Algo dificil, mas não impossível.
Olhamos para trás e já nos vemos Vitoriosos ante algumas dificuldades alijadas do nosso viver.
Olhando para o agora existencial, no entanto, nos deparamos com aspectos a depurar.
O voto de simplicidade ajuda?
Evidente que sim, pois nos desvincula mais e mais das coisas que tinhamos como importantes; revalorando as coisas ao nosso redor, e as coisas com as quais lidamos no quefazer diário.
Mesmo as atividades abandonadas por uma série de aspectos negativos a elas vinculadas. Que não as abandonemos por egoísmo, ou por preguiça, mas para o nosso próprio bem estar, nossa saúde integral.
Além da tríade: Familia; Filosofia e Música; nasce agora o Cuidar.
Cuidar de que?
De não se aborrecer por pequenas coisas.
Principalmente as atitudes negativas das pessoas quanto a nós.
Como seguir sem amarras se tudo nos fere e magoa?
Não! Nada disso!
Grilhões devem ficar nos caminhos.
As pessoas, não tem a menor importância no seu pensar quanto a nós. Pois nada sabem dos nossos processos, e dos nossos esforços.
E mesmo sabendo, tem lá suas limitações a vencer. Não nos cabendo ajuizar ninguém. Cada um cuide de si.
Embora, seja sempre bom, estar com o coração disponível a ajudar segundo nossas possibilidades, caso solicitados. E mesmo não sendo, sabedores da dor, um pensamento de carinho pode ter uma ação eficaz em determinados casos.
Lendo ontem a biografia de João Guimarães Rosa, o grande escritor regionalista brasileiro, pude saber de um interessante detalhe. Este, sempre aconselhava seus filhos a se afastarem de lugares e pessoas capazes de lhes trazer algum mal estar, por pequeno que fosse.
A multiplicidade de formas de pensar, vivenciados no interior das Minas Geraes, levaram o autor a essa postura ante a vida.
Instintivamente já vinha adotando esta prática.
Apesar de nos tornar mais solitários, nos liberta da taquicardia trazidas por pessoas classificadas por mim de "barra pesada".
Cujos pensamentos transitam no mal e no ódio; na vingança e na agressividade; na inveja; na competitividade; na materialidade mais grosseira.
Pessoas capazes de estar em qualquer lugar: na fila da padaria; na condução; no mercadinho do bairro; etc
Há uma nuvem de chumbo ao redor dessa pessoa, de longe mesmo, notamos um semblante carregado, denso. Chegando mais perto ou entrando em sintonia com a pessoa o mal estar se estabelece.
Desvincular e distanciar são as recomendações para tal dificuldade.
Tomar para nós exemplos como Francisco de Assis em sua simplicidade; D. Pedro Casaldáliga em sua fé ideológica e sua postura teológica de serviço aos semelhantes; a alegria sã do Professor Altivo Ferreira; e as orientações dadas por Guimarães Rosa a seus filhos.
De posse desse roteiro, estou certo da paz destes últimos tempos, se consolidar como meu novo modus vivendi.
Que assim possa ser, pois estarei bastante atento, quanto à parte que me cabe nesse processo.
Paulo Cesar Fernandes
16/10/2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário