quinta-feira, 11 de abril de 2013

20130411 A partir de Herculano

Autor: José Herculano Pires

Título: Evolução Espiritual do Homem

Item: Pureza e impureza, na concepção espiritual da vida


Depois de uma série de considerações Herculano finaliza:


John Dewey considera como experiência não apenas os ensaios humanos, mas também os ensaios da natureza. Todo o Universo, segundo a concepção espírita, é uma gigantesca experiência nos rumos das realizações arquetípicas, baseadas na elaboração de novos tipos da realidade para o futuro. Deus opera e experimenta em plano maior, enquanto os homens realizam suas experiências infantis nas dimensões possíveis de sua condição presente. O conceito de Deus, formulado constantemente pelos homens, nunca pode expressar essa realidade cósmica, mas na evolução espiritual do homem esse conceito avança em dinâmica progressiva.


Tanto podemos fazer de Deus uma imagem humana como a imagem de um poder sem forma, semelhante ao fogo, como queria Zoroastro na antiga pérsia. O importante é compreendermos que não há ordem sem poder disciplinador e que a ordem do Universo não poderia surgir do acaso, a menos que consideremos o
acaso como um poder inteligente.


Kant, que considerou o nada como um conceito vazio, considerou também o conceito de Deus como a mais alta expressão do pensamento humano, um conceito pleno, em que toda a realidade universal se expressa numa só palavra de poucas letras.


As transformações conceptuais que o Espiritismo acarreta em nossa visão do mundo seria suficiente, por si só, para caracterizálo como a maior e mais completa revolução cultural do planeta, em todos os tempos. Por isso é necessário que os estudiosos do Espiritismo procurem definir bem os seus conceitos doutrinários.


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Eu desconsidero a questão de Deus. Isso foi uma criação do homem para dominar outros homens tão somente.


O fato de Kardec, e os espiritos a ele ligados, terem afirmado sua existência nada significa.  Era a única forma possível de se pensar a questão naquele tempo. Os espíritos que o ajudaram podiam estar equivocados. Ou não? Pense bem.


Antes de Friedrich Nietzsche ninguém ousava sair dos padrões estabelecidos milenarmente. Se hoje ainda nos é difícil a libertação desse conceito dentro de nós, que dirá nos tempos de Kardec, tão próximos estavam da Era Medieval.


Nenhum espirito se livra fácil de conceitos milenares. E mais. Temos todos medo do novo, em maior ou menor intensidade, temos medo do novo.


É isso! Nada mais que isso! Dia virá em que teremos o Espiritismo Ateu. Uma outra forma de pensar na qual Deus estará fora das cogitações dos homens.


Mas gostaria de tecer algumas considerações sobre o fragmento de texto de Herculano Pires:


1) com relação à experiência por exemplo. A vida é em síntese uma experiência. Ou, melhor dizendo, a nossa existência enquanto espíritos se compoe de uma sequência ininterrupta de experiências. Sejam elas de curta duração, tal como minha descoberta da perspectiva; das bases numérias nos sistemas numéricos (decimal, binário, hexadecimal; etc.); sejam elas de mais prolongado tempo, como é o caso de uma encarnação. Mas é sempre uma experiência a acumular conhecimentos em nós, espíritos inacabados, diamantes brutos em constante processo de burilamento.


2) É indubitável que, o conceito de imortalidade do espírito e da reencarnação são elementos capazes de nos propiciar uma outra visão de mundo, e de nossa presença na Terra. Daí eu tomar por infantilidade os problemas que assolam nosso planeta; e mesmo o movimento espirita, os cismas e ódios, gerados por visões divergentes do espiritismo e da existência. Tudo isso é uma grande infantilidade a nos habitar.


3) Somos portadores de dois grandes conceitos e não os transformamos em elementos propulsores de uma outra vivência. Vivência cordata e amorosa. Capaz de nos colocar em comunhão no sentido solidário desse encontro de comunhão. Mas não. O ódio sectário habita ainda em nós.


Mas isso não tem a menor importância.


O ódio é peso, apenas e tão somente, para aqueles que o carregam.


Quem dele se libertou, ou libertar, terá a leveza como padrão existencial.


A isso chamo Vida, e vida em abundância. Pois plena da mais ampla Liberdade.


Ninguém pode caminhar bem com uma bola de ferro atada nos pés.


O ódio é isso. Além do mais, o Amor é da Lei Natural, ele vingará mais cedo ou mais tarde.


Não há outro caminho possível, apenas o Amor nos leva ao progresso. E ponto final!


Você não precisa concordar comigo, mas deve raciocinar sobre minhas ideias. De peito aberto!



Paulo Cesar Fernandes

11  04  2013

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