quinta-feira, 6 de junho de 2013

20130606 Adiante

"Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados."
Paulo aos Hebreus I 12:12



E se bate o desânimo?


Em todos nós pode chegar um momento difícil. Querermos desistir de nossas tarefas, sejam elas quais sejam. Parece que o mundo conspira contra nós. e achamos ser o mundo e suas dificuldades maior que nossa capacidade de resistir às suas investidas: a palavra maldicente de alguém; a violência da desonestidade, vinda de uma pessoa a qual depositáramos total confiança; a deserção de amigos ou familiares muito queridos ao coração. São várias as situações capazes de nos tirarem de onda. Ou com tal objetivo.


Mas o que ocorre?


Sempre temos a possibilidades de saltar de banda, e sairmos ilesos dessas desagradáveis situações. Basta não nos deixar afetar por nada. Nada merece tal envolvimento. Nada e ninguém, pois nosso processo existencial é solitário ao limite máximo. E somos sempre mais forte que nos imaginamos.


Se voce pensou ser isto a negação do amor, se enganou por completo. Chama-se autopreservação. Manter nossa integralidade. Talvez Jung chamasse esse processo de Individuação. Ser inteiro, ter seu EGO perfeitamente estruturado. E seguir amando aos semelhantes, interagindo, participando, etc. Mas nunca perdendo a inteireza identificadora de seu EU. Marca registrada de sua personalidade.


Estando nesse patamar. Somos capazes de nos valer das nossas mãos, no serviço aos nossos semelhantes; de enveredar por novas sendas, ainda não desbravadas por nossa solidariedade. Iniciar um processo ativo de atendimento ao semelhante, no que isso tem de mais puro e desinteressado.


O amor não pode desfazer a integridade do homem. No casal, cada um de per si deve ser Indivíduo. Ambos se somam para construir uma unidade familiar. Um Lar. Quem bem trata desse tópico é Erich Fromm, em seu livro "A Arte de Amar". Leitura recomendável a amantes. A bem amados. A mal amados. E a todo aquele capaz de compreender o amor como algo muito mais amplo e forte, não restrito apenas a uma relação a dois. O amor se espraiando pelo mundo e do qual devemos todos nos propor a aprender algo dele.


Na passagem em epígrafe, Paulo de Tarso exorta aos Hebreus, bem como a todos nós a seguir adiante. Independentemente do passado. Das dores, decepções, desavenças, de tudo quanto desagradável tenha nos ocorrido.


Seguir adiante, até porque o trabalho é o grande curativo da vida. Pensa qualquer ferida, devolvendo a tranquilidade e a harmonia de quem se faz útil. Uma utilidade voltada para si, e à Vida no seu sentido mais amplo. E sempre é tempo de começar.


Adiante! Em qualquer condição. Sempre adiante!


Paulo Cesar Fernandes

06  05  2013

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