“Aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.”
Jesus em anotação de João 3:3
Duas vertentes de pensamento podem nos acometer ao ler o texto acima:
1) tratar o texto da realidade da reencarnação. Fato, para nós espíritas, perfeitamente natural. Desde os momentos iniciais do nosso contato com os ensinos de Kardec, a Reencarnação é proposta como elemento capaz de elucidar várias questões, antes sem solução;
2) o nascimento presente em cada momento de nossa vida. Sempre somos capazes de renascer.
Este segundo item é meu foco hoje.
Por vezes, temos pensamentos descontrolados chegando até nós. E nos envolvendo. Podemos seguir no torvelinho desencontrado, ou parar. Fazer uma pausa. Asserenar os ânimos, e permitir à essa serenidade encontrar nosso coração e nossa mente. Um alívio. Renascemos por assim dizer.
O trabalho em demasia. Estamos a ponto de estourar. Vamos almoçar e o almoço se nos embrulha no estômago. Os problemas profissionais pululando em nossa mente.
É preciso dizer um basta!
Isso não é viver!
Essa é a hora de encontrar um lugar tranquilo: quer na organização onde trabalhamos, quer fora dela, para termos um tempo nosso. Apenas nosso.
Somos espíritos, e precisamos buscar e construir a paz. Nesses momentos complexos da nossa existência, devemos dar a partida no motor da serenidade. Sempre tendo a certeza de contar com amigos espirituais atentos aos nossos momentos. Nunca estamos sós. Boas ou más companhias sempre circundam nossa atividade diária. Ao chegar num lugar de tranquilidade, e voltarmos os pensamentos aos nossos amigos, de pronto já os sentiremos ao nosso redor. Ou, minimamente, perceberemos os rumos dos pensamentos e as inquietações se afastarem de nós, assim como o vento limpa o céu, nos dias de carregadas nuvens. Renascemos aí!
Estamos dentro de algum ambiente de sufocante competitividade. Intranquilidade e angústia fazem parte do nosso entorno?
Pulemos fora disso. Isso não é bom para o nosso futuro.
Quem pode amar num clima desses? Não, nada disso. A vida é feita para o amor. saltemos fora disso tudo e permitamos o renascer.
Quando o filete de luz solar atravessa a janela de meu quarto, posso me preparar para um dia tormentoso, ou para um pacífico momento de afetividade e compreensão ao semelhante. Pois na essência cada manhã é um renascimento. E o desenrolar de cada dia é atribuição nossa. Tarefa constante.
Não nos preocupemos com o reino de deus não. Nada existe fora de nós, somos o núcleo do nosso viver, sem abraçar o egoísmo por isso. E isso é importante.
A cada momento sejamos atentos ao reino do bem viver; e mais ainda, do viver para o Bem Maior. O bem de toda a humanidade. Fazendo-nos úteis a quantos de nós necessitem estaremos sim renascendo. Saindo da inércia aniquilante, renascendo para o trabalho edificante.
E ninguém fará aquilo que nos compete. Ninguém!
Somos sempre os artífices dos nossos inúmeros renascimentos. Sempre!
Paulo Cesar Fernandes
10 06 2013
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