domingo, 5 de agosto de 2012

Reflexão 05 08 2012 - Fé cega, faca amolada...

AMA E SERVE - Emmanuel


A grandeza do amor repousa invariavelmente na conjugação do verbo servir.
Sem atividade incessante no bem, não conseguiremos derramar os
valores do coração.
«««««««««« 

Duas verdades incontestáveis. Amar é servir primordialmente, seja no espectro amplo de toda a humanidade. Seja no seio do Lar, onde depositamos o que de melhor temos, para compartilhar com nossos familiares. Nesse ambiente se dão as mais belas trocas de energia e emoções.

««««««««««
A própria natureza é um livro aberto nesse sentido.
Tudo, em torno de nós, é um cântico de trabalho em doações da
Eterna Bondade que se evidencia no mundo, de mil modos diferentes em cada instante de nossa vida...
Por amar, em nome do Pai Misericordioso,
serve o sol, sustentando todas as criaturas;
serve o chão, nutrindo a sementeira;
serve a nuvem, criando a chuva benéfica;
serve o vento, a serviço de abençoadas fecundações;
serve a árvore, para que o bem-estar do homem se consolide;
serve a flor, preparando a colheita;
serve a fonte, socorrendo a terra necessitada;

serve a pedra, garantindo a segurança do lar;
serve o pássaro, cooperando com o lavrador;
serve o mar, serve o rio, serve o adubo, serve o fogo...


Forças de Deus amparando a Humanidade ajudam em silêncio, sem
retribuição e sem queixa...
Tudo porque o Divino Amor é devotamento, carinho, providência,
abnegação...
Se desejas partilhar o concerto das bênçãos divinas, ama e serve,
sem cogitar de ser amado e sem a expectação de ver-se servido...
Quem ama realmente nada pede, nada reclama, nada exige e nada
procura senão a alegria do objeto amado, para que o amor se
estenda, a multiplicar-se, soberano e sem fim.
Enquanto esperas o manto ilusório das considerações humanas, teu
amor sofre a vizinhança da vaidade.
Enquanto aguardas a compreensão dos outros, o teu amor
experimenta a inquietante aproximação do egoísmo...


Ama simplesmente.
Ajuda sem paga.
Dá sem reclamação.
Auxilia sem exigência.
E, servindo cada vez mais, serás um dia surpreendido, em pleno
campo de trabalho, pelo Divino Servidor que te converterá com a sua luz em nova luz para a Terra e para os Céus.

««««««««««««««««««««««

Reflitamos...

Com todo respeito que nosso amigo espiritual me merece, não consigo acatar calado todas as suas idéias. Me reservo o direito de contestá-las. No tocante a Deus, eu não creio nele pois não tenho crenças. E muito menos fé, uma vez ser a fé a negação da Razão. "Fé cega, faca amolada..." disse Toninho Horta, companheiro de Milton Nascimento, em uma das suas canções.

Dessa forma, cai por terra de uma vez por todas, a questão da "Fé raciocinada". Um contrasenso.

Quanto a mim?

Tenho idéias diretrizes de minha conduta na existência.

Mas gosto muito das comparações de Emmanuel com os elementos da natureza. Certa poética e beleza se fazem presentes em tais comparações. Com ele aprendi. E eventualmente uso em meus textos. Outras vezes, se vale este dos avanços da inteligência humana, para nos mostrar caminhos a seguir como verdades inquestionáveis.

Honorável intenção, e de grande utilidade a muitas pessoas desde sua publicação até os dias atuais. Fato inegável!

Se ele parte do principio que estamos todos errados, e acreditamos estar corretos em nossas escolhas existênciais, devemos levar em consideração a concepção de pecado, ainda nele enraizada na década de setenta quando "Instrumentos do Tempo" foi escrito.

O mundo avança. E todo mundo avança junto.

Assim como muitos de nós, tivemos a possibilidade e o esforço dispendido para angariar progressos intelectuais; os espiritos, por certo, também andaram estudando mais, e revendo posições.

Herculano Pires por exemplo, não consigo conceber uma inteligência daquelas a se manter presa num mesmo conjunto de idéias. Ainda mais ele, com sua visão, estou seguro de suas novas perspectivas no que diz respeito à Teoria Espirita. Uma forma de pensar mais aberta a outras possibilidades. O questionamento de pontos de Kardec possível apenas a seu cabedal intelectual espirita e filosófico.

De nossa parte. Eu e outros pequenos, se tomarmos a Razão como base da jornada, e a afetividade por complemento indispensável, estaremos aptos a contribuir de alguma forma para o avanço das idéias neste planeta onde fomos chamados a servir.

Afinal foi esse o tema trazido por Emmanuel: servir.

Paulo Cesar Fernandes

05/08/2012

Nenhum comentário: