quarta-feira, 11 de setembro de 2013

20130911 Eu e minhas aldeias

Eu e minhas aldeias


Via um vídeo de Mia Couto, poeta e escritor moçambicano. Em determinado momento ele se referiu a aldeia.


Muito longe do contexto da fala do poeta, uma questão pulou em meu colo: Qual é a tua aldeia?


Sim claro: família, música e filosofia/conhecimento.


Mas apenas isso?


Não estaria eu impondo limitantes ao meu processo de crescimento, na medida em que me faço ilha, e sem pontes de acesso a outras
pessoas?


Mia Couto havia falado em pontes do conhecimento.


Mas seria apenas no conhecimento a necessidade de pontes?


Meu coração não pode abrir pontes aos que fazem parte de minha aldeia? Afinal somos tão poucos. E ilhados nos fazemos mais fracos.


Deves estar te perguntando qual seria minha aldeia.


Pois te digo através de suas siglas: CEAK; LV; ARS; ICKS; CPDoc; SBPE; USE; CRE; Rádio Boa Nova; Renascer; e outras tantas cujo nome me escapa.


Não vou deixar meus músicos, meus filósofos tão queridos, mas posso de alguma maneira retomar um caminho. Uma aldeia da qual me afastei por minha intransigência e minha incapacidade de compreensão e aceitação de outras formas de pensar, sentir e agir.


É difícil fazer autocrítica, mas impossível não faze-la quando a intuição clama forte dentro de nós.


Afinal, como diz León Gieco, poeta e militante argentino, somos todos "do mesmo barro".


Paulo Cesar Fernandes

11 09 2013

Nenhum comentário: