sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

20140124 Basta

Basta


Pois é. Ontem foi o ponto de ruptura entre eu e Leon Denis.


Vinha lendo a cada fim de tarde "Os problemas do Ser, do destino e da dor". Estava a meio do livro e a repetitividade dos mesmo
conceitos me foi tirando o interesse.


Mas o ponto maior de discórdia foi quando, pela terceira vez ele insiste em ser o perispírito o "local" onde ficam gravadas as
lembranças de nossas experiências de cada encarnação. Mesmo erro de Gabriel Dellane em suas obras por mim lidas.


Não dá para fechar com esse conceito. Tira do espírito a sua capacidade mnemônica (de memória) atribuindo tudo ao perispírito.


Como se o perispírito fosse o grande repositório das nossas lembranças, assim como temos o repositório em nosso computador.


Não lembro em Kardec de tal assertiva. A meu juizo, mesmo com todo valor dado por Kardec ao peristírito, não podemos enveredar
por tais caminhos, estaremos incorrendo em graves erros.


O que temos?
Temos o espírito e o corpo.


Sendo o espírito pensamento é capaz de agregar energia ao seu redor. É essa energia vista na mediunidade de vidência.
Sendo mais grosseira em espíritos cujos pensamentos transitam dentro da materialidade; das preocupações e intrigas da
competitividade presente em nossa sociedade na maioria das instituições; em vidas voltadas aos excessos da sexualidade, dos
vícios; etc.


Quando nossos pensamentos se vão voltando para coisas mais sutis, mais elevadas, dentro do que venho chamando de espiritualidade (direcionamento do pensamento para o abstrato: nas ciências; na filosofia; nas artes; nas atividades de benemerência; etc.)
a matéria mental agragada ao redor do espírito efetivamente se sutiliza, permitindo uma maior percepção da sua existência
enquanto Ser transexistencial, vivenciando uma outra etapa de sua jornada.


Nesse encontro de novos pensamentos seguidos de novos atos podemos fazer surgir em nós a luminosidade tantas vezes narrada por médiuns videntes, estejamos nós encarnados ou desencarnados.


Somos, na verdade, a expressão dos nossos pensamentos, e construimos ao nosso redor um campo mental capaz de ser "lido" por encarnados e desencarnados de maior sensibilidade.


Algumas pessoas podem até continuar pensando o homem como espírito, perispírito e corpo.


Descarto o perispírito. Somos apenas e tão somente espírito (pensamento) e corpo. Dois elementos capazes de permitir nossa
intervenção no mundo e sua modificação no sentido de um mundo de Justiça e de Paz.


Capaz de acolher os espíritos e a eles fornecer possibilidades de sutilização de suas energias mentais.


Penso ser este o caminho para o surgimento do Homem Novo preconizado por todos idealistas que conheço: Ernesto Che Guevara; José Herculano Pires; Tupac Amaru; Carlos Fonseca Amador; José Martí; Farabundo Martí; Augusto Cesar Sandino e todos os grandes visionários dos cinco continentes capazes de apontar para um mundo onde reine o Amor e a Solidariedade entre todos os homens.


Paulo Cesar Fernandes

24  01  2014

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