terça-feira, 8 de dezembro de 2015

20151208 Jung e suas palavras finais


OBRAS COMPLETAS DE C. G. JUNG VIl/1

Psicologia do Inconsciente



Um livro de especial interesse para os profissionais em 
Psi­cologia e para os leigos que apreciam estudos dessa natureza. 

No decorrer dos anos foram feitas diversas novas edições, submetidas a um contínuo processo de aperfeiçoamento e desenvolvimento, pelo próprio autor. 

Sua intenção é simplesmente dar alguma orientação sobre as mais recentes interpretações da essência da psicologia do inconsciente. 

Por considerar o problema do inconsciente de extrema importância e utilidade e por saber que diz respeito intimamente a todos e a cada um de nós, julgou oportuno colocá-lo ao alcance do público leigo e culto. 

Este estudo surgiu durante a guerra mundial e deve sua existência principalmente à repercussão psicológica dessa grande conflagração. 

A guerra terminou, mas os grandes problemas psíquicos levantados por ela continuam preocupando a sensibilidade dos que pensam e pesquisam. 

O autoconhecimento de cada indivíduo, a volta do ser hu­mano às suas origens, ao seu próprio ser e à sua verdade individual e social, eis o começo da cura da cegueira que domina o mundo de hoje. 

O interesse pelo problema da al­ma humana é um sintoma, segundo o autor do livro, dessa volta instintiva a si mesmo.


As informações contidas neste livro não pretendem abranger a totalidade da psicologia analítica. 

Muitos pontos são ape­nas esboçados e outros nem são mencionados. 

O autor re­comenda o estudo das principais obras sobre psicologia mé­dica e psicopatologia, além de uma revisão cuidadosa dos compêndios de psicologia existentes.




Palavras finais


Para finalizar, quero desculpar-me junto ao leitor, por ter ousado dizer, em tão poucas páginas, tantas coisas novas e de compreensão difícil. 

Estou pronto a receber sua crítica, porque considero que todo aquele que, afastando-se do caminho comum, se dispuser a abrir trilhas próprias, tem o dever de comunicar à sociedade tudo quanto encontrou em suas viagens de exploração: se foi água fresca para o alívio dos sedentos, ou apenas os desertos de areia do equívoco estéril. 

O primeiro serve para ajudar, o segundo, para prevenir. 

Mas não é a crítica particular de cada um dos contemporâneos, mas os tempos vindouros, que vão decidir se é verdade, ou não, tudo isso que acaba de ser descoberto. Existem coisas que ainda não são verdade, ou que hoje ainda não podem ser aceitas como verdade, mas amanhã talvez possam sê-lo. 

Quem for assim conduzido pelo destino, terá que trilhar esses caminhos próprios, apenas apoiado pela esperança e pelo olhar atento daquele que está consciente do seu isolamento e dos abismos que o ameaçam. 

O que singulariza o caminho aqui descrito é em grande parte a certeza de não podermos continuar recorrendo unicamente ao ponto de vista científico-intelectual, mas de que o nosso compromisso também compreende todo o lado do sentimento, isto é, a totalidade das realidades contidas na alma — já que lidamos com uma psicologia fundada na vida real e que age sobre a vida real. 

Nesta psicologia prática, não se trata da alma humana universal, mas de homens e mulheres individualizados, cada qual com uma variedade de problemas que os afligem diretamente. 

Uma psicologia que satisfaz unicamente ao intelecto, jamais é praticável; pois o intelecto por si só nunca será capaz de abranger a totalidade da alma. 

Quer queiramos, quer não, mais cedo ou mais tarde o fator cosmovisão terá que ser levado em conta, porque a alma está em busca da expressão de sua totalidade.


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Se a alma está em busca da expressão da sua totalidade, estudar Jung; Erich Fromm; Michel Onfray; Zygmunt Bauman ou quem quer se apresente só poderá nos trazer uma contribuição decisiva na caminhada dessa totalidade a qual todos aspiramos.

Se alguém não a aspira eu lamento, mas tenho por obrigação dar conta da tarefa a mim assinalada pelo advento da Vida: duvidar de tudo, aprendendo cada vez mais uma coisa; ocupar o tempo partilhando conhecimentos, sempre e onde me seja permitido; olhar meus semelhantes como iguais e lutar pela crescente JUSTIÇA em todas as instâncias de nosso desorientado planeta.

O espiritismo tem contribuições, mas os espíritas se engalfinham no materialismo, pondo a perder valiosas oportunidades.

Mas tudo virá a seu tempo como sempre disse Allan Kardec através de sua Revista Espírita. Não tão cedo como previa o professor, mas os conceitos espíritas reorientarão o mundo; ou pelo menos boa parte dele, aqueles cuja aposta maior seja a espiritualidade. Postando os espíritos mais focados nos elemento da abstração que na diária materialidade.

Espírito sempre vencerá a matéria, pois esta é apenas meio de sua manifestação, desde as mais remotas eras.

Paulo Cesar Fernandes

08/12/2015

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