quinta-feira, 18 de julho de 2013

20130718 Tuas crenças

"Temos um altar."
Paulo aos Hebreus 13:10



Será que temos um altar fora de nossa individualidade?


Será essa procura da felicidade nas prateleiras e gôndolas não significar a busca do Bezerro de Ouro da Antiguidade? Assumindo o Consumo o foco central das preocupações de maior parcela da humanidade?


Nada há de errado nisso. Nem no niilismo. Nem no hedonismo. Nada há de errado em tudo.


Procure o homem a sua felicidade onde melhor lhe aprouver. Tem plena liberdade para isso. O Livre Arbítrio Radical está aí para garantir essa plenitude de busca.


Só uma coisa.


Quantos encontram a felicidade, a verdadeira, mais profunda, nos altares da "Sociedade de Consumidores"?


Ficarei muito contente, se alguns me disserem com toda sinceridade, da sua felicidade sem vazio posterior, ao atingir uma meta de consumo.


Mas o reclamo geral é diferente. O vazio invariavelmente aparece.


E o objeto de desejo já perdeu seu encanto. Afinal, a indústria lança mais e mais objetos de desejo a cada período. E de meta em meta segue o homem, dentro da materialidade, a não se ver no espelho como um ser humano, mas um objeto. Se trajando e portando
segundo as normas do mercado.


_ É um homem do seu tempo. Que mal há nisso?


Não me cabe questionar a vida de quem quer que seja. A única questão capaz de ser posta a todos nós, seres minimamente pensantes é:


_ Somos felizes?


E quanto a nós, cuja visão de imortalidade do espírito rasga as barreiras do passado e do futuro, uma outra coisa pode ser colocada:


_ Estamos usando as possibilidades todas, abertas pelo tempo no sentido mais altruísta da vida?


Dizendo curto e grosso:


_ Somos úteis de alguma forma a nossos semelhantes?


Estou sereno em apresentar as questões, pois sou o primeiro destinatário de todas elas. O primeiro.


E não me proponho a ser líder ou guru de ninguém. Quem busca um guru não o terá em mim. Estarei sempre forçando as pessoas a buscarem autonomia.


Quem não tem pensamento autônomo "É pensado." e não pensa.


Quando fazemos o altar de nossas vidas partindo de nossa Razão, e de nossa Sensibilidade, trazemos para nós o mérito da Felicidade venhamos a desfrutar.


Somos nós e o mundo. Entidades opostas.


Ou temos a matriz de nossa felicidade no mundo, isto é, fora de nós. Ou a colocamos dentro de nós, em nosso domínio, em nossas mãos.


A escolha é tua minha companheira. A escolha é tua meu companheiro.


Religiosos e ateus, todos temos altares aos quais devotamos 
algumas crenças, ou uma crença pelo menos.


_ Qual é a tua?


Paulo Cesar Fernandes

18 07 2013

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