terça-feira, 17 de julho de 2012

Minuto

O livro "Instrumentos do tempo" de Emmanuel tem um item chamado O minuto.
Vejamos seu inicio:

Dádiva divina, repete-se infinitamente em nossa estrada.

Usando-a, é possível a realização de surpreendentes milagres em nossa vida.
Pede-nos tão-somente trabalho, boa vontade e diligência no bem, para trazer-nos sublimes edificações...
A sementeira do êxito.
O reajuste da própria alma.
O regresso ao caminho de luz.
O tesouro do entendimento.
A fortuna da sabedoria.
A plantação da amizade.
O progresso nas boas obras.
A conquista da simpatia.
A aquisição do concurso fraterno.
A bênção do dever bem cumprido.
Todo o engrandecimento de nossa vida começa na insignificância aparente de um minuto.

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De forma geral somos escravos do tempo. No âmbito profissional nem se fala. A tecnologia, com seus brinquedinhos móveis, nos fez voluntariamente escravizados. Somos encontrados nos momentos mais diversos, e nas situações mais dispares. E isso não nos aborrece.
Sou contra a tecnologia?
Totalmente a favor.
Sou contra a pessoa abrir mão da propria liberdade, com o intuito único de se fazer notada como alguém importante e necessária, uma vez que o celular toca regularmente e com frequencia.
Mas cada qual tem a liberdade inclusive de se escravizar ao ambiente de trabalho ao qual se vinculam, como vi no Banco Safra em sua área de Tecnologia da Informação.
Ficar horas a mais no ambiente da empresa, visando se fazer notar pelo grupo de coordenação, que nunca checava a produtividade dessas horas adicionais não remuneradas é certo.
Esse é um tipo de uso do tempo. Um fato observado.


Mas o interessante a nós espiritos encarnados na terra, em processo de aquisição de experiências, de ajustamento à Lei Natural, regente de tudo presente no universo, ou nos universos uma vez que alguns cientistas aventam a hipótese de haver vários universos.
Como se dará nosso reajuste se não for através do uso do tempo.
O bom uso do nosso tempo, do tempo a nós concedido para essa finalidade: nosso encontro e ajuste à Lei Maior.

Não há a menor religiosidade nisto.
Fatos não carregam religiosidade em si. Eles são. Tal qual nosso tempo é.

O que eu faço do meu minuto, depende de mim, e de mim tão somente. De minhas inclinações interiores, pendores, tendências.
No mesmo momento em que assisto na TV, um programa capaz de trazer a publico as mazelas da vida de uma familia, posso assistir a outro a nos trazer conhecimentos acerca das diferenciadas caracteristicas da fauna de determinada região do mundo.
Tudo não passando de uma questão de escolha tão somente.

Intencionalmente deixo as atividades benevolentes fora do escopo de minha reflexão. Muitos jáo fazem e seguramente bem melhor que eu o faria.

Andar pela cidade, observando as pessoas, e as diferentes expressões faciais, muitas delas sendo uma foto clara da confusão mental ali presente.
Atentar aos outros, nunca para desmerecer a ninguém, mas para melhor mirar o nosso interior, essa é uma forma eficaz de aprendizado. E, por certo, um bom uso de cada minuto.

Caminhamos todos para o melhor uso do tempo e de nossas potencialidades em cada etapa da jornada terrestre. Essa certeza habita minha Razão.  

Paulo Cesar Fernandes

17/07/2012

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