quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Reflexão 29 11 2012 - Kardec e a Filosofia

Kardec e a Filosofia

Retomando a leitura de O livro dos Médiuns de Allan Kardec, como item diário de estudo ao final de cada tarde, hoje me deparei com um trecho digno de destaque no que se refere à Filosofia.

Peço ao leitor anotar em sua mente e tirar as conclusões próprias. Minha tarefa é trazer à luz a questão.

Volto a dizer: não é minha intenção ter seguidores.


Pelo contrário. Distante disso estou. Não sou ditador!


Peço das pessoas a busca da autonomia no pensar. Já tivemos muitos séculos de "homens dominando outros homens"; do "homem lobo do homem". Precisamos inaugurar um novo tempo.


Daí o que menos desejo é liderar alguém.


Minha luta é ter pessoas livres, e de opiniões divergentes ao meu redor. Toda unanimidade é burra, e capaz de tornar os espíritos cada vez mais preguiçosos nas tarefas do pensar.

Um marcar passo espiritual.


O Movimento Espírita históricamente tem os seus "donos da verdade" cujas idéias a multidão de seres não pensantes segue sem lhe por reparos.


Já é tempo de libertação!


Pense! Repense! Seja Livre! Seja autonomo!

Dito isto, coloco o trecho do Livro dos Médiuns para sua análise:


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Allan Kardec

Livro dos Médiuns

Introdução


Desde alguns anos, o Espiritismo há realizado grandes progressos: imensos, porém, são os que conseguiu realizar, a partir do momento em que tomou rumo filosófico, porque entrou a ser apreciado pela gente instruída. Presentemente, já não é um espetáculo: é uma doutrina de que não mais riem os que zombavam das mesas girantes. Esforçando-nos por levá-lo para esse terreno e por mantê-lo aí, nutrimos a convicção de que lhe granjeamos mais adeptos úteis, do que provocando a torto e a direito manifestações que se prestariam a abusos. Disso temos cotidianamente a prova em o número dos que se hão tornado espíritas unicamente pela leitura de “O Livro dos Espíritos”.

Depois de havermos exposto, nesse livro, a parte filosófica da ciência espírita, damos nesta obra a parte prática, para uso dos que queiram ocupar-se com as manifestações, quer para fazerem pessoalmente, quer para se inteirarem dos fenômenos que lhes sejam dados observar. Verão, aí, os óbices com que poderão deparar e terão também um meio de evitá-los. Estas duas obras, se bem a segunda constitua seguimento da primeira, são, até certo ponto, independentes uma da outra. Mas, a quem quer que deseje tratar seriamente da matéria, diremos que primeiro leia “O Livro dos Espíritos”, porque contém princípios básicos, sem os quais algumas partes deste se tornariam talvez dificilmente compreensíveis.


                                                                    Allan Kardec


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Ressalto aqui a necessidade da Filosofia em dois sentidos:

1. Olhar o espiritismo como uma filosofia, uma filosofia de vida a impactar nossa existência no que diz respeito às nossas posturas éticas;

2. Ter no Estudo da Filosofia e de sua história, um elemento complementar ao estudo das obras espiritas. Isto apenas nos ajudará a melhor compreender muitos tópicos tratados por Kardec. E nos ampliará de grande monta os horizontes culturais.


Reflita!

Paz em teu coração!


Paulo Cesar Fernandes

29  11  2012

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