No mes de outubro se celebram eleições municipais no Brasil, e o brasileiro é obrigado a acorrer às urnas para un dever cidadão. Em paises democráticos o voto é facultativo, não cabendo punição de espécie alguma ao que não vota; ou, em alguns casos, uma multa de pequena monta. E fica tudo em ordem.
Cansado de ouvir promessas, trago aqui as anotações de Emmanuel cabível ao nosso momento. Um momento triste de propostas impossíveis de cumprir, e onde campeia o ódio entre as lides políticas.
O título do texto é "Auxílio eficiente" e está presente no livro "Vinha de Luz". Foi um dos textos lidos para minha meditação diária.
O fato de não gostar do linguajar católico de Emmanuel, com sua postura de ter a todos por "pecadores" não me impede de assimilar a essência das suas observações e delas extrair ilações.
Vejamos::
"E abrindo a sua boca os ensinava."
(MATEUS, 5:2.)
O homem que se distancia da multidão raramente assume posição digna à frente dela.
Em geral, quem recebe autoridade cogita de encastelar-se em zona superior.
Quem alcança patrimônio financeiro elevado costuma esquecer os que lhe foram companheiros do princípio e traça linhas divisórias humilhantes para que os necessitados não o aborreçam.
Quem aprimora a inteligência, quase sempre abusa das paixões populares facilmente exploráveis.
E a massa, na maioria das regiões do mundo, prossegue relegada a si própria.
A política inferior converte-a em joguete de manobra comum.
O comércio desleal nela procura o filão de lucros exorbitantes.
O intelectualismo vaidoso envolve-a nas expansões do pedantismo que lhe é peculiar.
De época em época, a multidão é sempre objeto de escárnio ou desprezo pelas necessidades espirituais que lhe caracterizam os movimentos e atitudes.
Raríssimos são os homens que a ajudam a escalar o monte iluminativo.
Pouquíssimos mobilizam recursos no amparo social.
Jesus, porém, traçou o programa desejável, instituindo o auxílio eficiente.
Observando que os filhos do povo se aproximavam dEle, começou a ensinar-lhes o caminho reto, dando-nos a perceber que a obra educativa da multidão desafia os religiosos e cientistas de todos os tempos.
Quem se honra, pois, de servir a Jesus, imite-lhe o exemplo. Ajude o irmão mais próximo a dignificar a vida, a edificar-se pelo trabalho sadio e a sentir-se melhor.
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Não sabemos na verdade quem são estes que se apresentam a cargos eletivos. Muitas vezes, pelo contrário os conhecemos de tal maneira, a ponto de não nos sentirmos encorajados a dar nosso voto a uma pessoa dessa moral, pois certamente fará uso errôneo do cargo, caso eleito.
É um desagradável momento. Escolher entre o menos pior. O Brasil vive este drama em toda sua história. Mas enquanto o voto for obrigatório, e em alguns lugares "de cabresto", estaremos fadados às deprimentes situações vistas no cenário político nacional.
O que nos cabe? - perguntaria o leitor mais interessado.
Não exponho minha prática pois não sou modelo a ninguém.
Apenas sugiro ao leitor a busca da racionalidade, e a análise criteriosa das alternativas apresentadas.
Cada qual será capaz de analisar, candidatos e partidos em disputa, e escolher autonomamente; nunca pela emoção, ou proximidade pessoal, pois este é o pior caminho. Leva aos desastres vistos no passado.
Mas agir de forma autonoma e livre. Pois, como diz na TV:
"Eleição tem consequencias.".
Paulo Cesar Fernandes
22/09/2012
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