E eu morto. Fico sem versos?
E tu já morto, me trazes teus versos?
Mas quero versos de Liberdade.
Sementes ao vento cobrindo continentes.
Brotarão na Nova-Guiné.
Bisaau, Madagascar e Goa.
Em Coimbra e Lisboa.
Ai a pequena cidade de Olinda.
Nascerá um grito.
Cheiro de incenso e mirra.
Mais viva estará a vida.
Tuas sementes estão a brotar.
Árvores de frutos fartos.
Aos famintos de Justiça.
Água dessedentando a todos os povos.
Caminho que orienta à Fonte Nova.
Repensar, renascer, reviver.
Sonhar e realizar.
Agir e pautar o amanhã.
O presente é agora.
Tua mão, tua forra.
Coração em boa hora posto.
Pois a alma é da arte.
Como a arte é da alma.
Para a alma.
E com alma executada.
Espiritual.
Arte.
Espiritualizarte.
Derrubando religiões e crenças.
Nas mãos limpas o amor.
No olhar a mansidão.
No horizonte a paz e a imortalidade.
O resto?
É resto mesmo.
Paulo Cesar Fernandes
23 06 2013
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