quinta-feira, 11 de junho de 2015

20150610 Limites

Limites


A vida tem limites?

Respondo Sim. Se tomo como intervalo o espaço [Berço - Túmulo].


Mas se olho mais profundo, e meu foco é o Ser em sua plenitude, já não consigo olhar tão somente a vida. Me alço a patamares mais altos, me baseio na existência; esse fenômeno nascido no imemorial tempo de nossa criação como um nada existencial, desprovido de conteúdos; ou simples e ignorantes como alguns afirmam.


Mas que é essa existência que me falas? - algum poderia me interpor.


Nada mais e nada menos do espraiar do Ser num processo contínuo de agregação de novos elementos em si.


Inicialmente como ProtoEspírito e aprendiz, pela oportunidade de contato com a matéria; assim vai seguindo jornada sempre 
ascensional em complexidade e cognição.


Surge a capacidade de observação, propiciando a cópia de procedimentos, uma forma rudimentar de transmissão cultural. Como exemplo temos as aves; roedores e mamíferos diversos, até chegar ao nosso semelhante mais próximo: o chipanzé. Ainda isto na fase protoespiritual.


Disto chegamos ao pensamento contínuo. Ponto inicial de nossa caminhada ética. E de nossa jornada como espírito, onde se abre a possibilidade de expansão crescente da racionalidade; e, mais importante ainda, da sensibilidade em todas as suas formas de expressão: solidariedade; afetividade; paixões fulminantes; ódios cruéis; e toda uma ampla gama de formas de sentir, dentro do campo do sensível. Inclusive a sensibilidade artística.


Esta é uma longa fase e cheia de contradições; dificuldades; dramas; mas de possibilidades por outro lado.


É a fase da Tomada de Consciência de Si. Do Si Mesmo. O Eu. E de tudo aquilo fora de Si. O nãoEu.


Nosso confronto com tudo ao nosso redor é inominável. Percebemos, sabemos das coisas e...  Mas, em nosso concurso surge a linguagem, o discurso; capaz de ordenar o nosso pensar e dar-lhe uma forma completa e coerente; um todo coeso: nasce assim o conceito.


Para a definição dos Entes (seres e coisas) ao nosso redor é necessária a estruturação de conceitos e de nomenclaturas. Os nomes designam conceitos, capazes de nos ajudar a visualizar de imediato o Ente em questão. 


E vamos seguindo nos sabendo Ser-em-Si, e nos defrontando com o outro; um outro Ser-em-Si tal como nós.


E dessa relação, pode ou não nascer o desejo de dominação de um pelo outro. Ocorrendo tal confronto, um tem que ceder e se colocar sob o comando. Nascem o Dominador e o Dominado.


O fato ocorrido entre os indivíduos, se assemelha ao corriqueiro processo entre as nações, quando medem forças entre si.


Longe de ser malefícios, tais confrontos são promotores de progresso individual; ou mesmo do progresso de coletividades inteiras. Por mais doloroso seja, tanto no âmbito individual como no das sociedades ou nações.


Mas viver é progredir, ampliar formas de ver a si mesmo e aos demais. Um processo nascido no seio da família; abre espaço se voltando para a cidade na qual vivemos; e em sucessivas ampliações acaba por ter no amor à Humanidade: terrestre e universal (dos universos vários).


Se a vida é amor. Gerada pelo amor, fortalecida apenas no amor; essa vida não pode enfrentar barreiras ou limitações de qualquer ordem.


Nessa perspectiva se insere a plena e total Liberdade do Ser. Quando a racionalidade sensível comandar o homem todos os sonhos serão realizados, pois teremos posto abaixo o egoísmo escravizante de nossa era. Chegando finalmente no Amor Maior, o Amor por toda a Humanidade.


Somos todos iguais. Da Criação à Sabedoria percorremos semelhantes roteiros, com variações já previstas na Leis Naturais ordenadoras da vida material e da vida ética.


Esta é a fase dos voos mais amplos e da Felicidade mais profunda. Não mais teremos limitantes ao nosso progresso intelecto-ético ou intelecto-moral.


Um futuro muito melhor espera por todos nós!


Paulo Cesar Fernandes


10/06/2015

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