domingo, 12 de maio de 2013

20130512 Novos ventos

“Em seus caminhos há destruição e miséria”.
Paulo aos ROMANOS 3:16



Grande verdade. No caminho de todos nós encontramos a destruição e a miséria. Basta olhar o planeta em que vivemos. E ver o egoísmo nas guerras fraticidas. Os homens cada dia mais voltados para interesses de menor valor. Materialistas. Egoístas. Soberbos. Competitivos. Frutos do seu tempo. Frutos do capitalismo
internacional, que os escraviza e mata aos poucos.


Nossa mirada não pode ser inocente, tola e pueril. Temos a obrigação de olhar o mundo tal qual é. Certos de suas mazelas e desequilíbrios; mas convictos da possibilidade de uma nuvem de benevolência e justiça poder varrer a nossa Terra a qualquer momento. Trazendo-lhe a necessária renovação.


Mas não basta esperar. Somos os "empurradores desse mundo".


Através de nossos atos, pensamentos e ideais poderemos nos tornar agentes de transformação. Não há transformação sem ação. Pensamentos e atos são propulsores do futuro.


Basta! Bradamos muitas vezes. Clamando por um mundo sem egoísmo, sem vaidade, sem torpezas de qualquer espécie.


Mas todos os nossos atos são coerentes com nossos sonhos?


Abre um jornal. No papel, ou na tela do teu computador, e verás o mundo tal qual é. O painel é de miséria e destruição no caminho de todos nós. Mas em todos os tempos a Terra viveu dificuldades. E em todos os tempos os homens disseram "como agora nunca".


E pararam nisso. Ou, os que verdadeiramente caminharam nos rumos da transformação, acabaram sendo eliminados pelos interessados em manter tudo tal qual estava.


Muitos povos lamentam seus mártires. E são milhares de milhares os mártires do mundo. Nos cinco continentes. Seria deprimente enumerá-los. Mártires do passado e mártires da atualidade.


Hoje porém. No reino da palavra. No universo da Razão. Na interconectividade. Navegamos mais facilmente para possibilidades esperançosas.


Assim como num instante se pode fazer eclodir um ídolo vazio; podemos, muitos de nós, fazer eclodir um novo mundo. Um mundo onde a brutalidade e a violência não mais tenham espaço. Um mundo onde valores éticos sejam normas naturais de conduta.


Sonho? Ilusão? Nada disso!


Possibilidade!


Advinda de nossas mãos, essas mesmas mãos capazes de escrever de forma indignada, de agredir ainda. Mas mãos dulcificadas por uma outra racionalidade.


Imaterial! Longeva! Afirmativa da Era de Justiça e Paz.


Muitos queremos o Bem. Falamos no Bem. Pensamos no Bem. Poucos vivemos no Bem.


Nada de radicalidade. De falsas atitudes, de santificação inverídica. Nada do passado.


Rasgar o passado. Rasgar o presente.


Permitir o fluxo dos novos ventos. Dos novos pensamentos. Dos novos sentimentos. Dos novos atos em última instância.


Há um prenúncio desse futuro. Mas para ve-lo necessitamos ter aberta e ampliada a percepção do coração.


Este mundo apenas o vislumbra quem se vale da ótica do amor. A ótica da espiritualidade.


Paulo Cesar Fernandes

12  05  2013

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