sexta-feira, 13 de setembro de 2013

20130913 CCR

CCR


Credence Clearwater Revival na sala. No telão da memoria um filme preto e branco me trás o passado. Não há como negar que os
acordes musicais carreguem em si imagens, recentes ou remotas.


Somos brindados pelo passado a cada momento do presente; mas, por outro lado, temos a capacidade de reregistar nosso tempo e nosso momento para revisitá-lo num momento qualquer do futuro.


Numa tarde solta, num qualquer dia da semana. Afinal o tempo não é tão linear como o imaginamos. Todos somos frutos do tempo, do
tempo mental muito mais que daquele preso aos ponteiros de um relógio de estação de trem.


Navegamos no tempo. Imortalmente livres, navegamos no tempo.


Aqui e agora são apenas flashes registráveis, preferencialmente numa pauta musical; ou numa ousada trilha sonora de um tempo ou de um movimento político-existencial.


Mais que tudo somos revolucionários de nosso tempo, e de nossa maneira de concebe-lo. Pois o movimento a tudo faz eterno e a tudo
muda a cada segundo.


Assim o sinto quando as manchas de asfalto da Rua Pasteur se projetam na parede de minha sala, ou em qualquer outro recanto mágico do presente. Pois todo tempo é tempo bom se sabemos mirarlo na perspectiva da eternidade inerente a cada um de nós.


Eternos e crescentes somos todos. Inevitavelmente. E isto é muito bom.


Paulo Cesar Fernandes

13 09 2013

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