segunda-feira, 16 de maio de 2016
20160515 Vida como prova do Existir
_ Que é a Vida? - lhe perguntei de supetão.
_ Nada além do espaço entre o berço e o túmulo. E já te passo o esquema.
Num gesto largo, meu interlocutor abriu as mãos, onde pude ver o que se segue:
E Berço [ VIDA ] Túmulo E
_ E esse imenso E antes e depois?
_ Aí está a Existência meu amigo. Isso mesmo. Já éramos antes e seguiremos sendo depois. Quer queiramos ou não.
_ É assim é? - perguntei.
_ Pois assim é. As Leis Naturais, não somos os seus inventores; quando muito lhe saboreamos alguns aspectos, sob a forma de
descobertas. E a cada uma delas nos colocamos mais próximos de nossa Efetividade, pois somos os frutos primorosos dessas mesmas Leis.
_ Complicado isso. - disse eu com olhar de desconfiança.
_ Nada! Nós complicamos tudo para fugir à nossa essência de imaterialidade; e fugir da Liberdade; da Espiritualidade; de todas
essas coisas capazes de nos trazer a Felicidade.
E completou:
_ E quer saber? A Vida, a verdadeira Vida é Felicidade.
_ Mas é mesmo?
_ Eu não minto. Mas faço notar uma coisa: é preciso tempo, para gente como nós compreender mais amplamente essas coisas todas.
_ E nunca vamos as entender? - perguntei interessado.
_ Não percebes, mas já algo vemos. E veremos mais e mais, no transcurso do tempo e de nossos esforços.
Quando me preparava para uma nova questão, o vulto desapareceu no ar; da mesma forma que me tinha aparecido. Do nada.
Me restou um sorriso nos lábios, e uma sensação de precisar saber mais.
Paulo Cesar Fernandes.
15 05 2016
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