sexta-feira, 7 de junho de 2013

20130607 Ordem natural

"Eu de muito boa-vontade gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado."
Paulo aos Corintios II 12:15



O amor verdadeiro e sincero não pede troco.


"Eu só vou gostar de quem gosta de mim." dizia uma música de muito tempo atrás. O autor propunha uma relação comercial do amor.


Quando na verdade é muito diferente a realidade do amor. Ele é. Brota do coração naturalmente. Por vezes num filete pequeno, acrescido dia a dia pela convivência e descoberta recíproca.


Outras ocasiões vem na paixão avassaladora, e toma de roldão a racionalidade anulando-a. O casal enceguecido acaba se fechando num circuito onde nada tem espaço além deles dois.


A paixão é normal, creio eu, num primeiro momento. É o processo natural de atração.  A admiração mútua. Cada pequena descoberta, de qualidades e defeitos da companheira ou companheiro. Esse momento importante, encontra seu equilíbrio no tempo. Deste ponto em diante é a vida a dois mesmo. Algo capaz de ser sereno ou tormentoso, dependendo das qualidades da parelha.


Isto posto. Vamos ao amor tratado por Paulo de Tarso.


Cuida ele do seu amor pelos companheiros de ideal. Reafirma esse amor, mesmo sabedor de sua não  correspondência por parte dos outros.


Corretíssimo. Pois a felicidade está em amar. E muitas, inúmeras são as pessoas dignas de nosso amor. Estão por toda parte, em todos os lugares as encontramos. Por vezes descobrimos uma nova pessoa, e por ela desenvolvemos um carinho muito grande. Algo cheio de admiração e sinceridade brotando assim, de repente.


Muitas vezes foi uma palavra sensata dessa pessoa; uma atitude benevolente; algo por ela feito nos chamou a atenção, e passamos a adimirar. Ve-la com bons olhos, e desenvolvemos afetividade.


Algo muito comum ao lidarmos com grande número de pessoas. Em posições de trato com o público; em lugares onde muitas pessoas transitam. Até mesmo na condução podemos encontrar pessoas cujo clima mental nos traga bem estar, e não é raro essa pessoa ter alguma atitude positiva como ceder lugar, ajudar um idoso por exemplo.


Estamos na Terra para aprender a viver. E viver bem pressupoe amar nossos semelhantes. Todos.


Uns são a personalização do amor. Que facilidade!


Outros porém, nos requisitam uma postura mais perseverante de descoberta de seus valores. E valores positivos todos tem. Mesmo os reeducandos de nossa sociedade.


Nessa arte das relações humanas, do desenvolvimento da afetividade estamos caminhando. Temos exemplos históricos a nos indicar o caminho. E temos o tempo. Cedo ou tarde nos encontraremos entre os servidores do Bem. Agindo e amando sem a menor dificuldade.


Esse é o projeto para nós todos. "É a ordem natural das coisas..." como afirma Kardec em diversas ocasiões.


Paulo Cesar Fernandes

07  06  2013

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