quarta-feira, 1 de maio de 2013

20130501 Intolerância de Kardec


Verificando os poucos comentários feitos em meu Blog "Pour Kardec" um me chamou atenção e devo acatar a sugestão da pessoa, seja ela quem for.

Não apenas por curiosidade, mas por concordar com o racismo de Kardec. Nas leituras diárias do Livro dos Médiuns tenho me deparado com trechos terríveis.

Mas, acima de tudo devo respeito à opinião desse companheiro.

Segue sua opinião:


Saudações! Eu li seu relato sobre intolerância num centro kardecista e quero sugerir que faça uma pesquisa em toda a obra do Kardec, incluindo os discursos do livro Viagem Espírita em 1862, para que tome conhecimento quantas referências ele faz, em ataques aos que não pensam como ele, chamando aleatoriamente de "incrédulos, adversários, falsos espíritas", numa clara demonstração de proselitismo intolerante. Dedicou inclusive um capítulo em O Livro dos Médiuns, chamado "Método" que não passa de um "método de rotulação odiosa", onde só faz "classificar" os que não participam (mas sem apontar os nomes) dos seus ideais. Kardec, além de ser declaradamente racista, era profundamente intolerante, o que o levou, presumo, a ser absolutamente ignorado por nomes expressivos como Camille Flammarion, posteriormente. em
Sou um camarada intolerante

Sócio em 07/01/13


Respondendo ao companheiro:

Não tenho a concepção que isso seja pura intolerância.


É da condição humana a defesa de suas ideias. E Kardec era humano como nós, apenas bem mais culto. E compartia a companhia de espíritos intelectual e moralmente superiores a tudo   já visto sobre a face da Terra. Figuras como Sócrates, o filósofo grego. Estou convicto, pelo estudo feito por mim das obras de Hegel, de sua colaboração significativa na tarefa de construção do espiritismo.


O espiritismo é um marco na história da humanidade. Queiram seus adversários ou não.


A fenomenologia mediúnica, existente desde as mais remotas eras, estava presente em diversos lugares. Era vista por diversas perspectivas, mas não tinha uma diretriz claramente talhada. Uma visão sistemática sobre o fenômeno, dando-lhe a clareza necessária e colocando-o no eixo dos processos naturais da vida.


Depois da Inquisição da Igreja Católica; do protestantismo preconceituoso e alienante. Finalmente. No mundo ocidental, bate um vento capaz de higienizar as mentes e promover a verdadeira libertação do espírito, no sentido de tomar as rédeas de seu destino, e não mais pautar sua existência, material ou imaterial, fora do fundamental: sua racionalidade.


Caem por terra os padres, os pastores, os papas, os donos de centros espiritas, o autoritarismo de todas as instituições.


O espiritismo, tal como o vejo, é verdadeiramente libertador. Se soma à filosofia no engrandecimento do homem, fazendo deste homem, dono e senhor de seu destino. Assim, toda forma de tirania se esvanece.


Vejo um grande erro em Kardec: deu muita atenção aos contraditores. Perdeu muito tempo com esse tipo de gente.


O Espiritismo é! E basta!


Afinal: "Os cães ladram e a caravana passa." diz a sabedoria popular.


E sempre será assim, no contexto das ideias. Quantas ideias não tiveram, e ainda tem, opositores ferozes apesar de sua veracidade?


Alfred Lothar Wegener e a Deriva Continental é um típico exemplo. Hoje. Ainda encontramos pessoas a negar fato comprovado por diversos institutos científicos. Aferições via satélites e através de outros meios.


Apesar de tudo, os continentes se afastam.


Da mesma forma o espiritismo. Segue seu rumo no mar sereno da racionalidade.




Paulo Cesar Fernandes

01  05  2013  e  02  05  2013

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