segunda-feira, 10 de junho de 2013

20130610 Artífices

“Aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.”
Jesus em anotação de João 3:3



Duas vertentes de pensamento podem nos acometer ao ler o texto acima:


1) tratar o texto da realidade da reencarnação. Fato, para nós espíritas, perfeitamente natural. Desde os momentos iniciais do nosso contato com os ensinos de Kardec, a Reencarnação é proposta como elemento capaz de elucidar várias questões, antes sem solução;


2) o nascimento presente em cada momento de nossa vida. Sempre somos capazes de renascer.


Este segundo item é meu foco hoje.


Por vezes, temos pensamentos descontrolados chegando até nós. E nos envolvendo. Podemos seguir no torvelinho desencontrado, ou parar. Fazer uma pausa. Asserenar os ânimos, e permitir à essa serenidade encontrar nosso coração e nossa mente. Um alívio. Renascemos por assim dizer.


O trabalho em demasia. Estamos a ponto de estourar. Vamos almoçar e o almoço se nos embrulha no estômago. Os problemas profissionais pululando em nossa mente.


É preciso dizer um basta!


Isso não é viver!


Essa é a hora de encontrar um lugar tranquilo: quer na organização onde trabalhamos, quer fora dela, para termos um tempo nosso. Apenas nosso.


Somos espíritos, e precisamos buscar e construir a paz. Nesses momentos complexos da nossa existência, devemos dar a partida no motor da serenidade. Sempre tendo a certeza de contar com amigos espirituais atentos aos nossos momentos. Nunca estamos sós. Boas ou más companhias sempre circundam nossa atividade diária. Ao chegar num lugar de tranquilidade, e voltarmos os pensamentos aos nossos amigos, de pronto já os sentiremos ao  nosso redor. Ou, minimamente, perceberemos os rumos dos pensamentos e as inquietações se afastarem de nós, assim como o vento limpa o céu, nos dias de carregadas nuvens. Renascemos aí!


Estamos dentro de algum ambiente de sufocante competitividade. Intranquilidade e angústia fazem parte do nosso entorno?


Pulemos fora disso. Isso não é bom para o nosso futuro.


Quem pode amar num clima desses? Não, nada disso. A vida é feita para o amor. saltemos fora disso tudo e permitamos o renascer.


Quando o filete de luz solar atravessa a janela de meu quarto, posso me preparar para um dia tormentoso, ou para um pacífico momento de afetividade e compreensão ao semelhante. Pois na essência cada manhã é um renascimento. E o desenrolar de cada dia é atribuição nossa. Tarefa constante.


Não nos preocupemos com o reino de deus não. Nada existe fora de nós, somos o núcleo do nosso viver, sem abraçar o egoísmo por isso. E isso é importante.


A cada momento sejamos atentos ao reino do bem viver; e mais ainda, do viver para o Bem Maior. O bem de toda a humanidade. Fazendo-nos úteis a quantos de nós necessitem estaremos sim renascendo. Saindo da inércia aniquilante, renascendo para o trabalho edificante.


E ninguém fará aquilo que nos compete. Ninguém!


Somos sempre os artífices dos nossos inúmeros renascimentos. Sempre!


Paulo Cesar Fernandes

10  06  2013

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