segunda-feira, 22 de abril de 2013

20130422 Se não tiver amor

“"Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, esse tal será bem-aventurado em seus feitos."
TIAGO, 1:25.





Todos nós somos obreiros, operários. Mas trabalhadores do Bem Maior. O Bem de todos, de toda a coletividade.

Se a Terra ainda é um ambiente, em que a injustiça e os equívocos de ação dos homens imperam, e nos dão a impressão de estar tudo perdido, de que nada mais vale a pena.


Apelo eu à tua Razão no sentido contrário. Somos todos pequenas aves, a carregar água no bico, para apagar o grande incêndio da floresta.


Que disse a ave?

_ Eu faço a minha parte.


E nós, nos limites das nossas possibilidades, vamos fazer nossa parte na grande sinfonia da Vida Maior. Como fazem os Médicos sem Fronteiras por exemplo.


Estes, nada perguntam ao semelhante, quando lhes chega aos préstimos: servem com dedicação e carinho. E passam.


_ Mas eu não sou médico! afirmará alguém para que o "incluíssemos fora" desse grupo. O grupo dos servidores gerais.


Mas todos temos habilidades, todos somos capazes de ser úteis na Sinfonia da vida. Um coração sincero, capaz de um sorriso cativante. Uma palavra fácil, tão importante nos momentos em que a dor embaça os olhos de nosso semelhante. Um aporte energético, capaz de, num abraço, recompor as energias combalidas de alguém.


Basta olhar para si sabendo-se Forte e Livre. Livre para usar os talentos recebidos da vida, ou Livre para desperdiçá-los no transcurso das horas.


Talentos todos temos. Facilidade para desenhar ou pintar. Uma voz capaz de alegrar os corações reordenando emoções.


Basta olhar para seu interior, e dele tirar uma pitada de amor ao semelhante. Essa busca do Bem residente em nós, com a mirada no semelhante, é o primeiro passo para quem quer, com sinceridade, se colocar a Serviço da Vida.


A Morte já tem servidores demais, nas fábricas de armas e de guerras, colocadas estas de pé, pela irresponsabilidade e beligerância de almas ainda nos processos primitivos da brutalidade.


Eles também serão arrastados pelo Carro da História.


Lampejos da Era de Justiça já são vistos nos céus da Terra.


Ouviremos ranger de dentes e contrariedades, de todos os beneficiários das guerras e da desumanidade. Mas o Humanismo nascente terá força. Qual um tsunami varrerá da face da Terra esse tipo de mentalidade, essa gente toda.


Novas gerações já são forjadas tendo a pauta de outros princípios norteadores.


Nós, que lutamos por um mundo de Justiça, seremos os primeiros a abrir mãos de nossos eventuais privilégios, em favor da grande massa dos deserdados do mundo. Essa gota de água guardada em nosso bico fará a diferença.


Trará o mundo solidário e livre, para todos os povos, de todos os quadrantes desta nossa Terra, bela nave a se deslocar por esse espaço sem fim; dando a cada um de nós a oportunidade de servi-la e amá-la.


Amar servindo, e servir amando mais e mais nossos semelhantes. Lembrando:

"Poderei falar a linguagem dos homens e dos anjos, se não tiver amor, nada sou."
Paulo de Tarso
(ou São Paulo como querem alguns)


Paulo Cesar Fernandes

22  04  2013

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