Não temos nós, nas redes sociais, critérios para o aceite de novas amizades?


Se me contata alguém identificado como "xyz920", seguro vou saber quem é, através das suas postagens, dos seus amigos, músicos, livros, e dos seus interesses de forma geral.


Rejeito sem pena pessoas vazias, cujos hábitos e interesses sejam distantes das coisas na qual creio.


É uma forma de evitar futuros problemas.


Acertadamente, essas missivas não assinadas, Kardec encaminhava ao lixo. Distantes estamos dele, mas seu exemplo, inclusive nesse ponto, nos deve servir por referencial.


Em diversas áreas do conhecimento, podemos contar com espíritos e obras referenciais para nossa vida, com prováveis desdobramentos em nossa existência. São Seres que engrandecem nossa passagem pela Terra.



Paulo Cesar Fernandes

05 05 2014

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