terça-feira, 11 de setembro de 2012

Reflexão 11 09 2012 - Compaixão da multidão


Emmanuel - Vinha de Luz

MULTIDÕES

 

"Tenho compaixão da multidão."

Jesus. (MARCOS, 8:2.)

 

Os espíritos verdadeiramente educados representam, em todos os tempos, grandes devedores à multidão.

 

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Um livro escrito em 1951, com sessenta anos de idade, não pode conter em si as transformações ocorridas nesse período. Daí a necessidade de nossa capacidade de leitura ser vigilante com respeito ao contexto na qual as palavras foram ditas.

 

Isto não nos retira a possibilidade de uma análise pautada na realidade de nossa época. Este cadinho de transformações cada vez mais céleres, capaz de nos assustar, e nos colocar com os dois pés atrás ante a realidade com a qual nos defrontamos.

 

No texto Emmanuel tece uma série de considerações negativas em torno da forma como a multidão é tratada por aqueles detentores de cultura e poder.

 

Todo respeito ao companheiro, mas o respeito é composto também de discordância. E discordo frontalmente dessa posição de colocar todos os homens como verdugos da multidão, multidão entendida neste caso como o povo.

 

Destaco o fato do povo, mesmo o mais desguarnecido financeiramente, não ser composto de coitadinhos. Entre essa camada da população encontramos pessoas de índole condenável, de tendências deploráveis mesmo.

 

Por outro lado, nas camadas mais bem aquinhoadas financeiramente temos uma diversidade imensa de posturas diante da vida.

Tomo como exemplo um oncologista que cuidou de meu Tio Adelino, irmão do meu pai. Um homem sem qualquer sorte de recursos financeiros cuja casualidade trouxe ao nosso encontro ao final de sua vida. Para minha alegria isto ocorreu num longo período de desemprego, me possibilitando dar uma atenção maior a esse tio em final de existência.

 

Seu médico, Marcio Berenstein era de uma dedicação, de um denodo para com meu tio, como se seu familiar fosse. Sempre com um astral positivo e uma carinhosa maneira com o paciente.

 

Assim como ele, milhares de pessoas, nas mais diversas áreas de atuação fazem sempre o melhor. Doam de si a cada possibilidade fornecida pela vida.

Seja com familiares mais difíceis; seja com colegas de serviço; com um transeunte na rua ou colega de condução.

 

A benevolência sincera pode brotar a qualquer momento, e no lugar mais inesperado. Pois a multiplicidade de espíritos desta Terra é imensa, e nunca sabemos quem está ao nosso lado na condução; à nossa frente numa unidade de atendimento público; na cafeteria que habitualmente frequentamos...

 

O bem e a fraternidade podem estar exatamente ali. Podemos estar a cada momento diante de alguém dotado de um coração sincero e voltado ao Bem.

 

A visão espírita da existência nos fornece tal perspectiva. Sou, neste momento, apenas porta voz. Nada almejando além da reflexão das pessoas, na leitura deste texto, ou na leitura da própria existência.

 

As perspectivas positivas são sempre alentadoras, e sem dúvida alguma induzem a uma vida mais saudável física e psiquicamente.

 

É isso!

 

Paulo Cesar Fernandes

 

11/09/2012

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