sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Desarme

Quando nos desarmamos, e permitimos ao coração tomar por inteiro a palavra, a vida ganha.

E por nossa mente vão desfilando momentos alegres e felizes com as companheiras todas que esta vida me permitiu conviver. Os risos; os perigos; emoções; as intimidades conquistadas a dois; toques de delicadeza e doçura;  o café na cama; um poema fixado num guarda-roupas; um assalto sofrido a dois; a descoberta da ejaculação feminina; os dedos deslizando suavemente sobre o corpo depois do amor; a mão que penetra a cabeleira densa para um cafuné; e coisas tantas...

Mais forte que tudo é o silêncio tão parlante, os olhares atados entre si, circuito fechado sem nada lá fora.

Uma foto de passado distante trouxe esse desarme.

Imagem de emoções, estas plenamente espirituais, compondo o
passado no CEAK. Mocidade. Coisas de outra natureza.


Sensibilidade e beleza ainda, num sair do corpo. Projetar-se num grupo sendo apenas afetividade. A magia do amor, se deslocando do seio da consanguinidade para a família espiritual. Almas irmanadas num só diapasão. Corações alegres, cantando como sabiás ou bem-te-vis.


Alegria e sinceridade juvenis se somando para presentear as pessoas com um certo êxtase. Nada tão intenso até aquela data.

O próprio Alexandre Sech impactado diante do momento.

Felicidade!

Gotas de felicidade pinçadas do passado.
Lembranças todas plenas de alegria e prazer.
Todas boas. Todas fortes. Santificadas.
Fluem energias do coração aberto a tudo.
Sinceramente afetuoso, no passado e no presente.
A idade é força amiga, nos caminhos do coração aberto.


Paulo Cesar Fernandes

11   01   2013

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