segunda-feira, 16 de junho de 2014

20140205 A Linha do Horizonte

A Linha do Horizonte

Muitas pessoas na praia.


Mas não percebem ao longe, muito longe uma linha reta: a linha do horironte. O horizonte do nosso olhar, quando baixamos e quando levantamos essa linha nos persegue os olhos. Ponto de referência para quem vive do desenho e da pintura. Descoberta por Leonardo da Vinci, tem muito servido de referencial para muitas pessoas.


Se afasta mais e mais quando dela nos aproximamos. Para os antigos demarcava o fim do mundo, gerando mitos e temores infundados como infundados são tantos temores que inda hoje guardamos dentro de nós.


Tememos os horizontes novos. Preferimos o conhecido, o já testado e aprovado. Arriscar é perder, para muitas pessoas. O pensar dentro do universo da mesmiçe nos garante a compreensão e o apoio geral.


E como precisamos disso. Somos, em geral, pessoas nutridas pela aprovação e amparo dos outros. Nos vemos, com isso, donos de algum poder.


Ilusões. E ilusões nos imobilizam, por mais atividades desempenhadas. Imóveis no espírito, no pensamento.


Olhemos o mundo. Somos assim de uma forma ou de outra, numa ou em outra área. Afinal somos seres incompletos, em constante e ininterrupto processo de complementação. Na verdade Infinito processo, dada a evolução infinita.


Mas não há horizonte fechado, fronteiras para a vontade do homem. Este persiste quando tem claros os objetivos. E o homem precisa de objetivos.


"Saco vazio não fica em pé" diz o adágio popular. E a atualidade é plena de vazios sempre ao res do chão: viagens; compras; cargos; excursões renovadas; etc.


Tudo ao res do chão. Ciscamos os grãos como os pombos, ao res do chão. Incapazes de olhar para cima. Singrar os ares nas asas do pensamento. Planar acima da materialidade, do materialismo.


Horizontes superiores nos são interditos e mesmo adversos. Vivemos. cada um de nós, em nossa zona de conforto.


Mas assim é, e talvez assim deva ser mesmo. Cada qual faz do seu tempo a sua vida. Faz "o que lhe dá na veneta", como diziam meus avós.


Colhe sempre os frutos das sementes ao vento lançadas.


Dito isto sem pieguismo, sem religiosidade de qualquer espécie.


Racionalidade pura. Assim somos mais das vezes.


Mudar é simples questão de ajuste ante a Lei Natural.


Paulo Cesar Fernandes

05 02 2014   digitado e finalizado em 16 06 2014

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