quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Reflexão 22 08 2012 - Revolução dos Neurônios

Envolvido que estou em questões sociais e mais especificamente na compreensão de nossa sociedade, e na luta pelo socialismo no mundo. Que velhos homens dizem estar morto e ultrapassado. Velhos homens de poucos anos vividos, mas velhos pois nada mais tem de ideais. Seres mortos, zumbis a usar os Meios de Comunicação de Massa. Não percebem o quanto o mundo precisa do Socialismo. O mundo precisa do Socialismo, na mesma medida em que o homem precisa da Filosofia.

Caminhos retos e dignos em ambos os casos. Atentar à sociedade descrita por Wallace.

Texto trazido do site PENSE.

Idéia original de José Rodrigues e Eugênio Lara.




O Espiritualismo e a Obrigação Social

Escreve: Alfred Russell Wallace (1823-1913)
Em: São Vicente, maio de 2004

Traduzido do original “Spiritualism and Social Duty”, de 1898.
Leia comentário do prof. Martin Fichman, York University, Ontário, no pé deste artigo.


Companheiros e amigos espiritualistas,

Nos últimos 10 anos tenho dado atenção a outros assuntos que não o Espiritualismo e, a menos de três anos, em uma nova edição de meus escritos sobre o assunto, eu declarei minhas firmes convicções com relação à realidade e importância de nossas dúvidas e a inutilidade de todos os argumentos de meus oponentes. Não tenho, portanto, nada a dizer a vocês sobre o Espiritualismo propriamente dito mas aproveitarei esta oportunidade para apresentar algumas observações sobre o que me parece ser a relação de nossas crenças como espiritualistas com o assunto que atualmente ocupa meus pensamentos a maior parte do tempo – como fazer a grande massa emergir dessa terrível situação, difícil de se livrar, em que se encontra agora, de não ter dinheiro ou posses, vivendo de forma infeliz, sem perspectiva de mudança,
trabalhando longas horas pelo mínimo de subsistência, vidas encurtadas, sem ter prazer por nenhum dos refinamentos da arte ou apreciação pela natureza, sendo esses últimos essenciais ao desenvolvimento do ser humano.

Num trabalho publicado há algumas semanas, provei que assim é, hoje, a condição de uma grande proporção de nosso povo, apesar de um aumento da riqueza e do poder gerador de riqueza melhor visto na história do mundo, aceitável, se adequadamente utilizado, para dar não apenas abundância, mas conforto, luxo e amplo lazer a todos. Sobre essas questões, entretanto, não direi mais nada. Apenas pedirei vossa atenção a algumas observações sobre o que eu considero ser a relação entre Espiritualismo e Dever Social.


As novas doutrinas - fundamentadas quase que totalmente nos ensinamentos do Espiritualismo moderno, embora sejam agora amplamente aceitas, até entre não espiritualistas – são exatamente o reverso de tudo isso. Elas são baseadas na concepção de continuidade mental e moral; que não há castigos impostos; que
crenças dogmáticas são absolutamente sem importância, com exceção até agora na medida em que afetam nossas relações com nossos próximos; e que as formas e cerimônias e os complexos rituais da maioria das religiões são igualmente sem importância. Por outro lado, o que realmente importa são os motivos e as ações que deles resultam e tudo o mais que desenvolve e exercita por completo a natureza mental, moral e psíquica, resultando em vidas felizes e saudáveis para todo ser humano. A vida futura será simplesmente a continuação do presente, sob novas condições; e suas alegrias ou infortúnios dependerão de como aperfeiçoamos tudo o que temos de melhor em nossa natureza humana.


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Reflitamos pois sobre nossa ação no tocante a um mundo possível de ser melhor. Quando digo melhor significo JUSTO.

Tenho lutado pela Revolução. Sempre lutei na vida, desde minha adolescência pela Revolução Socialista. Hoje porém, a Revolução que preconizo deixou  de lado as armas metálicas. Desgraça da humanidade, causa de guerras inventadas e engendradas pelas Grandes Potências Mundiais visando o lucro e a "higienização do planeta" fazendo sucumbir as populações pobres.

Preconizo a Revolução dos Neurônios. Esta sim!

Apenas através da Razão, e da Sagacidade no processo pedagógico seremos capazes de trazer a Sociedade Socialista sonhada por tantos idealistas e tantos mártires na História da Humanidade.

A Pedagogia Sagaz não é apenas possível, porém necessária.
Sagaz como Paulo Freire, Amilcar Cabral, Darcy Ribeiro, Boaventura de Souza Santos e alguns outros que honram a atividade pedagógica.

O oportunismo, tão combatido por Amilcar Cabral, não é sagacidade, é outra coisa.

Paulo Cesar Fernandes

22/08/2012

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