sexta-feira, 31 de julho de 2015

20150731 Um tempo para o SER

Um tempo para o SER

"Conhece a ti mesmo."
Inscrição do pórtico do Oráculo de Delfos.


E por um hiato de tempo, mais curto ou mais longo, a gente pode parar e olhar bem fundo o nosso interior. Fazer um encontro com a nossa essência; como se esta fosse algo exterior a nós mesmos; e dialogar com ela. 


Buscar dela das suas metas para além desta vida material.


Quais as aspirações mais profundas?


São elas interiores ou se baseiam em exterioridades?



Os sonhos. Por que motivo não se valer de um montante de sonhos, registrados a cada noite, com regularidade e constância, para deles "ler" as mensagens nele inscritas.


Freud, e a racionalidade ocidental, dizem ser apenas um vitral ou caleidoscópio dos fatos ocorridos no dia, ou nos dias precedentes. OK.


Façam as suas anotações e depois me digam se ali, naquele material não encontraram pérolas de autoconhecimento.


Faz bem lidar com os sonhos: os noturnos de um lado; e do outro lado, os sonhos que nos projetam para o futuro. Mirando a nós mesmos; nossa família; nosso povo ou o mundo.


De posse do material colhido, nos recolhemos nos hiatos de tempo, e vamos nos encontrando; e muitas vezes encontrando saídas para dificuldades tidas por insolúveis. Tudo tem uma solução sob o sol. 


Basta não ser presa fácil da materialidade.
A materialidade abafa o Ser, e o transforma inevitavelmente num ENTE.


E, quando estamos coisificados, perdemos nossa essência, sofremos um processo de divisão, e não mais sabemos o que somos. Mais das vezes apenas uma peça, facilmente intercambiável de uma grande engrenagem.


Quem não se pensa, nunca se repensa; logo, abdica do progresso.


Paulo Cesar Fernandes

31/07/2015

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