domingo, 16 de junho de 2013

20130616 Cada dia um pouco

"Mas ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova, de dia em dia."
Paulo aos Coríntios lI 4:16



Essa observação me fez rir. Pois tenho no passado, muito mais tempo que terei pela frente. De agora em diante a deterioração física se dará inexoravelmente. E não há por onde fugir. Aceitar de bom grado é a recomendação de minha Razão. Evidentemente o Gerontologista ou Gerontólogo, não sei, será capaz de me ajudar a ter uma vida mais plena fisicamente. E serei cumpridor rigoroso das suas observações. Afinal não sou tão burro assim. Nessa parte a medicina ajuda e resolve.


Dessa maneira resta olhar o outro lado. O interior.


Muito embora venhamos todos, os mais lúcidos, num processo de vigilância, de certa atenção ao nosso relacionamento com os semelhantes, muitas vezes podemos dar uma escorregada. Uma palavra dita de maneira errada, em momento mais errado ainda. Isso fica nos solapando a consciência, por dias e até semanas a fio.


É diferente quando nossa intenção é ferir mesmo. Ferimos e somos conscientes do equívoco de nossa ação. Mas, por vezes o ímpeto da ira; uma fase de irritabilidade acabam nos traindo.


Mas é isso! Não somos santos e nem tontos. Somos espíritos, lançados nas vidas múltiplas como pedras rolantes mesmo. Plenos de arestas a aparar. Como seixos dos rios, nos vamos arredontando, arredondando, e arredondando continuamente. Infinitamente. Sim, pois a evolução é infinita. O universo, ou os universos, estando em dinâmica mudança, nunca abarcaremos todo o conhecimento de todas as coisas. Isto derruba a ideia de espírito puro como alguém no fim da linha.


No conhecimento e na sabedoria não tem fim de linha. Mesmo os espiritos puros, coisa de difícil compreensão para nossa limitação, mesmo eles, estão em alguma dinâmica, Atuando de alguma forma, em concordância e complementaridade com as Leis Naturais. Algo distante. Muito distante de nós.


Nosso negócio é o Aqui e o Agora!


Este tempo revoltoso e belo, pelo qual passamos e no qual interferimos.


Nada de angelitude, mas nada de primitivismo.


Estamos todos nesse espaço intermediário entre um e outro ponto.


E avançamos sempre.


Cada dia um pouco, um pouco cada dia.


Paulo Cesar Fernandes

16  06  2013

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