quarta-feira, 12 de junho de 2013

20130612 Decisões

"E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo."
Jesus numa anotação de Lucas 14:27



Que cruz qual nada. Tal afirmação, parte do princípio de que a vida de todo mundo é um fardo difícil da carregar. Denso. Para baixo.


Bahh! Não é nada disso!


Temos sim dificuldades temporais. Mas temos momentos de muita beleza, a nos trazer as mais leves sensações, os mais limpos pensamentos, os sentimentos mais tocantes.


Nunca cruz. Nunca fardo. Nunca desvalorizar a nossa vida, a nossa atual encarnação. E ponto final.


Estar encarnado é estar em novas possibilidades. Tendo emergentes desafios, capazes de nos levar a pontos altos de alegria interior. Vencer é sempre bom, mas vencer algo de longa data nos aborrecendo é indescritível.


Libertar-se de alguma cadeia, de algumas algemas, faz o espírito explodir de alegria e autoestima.


Para isso ganhamos o corpo. Experimentar. Vencer ou perder. Recomeçar. Essa é a dinâmica existencial, se espraiando por existências/encarnações diversas.


Não é uma lei para o agora. Mas algo imperecível a nos projetar no tempo. No tempo e no espaço. Espíritos viajores que somos.


E nossa viagem tem sim um roteiro estabelecido. A vida e os exemplos de quantos antes de nós passaram pelo planeta. Tantos filósofos nos dando diretrizes para nos conduzir retamente na vida. Kardec com sua contribuição ampliadora de nossa visão, eliminando os limitantes berço/túmulo. E mesmo cerca de nós, quantos familiares não nos servem de modelo maior? Quantos ateus e materialistas convictos, com ética modelar, conhecemos nesta vida? Eu? Muitos, muitos mesmo.


Nosso olhar atento definirá a quem seguir. Usaremos o critério dos atos como parâmetro de análise. Palavras levam os ventos, mas os atos ficam cravados na memória de todo um povo. E todos os povos da Terra tem nomes dignos de atenção. Vidas exemplares, pensamentos cristalinos, nos concitando ao Bem Maior. Sendo o Bem Maior o bem de toda a humanidade. Com cada injustiça maculando esse Bem Maior.


Não. Não seremos discípulos de Jesus tão somente. Mas, para nosso progresso, nos faremos discípulos de todo homem capaz de nos deixar uma marca  no coração. Uma lembrança doce. Um pensamento sempre positivo e esperançoso. Um exemplo inesquecível.


Muitos são os pequenos faróis ao nosso redor, lançando luz na trilhas do nosso incerto futuro.


Nos valer dessa luz, ou descarta-la, será sempre uma decisão pessoal e intransferível. Libertos que somos enquanto espíritos imortais.


Paulo Cesar Fernandes

12  06  2013

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