Um caminho simples de terra, beirando uma alta cordilheira. Os Andes. Estou nesse caminho pelas mãos de Ricardo Vilca, sua música e seu sentir das tradições tão antigas de seu amado povo.
Abaixo, à minha direita, um verdejante vale. Onde um rio o corta, serpenteando e abastecendo as casas de teto de zinco, tal qual as casas avistadas por mim do ponto mais alto de La Paz, na Bolívia.
Nesse vale as casas são esparsas. Distam umas das outras. Vivem em harmonia, cada qual com seu cultivo, seu plantio.
O escambo se dá como fato histórico, e ancestral da vila. E nunca houve brigas. São e se sentem verdadeiros irmãos, naquela distância total.
É de solidariedade feita a relação humana.
"Ou nos unimos ou morremos todos." diziam os avós, dos avós, dos avós da atual geração. Cultuados são.
E assim se fez a harmonia nunca perdida.
"Somos poucos. Mas dos poucos que somos, se formos bons, sobreviveremos." Outro dito ancestral.
_ "É do saber ancestral que nossos filhos e netos se alimentam." - me diz Ricardo.
Depois de me ensinar tudo isso, me devolve à poltrona, não sem antes me dar um abraço, capaz de me trazer a paz.
Portal Fernandes (via Paulo Cesar Fernandes
13 07 2013
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