quinta-feira, 16 de maio de 2013

20130516 Transexistencial

"Maria escolheu a boa parte, que não lhe será tirada."
Jesus anotação de LUCAS 10:42



Mas afinal, quais as coisas que não mais nos serão tiradas?


Os patrimônios do espírito. As construções imorredouras feitas por cada um de nós na sua jornada terrena e além desta.


O tempo nos é dado para irmos amealhando pequenos tesouros imateriais, e forjando uma nova estrutura espiritual.


Nessa jornada, topamos com nossos antigos vícios; nos esforçamos e vamos lutando contra eles.


Topamos ainda com desafios inicialmente tidos por insuperáveis. Mas, pouco a pouco nos acostumamos com a nova realidade, e de posse da situação, através de nossa racionalidade, vamos vencendo e superando a dificuldade. Na verdade, superando a nossa incapacidade em lidar com o novo, com aquilo não previsto.


Dificuldades sempre existirão. Mas as superações serão sempre possíveis, pois somos espíritos inacabados, em constante processo de construção.


A dificuldade ou desafio de hoje é um grande auxiliar, pois nos fortalece para as novas investidas da vida.


A vida pode até nos agredir, e agride de multiplas formas. Mas se estivermos firmes, em nossos projetos e objetivos nada nos abalará. Se tivermos feito uma escolha existencial segura e elevada no relativo à ética, estaremos fortes espiritualmente. Teremos já, amealhado a boa parte, referida por Jesus de Nazaré no trecho em
questão.


Fracos e falíveis? Todos podemos ser em determinados momentos e em determinadas situações. Mas sempre podemos fazer valer a boa parte existente em nós, e virar a mesa noutro sentido, noutra direção.


Afinal de contas somos os donos e senhores do nosso destino. Autônomos e Livres!


Insisto sempre nisso pois é de decisões conscientes e livres constituída nossa existência espiritual. Essa somatória de tempo que abarca várias encarnações. Várias oportunidades de erros e acertos. Desarranjos e rearranjos. Somos um eterno devir.


Um devir feito de constantes escolhas, livremente feitas. Sem padre, pastor, dono de Centro Espírita nem ninguém.


A existência é a coisa mais solitária que conheço. Liberta. Porém solitária.


Nas milhares e milhares de decisões a serem tomadas, podemos nos aconselhar com amigos, familiares mais sensatos. Enfim, temos
muitas possibilidades de ajuda. Mas quem puxa o gatilho da decisão é o espírito imortal. Do mais profundo de sua consciência e de seus sentimentos.


Vamos ou não fazer a melhor escolha?


Isso vai depender do projeto como espíritos imortais.


Lembrar apenas: somos seres inacabados, agregando experiências; rumo a sabedoria.


Sabedoria capaz de abarcar conhecimentos científicos e filosóficos muito amplos, uma ética intocável e uma perspectiva transexistencial.


Paulo Cesar Fernandes

16  05  2013

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