terça-feira, 29 de abril de 2014

20140429 Palingenesia

Palingenesia


Quando procuramos a palavra palingenesia no Diconário Aurélio Buarque de Holanda encontramos: regeneração, renascimento.


No Michaelis, por exemplo, temos:


palingenesia   (pa.lin.ge.ne.si.a    (sf singular feminino (pálin+gênese+ia

1 Renascimento.
2 Regeneração.
3 Sistema filosófico da História segundo o qual as revoluções se reproduzem em determinada ordem.


Mas quando em suas obras, o Professor Herculano Pires, ou Humberto Mariotti usam a palavra, esta tem outra significação. Tem o sentido das vidas sucessivas; da reencarnação.


Essa concepção existente de muitos séculos, teve em Allan Kardec seu simplificador. Trouxe ele o fato à sua expressão mais simples.


Depois de anos a estudar os fatos espíritas, a relação existente entre os seres na corporeidade e os dela libertos, estabeleceu seu veredicto, colocando a reencarnação ou palingenesia dentre os fenômenos naturais da existência.


No Livro dos Espíritos, dentro do Capítulo IV, Da pluralidade das existências, trata de diversos aspectos atinentes à questão.


Talvez não todos, mas significativos o suficiente para nos dar uma visão clara desse fato natural, a que todos estamos sujeitos, queiramos ou não; aceitemos ou rejeitemos.


Nestes itens se pautou Allan Kardec: 1. A reencarnação; 2. Justiça da reencarnação; 3. Encarnação nos diferentes mundos;
4. Transmigração progressiva; 5. Sorte das crianças após a morte; 6. Sexos nos Espíritos; 7. Parentesco, filiação; 8. Parecenças físicas e morais; 9. Idéias inatas.


Aqueles que, da infância convivem com a ideia, e com os fenômenos mediúnicos no seio do lar, não conseguem conceber a vida de outra maneira. O conceito palingenésico povoa a vida em cada pensamento, em cada ato.


Não tem como. Ou assim é ou não somos espíritas. Afinal a Imortalidade do espírito; sua capacidade de comunicação com os encarnados e sua evolução infinita são elementos fundantes da concepção espírita, com ou sem decorrências éticas dependendo da constituição familiar de cada espírito.


Sobre isto os itens 7 e 8 acima citados trazem elementos capazes de nos elucidar, e trazer elementos de reflexão.


Tenho dito que "somos todos fruto dos nossos antepassados". Os que tem familia com valores claramente definidos, tem determinadas posturas durante sua vida; os nascidos em familias menos atentas à ética, vão no vai da valsa da siciedade em que vivem.


Nada há a lamentar, e ninguém pode ser juiz de qualquer outro. Somos espíritos livres. A tal ponto de incluir o erro nos nossos passos. Sem castigos ou penas.


Agimos segundo nossa evolução espiritual. Um leão faminto não fica com drama de consciência ao abater sua presa. Podemos agir mais por instinto, deplorando a racionalidade e a ética, e ninguém tem nada a ver com isso.


A Vida é muito mais ampla e benevolente que nossos estreitos raciocínios.



Pé na estrada valorando a Vida. E ponto final!


Paulo Cesar Fernandes

29 04 2014

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